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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

Orarem




“E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação. E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza. E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação. E, estando Ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?” (Lucas 22:39-48)

       Em momento de total desespero, Jesus manda os discípulos orarem para não entrarem em tentação, mas, mesmo sendo avisados, alertados, eles não resistiram e caíram no sono. Nesse momento crucial, em que deveriam estar em alerta, fazerem companhia, intercederem, orarem juntamente com o Mestre, eles cederam à vontade da carne e dormiram. Quando Jesus os encontrou dormindo, percebeu que o ser humano pode às vezes estar espiritualmente pronto, mas a carne é fraca e sujeita às tentações. Também atentamos para o fato de que Jesus, que estava como homem, como um ser humano comum, sabendo tudo o que iria ocorrer, de todos os sofrimentos pelos quais iria passar, Ele orou ao Pai pedindo que fosse feita a vontade Dele. Nós vivemos nas fraquezas da carne, e sempre temos desculpas para alegar, para justificar as nossas fraquezas, preguiças e indolências, e sempre oramos pedindo a Deus para nos livrar de todo o mal, não queremos sofrer, nem sequer sermos perturbados. Achamos que, se formos cristãos, não poderemos passar por lutas ou sofrimento, e ainda temos a petulância de falar que somos seguidores de Jesus. Falamos do Sacrifício da Cruz, mas não atentamos verdadeiramente para Ele, porque, se assim de fato fosse, não viveríamos pedindo cuidados, luxos, mimos e conforto, pois sabemos que o Nosso Mestre nada disto teve aqui. O desespero de Jesus era tão grande sabendo tudo pelo que iria passar, que o seu suor se transformou em sangue, fato tranquilamente explicado pela medicina, pela ciência, que acontece a pessoas que passam por momento de intensa e desesperadora agonia. Enquanto Ele estava nessa luta, os seus discípulos dormiam e continuam dormindo até hoje, e ainda falam que são seguidores de Cristo! Vamos abrir os nossos olhos, para ver se não somos seguidores de Judas Iscariotes e estamos traindo Jesus com um beijo, com palavras doces, enquanto o apunhalamos pelas costas.

         “E, vendo os que estavam com Ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou.” (Lucas 22:49-51). Geralmente as pessoas têm o hábito de agir, reagir com violência, ao afirmarem, garantirem que são cristãos servos do Senhor, mas essa atitude por si só já mostra que não conhecem o Senhor. Pedro arrancou a orelha de um servo do sacerdote e Jesus lhe chamou a atenção, porque não estamos aqui lutando contra carne e sangue, a nossa luta é espiritual, e temos que entender que tudo o que nos acontece é com a vontade e permissão do Senhor, caso contrário, nada acontece; tudo o que aconteceu com Jesus tinha a anuência de Deus Pai. “E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra Ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus? Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.” (Lucas 22:52,53).

 Leiam e pratiquem a Bíblia, mais especificamente o Novo Testamento.

 Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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