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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

Testemunho de Vida - Michelly Matos






Amados irmãos, saúdo a todos com a paz do Senhor.

Hoje com grande felicidade venho aqui contar para todos, não sobre a restauração de um casamento. Mas o resgate que o Senhor fez em minha vida. Pois eu estava a caminho do inferno e não sabia.

Não consigo imaginar outra coisa senão a mão de Deus para me resgatar do engano e da cegueira espiritual.

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com olhos se viu um Deus além de Ti, que trabalha para aqueles que Nele espera. Is 64:4”

Amados, quero lhes dizer como eu era aos meus olhos.

Nunca fui de muitos namoros, pois na vida sentimental sempre fui tímida, conto nos dedos de uma mão os relacionamentos que tive e um deles meu casamento. Aos quatorze anos, mesmo de origem católica, em minha casa recebemos a visita de irmãos de uma igreja que fizeram evangelização no meu bairro, apresentando a Cristo. Em meio a essas visitas, onde toda minha família os recebeu muito bem, sobretudo minha falecida mãe que adotou os jovens, muito embora ela não acreditasse que as coisas eram “daquela forma”. Nisso emocionada com tudo aceitei Jesus.

Mesmo envergonha porque minha família toda era católica, aí iniciei a minha fé dúbia. Continuava a frequentar tanto a igreja católica e a evangélica, onde me identificava mais. Ainda não via problema nisso e assim fui seguindo. Sempre amei estudar, cresci me formei e ao longo da minha carreira profissional sempre tive destaque e aptidão para gerir pessoas. Onde na vida sentimental era tímida, no trabalho era firme, arrojada e altiva. Não tinha medo de nada e batia de frente para defender os negócios onde trabalhei. Essa característica firme a autoritária me seguia e me destacava e com isso comecei a andar pelo Brasil inteiro como Supervisora de uma empresa de Gestão de Negócios e Produtividade.

Nunca quis casar, e meu relacionamento anterior de 3 anos tinha acabado porque eu queria continuar vivendo minha vida de solteira, nunca fui de beber, fumar e viver em meio a prostituição, mas gostava de viajar e conhecer lugares e ser admirada no meu trabalho, essa era minha vaidade. Nisso amados irmãos conheci o homem com quem me casei, quando estava em um dos projetos na Bahia. Não fui com a cara dele num primeiro momento porque era muito do “mundo”, gostava de ser rodeados de mulheres e vivia uma vida de prostituição. Eu era mais discreta e gostava de estudar. Mas me deixei levar pela aparência e pela característica bem-humorada dele e pela demonstração de amor que ele fazia questão de expor.

A partir daí começou minha cegueira pois fui me deixando levar por ele e pelas coisas que ele dizia, mesmo com todas as evidências que gritavam ao meu redor fui me envolvendo e me apaixonei.

Conheci amigas dele, uma delas é minha amiga até hoje ela morava na Bahia. Naquele tempo, quando mal nos conhecíamos ela me chamou e me disse todas as características dele (Já era Deus me avisando e eu não dei ouvidos). Mentiroso, mulherengo, ambicioso e interesseiro. Me contou sobre mulheres enganadas, me contou que construiu a casa que ele tinha na Bahia com dinheiro de mulheres que eram loucas por ele. Mas eu já estava apaixonada. Quando falei para ele foi logo se defendendo dizendo que isso era porque ela era amiga da ex namorada dele e por isso queria queimar o “filme dele”. Foi um namoro rápido e ele falava em casar o tempo todo, então decidi pagar para ele ir visitar minha família. Morava nas cidades onde o meu trabalho me direcionava e ia para Belém para visitar minha família de 15 em 15 dias. Com isso, o levei para conhecer minha família e dizer que estava namorando ao meu pai e irmãos.

Ele esperava que eu tivesse uma casa rica, cheia de coisas, mas por causa do trabalho eu não vivia na minha cidade, apenas visitava minha família e com isso vivia na casa dos meus pais e lá tudo era simples e isso nunca nos incomodou. Por todos os lugares onde eu andava nada me saltava aos olhos, pois sempre fui muito simples, mas ele era muito vaidoso e sempre gostou de coisas boas e vida de luxo.

Ao voltar para o trabalho na Bahia depois dele ter conhecido minha família, ao falar com eles recebi o primeiro baque. Nem meus irmãos e nem meu pai foram com a cara dele. Todos disseram que ele parecia interesseiro e não aparentava gostar de mim, estava apenas aproveitando a viagem, mas que não acreditavam que ele casaria em virtude de alguns comentários que ele fez na minha ausência. Mais uma vez eu não dei ouvidos.

