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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

ARRANCANDO ESPIGAS



“E aconteceu que, no segundo sábado após o primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados?” (Lucas 6: 1-2)

            A hipocrisia dos fariseus daquela época não é superior à dos religiosos deste tempo, desta geração; honestamente, creio que a de hoje é superior. Aqui vemos esses religiosos questionarem Jesus por permitir que os seus discípulos se alimentassem no dia sábado, porque o que eles estavam fazendo era somente se alimentar, uma vez que colhiam as espigas e as comiam na hora, não estavam colhendo-as para levar ou guardar. Também não estavam furtando ou fazendo nada ilegal, uma vez que, por lei, as pessoas, quando colhiam, tinham que deixar os restolhos, para que os famintos os colhessem e comessem. Vemos a intolerância desses fariseus, porque, com certeza, eles se alimentavam em suas casas, e, mesmo na lei, não existia a proibição de as pessoas se alimentarem, portanto, o que vemos é simplesmente uma maneira de perseguir e acusar Jesus. Creio que eles sabiam que Jesus era o Messias e, portanto, queriam de todas as maneiras encontrar alguma maneira de acusá-lo de alguma coisa para o prenderem. Hoje vemos seitas que também dizem guardar os sábados, ou seja, pessoas que ainda estão presas à antiga lei, e, portanto, não reconhecem Jesus como Salvador, porque Ele deixou bem claro que agora devemos viver a Nova Aliança feita em seu Sangue. Mas esses desta geração também fazem quase tudo o que os outros fazem, porque dizem guardar os sábados, mas vemos muitos deles ligados, plugados na internet e fazendo muitas outras coisas. “E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes? E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado.” (Lucas 6:3-5). Jesus responde primeiramente fazendo-os lembrar dos atos de Davi, porque os religiosos de Israel daquela época, e ainda hoje, são adoradores de Davi. Os judeus amam e referenciam Davi e relegam Jesus a um segundo lugar, por isso sofrem tanto por não reconhecerem o Filho de Deus. Mas Jesus mostra que Davi fez também o que não seria permitido fazer, ele comeu os pães da preposição, e ainda os deu para os que o acompanhavam. No final, Ele disse de maneira clara que Ele era o Senhor do sábado, e, portanto, estava tratando o sábado como outro dia qualquer.

“E aconteceu também noutro sábado, que entrou na sinagoga, e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada.” (Lucas 6:6). Jesus, novamente em um dia de sábado, estava pregando, ensinando o seu Evangelho na sinagoga, no templo dos judeus, quando percebeu que havia um homem com uma mão com problema, mirrada. Vemos que Deus, através do Espírito Santo, guiou o escritor desse livro a relatar as ações de Jesus nos dias de sábado exatamente para que pudéssemos entender e compreender que não temos ou devemos guardar os sábados. Jesus fez vários milagres em dias de sábados também, para que ficasse registrado que Ele era o Senhor dos sábados e, portanto, estava liberando e tratando os sábados como um dia qualquer. As pessoas gostam de falar, afirmar que seguem Jesus, que são discípulos de Jesus, mas buscam pretextos para não fazer o que Ele fazia. Jesus não só falava da liberação dos dias de sábados como Ele mesmo fazia tudo em dias de sábado. “E os escribas e fariseus observavam-no, se o curaria no sábado, para acharem de que o acusar. Mas ele bem conhecia os seus pensamentos; e disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te, e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé.” (Lucas 6:7-8). Os religiosos ficavam aguardando, esperando para ver se Ele iria curar, agir no dia de sábado, e mais: Jesus não só conhecia os pensamentos deles como conhece os nossos pensamentos e sabe o que pensamos, sabe se somos honestos ou somente hipócritas.  Jesus não tinha medo de pregar e executar a obra do Pai, e por isso chama o homem que tinha a mão deficiente, ao mesmo tempo em que vai questionar os fariseus, porque os religiosos estavam muito mais preocupados em mostrar, apresentar uma aparência religiosa do que verdadeiramente fazer a vontade de Deus, e por esse motivo inúmeras vezes Jesus os chamou de hipócritas, porque falavam uma coisa, mas pensavam e faziam outra. “Então Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida, ou matar? E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra.” (Lucas 6:9-10). Jesus pergunta a todos se é certo fazer o bem ou o mal no sábado. Ele não disse que não poderia fazer uma coisa ou outra, mas se era certo fazer o bem ou o mal, pergunta ainda se é correto matar ou salvar vidas no dia de sábado. Veja que Jesus não disse que não podia fazer nada no sábado, a pergunta é se é certo fazer o bem ou mal, portanto, Jesus está dizendo que o sábado é um dia qualquer, mas devemos escolher fazer entre o bem e o mal, o certo e o errado, porque o correto, se somos seus discípulos, é fazer o bem, dar vida e jamais tirar a vida de ninguém. Os religiosos ficaram com raiva e nada puderam fazer naquele momento, mas ficaram ruminando sobre o que poderiam tramar para prender e matar Jesus. Quando Jesus curou esse que tinha a mão defeituosa, e eles não tiveram resposta para Ele, ficaram revoltados, porque se sentiram ofendidos. Mas nós devemos ser discípulos de Jesus, fazer o bem sempre, todos os dias, confrontar ensinando a doutrina de Jesus, e, mesmo que as pessoas fiquem magoadas, tristes, chateadas ou com raiva de nós, devemos prosseguir sempre com a verdade. “E ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam a Jesus.” (Lucas 6:11).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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