Então, menos de seis meses depois decidi aceitar casar, pois ele se demonstrava muito inseguro por eu trabalhar viajando as cidades por conta do meu trabalho e sentia muito ciúmes. Então disse que só namorar não era com ele e tínhamos que casar. Fui preparar os papéis e ele disse que havia casado com uma moça, mas que ele havia tirado ela do marido dela, não havia durado porque, segundo ele, ela era muito ciumenta e queria prender ele e a mãe dela implicava com ele e o seduzia. Como em todos os casos já partiu pra outra que também não deu certo.

E aí começou meu deserto, pois casamos e decidimos morar na minha cidade e eu viajava a trabalho e passava 15 dias fora, e ele foi ficando sempre muito irritado e reclamava de tudo e por outro lado minha irmã dizia que ele saía e só voltava de madrugada, sempre com odor de bebidas.

Casei sem conhecer quase nada dele e da família dele. Depois de casar ele fez diversas revelações de ser praticante de espiritismo, macumba e ocultismo e que até já havia casado com uma mulher num terreiro de umbanda. E isso já me deixou muito triste comigo mesma por saber que teria um julgo desigual.

De tanto estresse pedi demissão do meu trabalho e resolvi voltar a trabalhar na minha cidade e com o dinheiro da minha rescisão investi em uma loja para ele trabalhar, pois ele já tinha conseguido um trabalho num supermercado, mas não estava satisfeito lá. Enquanto isso, logo Deus abriu uma porta de trabalho onde fui fazer a gestão de três unidades em estados diferentes, ainda tinha que viajar, mas eram viagens mais rápidas e conseguia ficar mais tempo em casa. Fazia de tudo para ele ser reconhecido no trabalho dele, divulgava e oferecia por onde andava, mas ele vivia uma vida dupla, que nunca deixou de viver.

Em casa ele oscilava entre me tratar bem e me exigir as coisas, só vivia insatisfeito e eu fazia de tudo para deixa-lo bem e ele sempre me depreciando, me deixando pra baixo. Eu sentia vergonha do que a minha família pensaria e o tempo todo tentava fazer parecer tudo bem.

Só conheci sua família depois de casar e nenhum deles apareceu no casamento, quando os conheci uma tia bem idosa na primeira oportunidade disse que estava feliz pois, ele parecia um homem melhor e mais uma vez eu ouvi da boca de outra pessoa sobre o caráter dele, conquistador, aproveitador e algumas vezes violento, mas eu fiquei orgulhosa, afinal, comigo ele era diferente, mesmo com várias desconfianças de traições. O irmão dele juntamente com a cunhada disseram coisas bem ruins a respeito dele, que nunca amadureceu sempre pulando de galho em galho e não entendiam como uma mulher como eu, tinha me envolvido com ele. E eu sempre dizia que ele havia mudado e nossa vida era boa, mesmo no íntimo passando por situações de desconfianças. Nisso eu continuava investindo nele e no nosso casamento. E por onde eu passava pela família dele era uma história ruim sobre o caráter dele, era como se todas as pessoas quisessem me alertar sobre quem ele era de verdade. Na vida social era brincalhão e festivo e na amorosa era abusivo e traidor. Foram muitas mulheres antes de mim e ele contava para todos que eu era a 12ª mulher com quem ele havia casado e todos tinham a estória de alguma coisa para contar sobre o caráter dele. Mesmo isso me assustando eu estava apaixonada e seguia. Fiz amizade com a melhor amiga dele e dela veio muitas revelações horríveis de como ele havia tratado outras mulheres, inclusive revelando agressões e eu no íntimo das minhas orações pedia para Deus para não passar por aquilo, para ser diferente comigo. Mas não foi.

Ele controlava meu dinheiro pois me atribuía a responsabilidade de sustentar nossa casa, eu pagava todas as contas e comprava os materiais de construção pra obra da casa, ele pouco gastava do dinheiro dele, apenas com as bebidas alcoólicas que consumia uma ou outra viagem que pagava, e eu nunca soube de fato o quanto ele faturava com a loja, pois ele fazia o seu pé de meia para seus investimentos em si próprio.

Sempre que ele queria algo me deixava louca para ajuda-lo a comprar e sempre, o que deveria ser uma festa se transformava em lágrimas pra mim, se íamos comprar uma moto e eu reclamasse porque afinal as parcelas ficariam caras para eu pagar, ele se descontrolava, ficava agressivo, era muita humilhação. E sempre ele me depreciava e com isso a mulher que se cuidava, que gostava de andar elegante, foi perdendo a vontade de se cuidar, pois nunca recebia elogios dele, ao contrário eram sempre frases horríveis, pois ele se achava o homem mais lindo da terra e a mim ele sempre dizia que eu era a mulher de sorte pois mesmo não sendo bonita, tinha casado com ele e minha autoestima foi baixando.

Na frente das pessoas era brincalhão e falava em tom de brincadeira, era querido por todos, sempre positivo. Quando estávamos apenas nós ele era ácido nas palavras, e eu não podia reclamar pois ele me humilhava mais ainda.

Os anos se passaram e com cerca de 4 anos de casada eu não engravidava e ele me culpava, afinal ele já tinha dois filhos. Com isso passei por inúmeros exames e tratamentos até que desisti e numa noite aos prantos e ele dizendo que eu era o problema, então em meu coração veio a vontade de adotar, não por ele, mas por mim pois sempre tive o sonho de ter uma filha. Um ano depois Deus me presenteou com minha filha, adotamos e ele parecia também estar muito feliz, mas isso não o impediu de ir para Bahia, pois iria passar o aniversário do filho do meio e ela tinha cerca de 11 dias quando ele foi, lá ele curtiu com mulheres e aproveitou a vida de solteiro e consigo trouxe um caso novo com quem se escondia para conversar e fazer promessas de um relacionamento.

Com nossa filha parecia que tudo iria ficar melhor, eu aprendi que não deveria me separar de meu marido, que deveria suportar, engolir tudo pois um dia tudo iria mudar.

Na igreja que frequentava meu pastor e “pastora” dizia que eu deveria ser submissa e deveria me envolver nas obras da igreja, que tudo ficaria bem. Que deveria me batizar e assim o fiz, pelas mãos da Pastora fui batizada, antes não tenho o conhecimento que tenho hoje.

Mas eu não tinha uma vida feliz, mas gastava mundos e fundos para sustentar a vida feliz dele, mas por dentro eu sofria com isso, várias traições descobertas e ele sempre dizendo que iria melhorar e atribuindo a mim a culpa por não aceitar as bizarrices sexuais dele, até com a babá casada de nossa filha ele teve caso e ainda confessou. Convivia com a dependência emocional e o medo do fracasso no casamento.

Enfim mudamos e junto aos meus irmãos compramos um lote ao lado do outro num condomínio. Minha vida era minha filha e a construção da casa que era minha meta principal, o demais foi muito trabalho meu para pagar o lote e a construção da casa.

Com isso, eu continuava e minha filha era o meu bálsamo. Ia na igreja sábados e todos os domingos, era líder de ministério infantil, procurava ser a melhor pessoa possível para receber de Deus a graça e o favor de ter um bom casamento. Não contava pra ninguém meus problemas em casa, minhas inseguranças, pois o meu pastor da época dizia que só para ele que eu deveria desabafar.

Quando seria o primeiro ano novo na casa nova, uma família mudou para o lado da casa onde morávamos, desde o primeiro momento aquela família me causava um misto de sentimentos ruins, a mulher era uma piriguete assumida, casada com um homem idoso e com dois filhos, ela contava alegremente que havia começado um caso com ele quando tinha 12 anos e logo fugiu com ele pra casar mesmo sabendo que ele era casado e com o apoio da mãe ela construiu sua família sob a descaça da família anterior daquele homem. Bem rápido o meu marido começou a chama-los para tudo dentro de casa e isso me incomodava, pois eu era crente e ele não, e as farras eram cheias de bebidas e a mulher claramente dando em cima dele dentro na minha casa e ele correspondendo. Após uma briga onde ele me agrediu fisicamente eu disse que não os queria dentro de casa e aí ele passou a farrear na casa deles.

Logo que essa relação com essa nova família começou comecei a achar que estava enlouquecendo, pois passei a ouvir vozes e sussurros, ver vultos em casa. Eu achei que estava ficando louca e fui em busca de tratamento pelo plano de saúde com psiquiatra. Quando começou a receitar medicamentos para dormir e eu não fui mais nas consultas. Na realidade eu não conseguia admitir ser crente e depender de remédios.

Então controlava os sustos que levava quando no meio da noite ouvia alguém falar em meu ouvido. Meu marido dizia que eu era louca porque acordava pulando da cama assustada. Foram tempos infernais e meu pastor na época dizia que isso era porque o casal havia feito uma obra de macumbaria pra mim e só aumentava meu desespero. Disse que eu deveria orar e repreender e fazer votos para mudar e à medida que isso não passava eu ficava com a sensação da minha fé ser pouca. Aí ao ser questionada por ele sobre o que via e sentia, comecei a dizer que tinha parado. Mas não tinha parado. Me sentia doente e louca de verdade.

E as farras do meu marido e os vizinhos continuavam. O som alto e as risadas que vinham da casa vizinha me matavam de sofrimento. Minha família vivia me repreendendo porque eu era frouxa, omissa, era muito criticada, mas não sabiam do meu sofrimento. E meu marido tinha uma rusga com meu irmão e isso me metia medo dos dois lados por represálias e com isso eu seguia, pedindo a Deus auxílio.

Um final de semana eu estava querendo ficar em família, mas meu marido logo desde de cedo foi pra casa do vizinho, isso foi bem triste pra mim, então, eu liguei o som da minha casa em todo volume em louvores e chorei e clamei a Deus, eu implorei a Deus uma ajuda, eu gritei tanto de ficar rouca eu pedi com toda força do meu ser, que Deus tirasse de mim todo aquele sofrimento, toda a dor do desamor do meu marido e me ajudasse a mim e a minha filha, pois tinha pensamentos suicidas e um grande medo de deixar minha filha para viver num ambiente de prostituição.

As coisas continuaram do mesmo jeito e ele ficando cada vez mais arredio dentro de casa, sendo áspero e grosseiro e agindo de forma estranha, começou a falar de separar e que queria receber parte do meu acerto da empresa onde eu já trabalhava a anos.

Isso fazia eu lembrar cada traição que ele já havia cometido e cada mudança de comportamento dele dentro de casa e dessa vez era bem pior. E eu preocupava com a minha filha, não queria mais que ela presenciasse brigas e discussões, até correr com faca atrás mim dentro de casa, bêbado por se aborrecer quando eu reclamei da mulher ela presenciou, ela teve que passar por situações onde ele perdia a paciência e a agredia e dizendo coisas horríveis, como pra ela procurar outro pai melhor, nesse dia até a morte eu pedi a Deus, minha filha sofria tanto quanto eu sem entender.


No dia em que chorei ao som em todo volume foi o choro com a dor mais terrível, eu não me julgava merecedora de tudo que eu passava, afinal era crente, ia para a igreja, fazia o bem e trabalhava de forma honesta. Somente muito tempo depois entendi qual era o meu pecado.

Nesse dia não via a hora em que ele chegou em casa pois adormeci no chão ao lado do aparelho de som. Minha filha estava na casa da amiguinha e ele foi busca-la e dizia pra ela....sua mãe é doida dormiu no chão e meu rosto estava inchado de tanto chorar e ele não se sensibilizou com meu estado e apenas subiu e foi dormir.

Eu tinha uma casa que sempre batalhei para ter e sempre sonhei, tinha um condomínio cheio de mordomias que me agradavam, ganhava bem, mas eu não era feliz e não podia dividir isso com os meus irmãos pois o meu marido e meu irmão viviam se estranhando. Eu estava isolada e meu consolo era ser líder de ministério infantil, até que ele me proibiu de ir pois, segundo ele atrapalhava as farras que ele gostava de fazer pois eu demorava pra chegar e era sempre muito em cima do horário do almoço.

Irmãos era muitos momentos constrangedores, muita humilhação e muito apego emocional, em minha mente eu tinha que aceitar e continuar insistindo em meu casamento, mas forma muitas traições e chegou um tempo que ele não ligava mais. Muitas mulheres me afrontavam, passavam mensagem para afirmar que estava com ele, mas ele sempre negava e dizia me proteger daquelas mulheres porque eu era a esposa dele. Se escondia na figura de bom moço e pra minha família se esforçava para eu parecer a louca de ciúmes que vivia infernizando a vida dele. E de todos os lados eu recebia “conselhos” para deixar de ser ciumenta, de respeitar meu marido e com isso cada vez mais eu ficava paranoica e em tudo em via ele me traindo. E o sofrimento aumentava.

Mas diante de todas as pessoas ele se declarava e as pessoas achavam fofo a demonstração de amor dele.

E com 10 anos casados nossa filha com 6 anos num domingo a noticia que mudaria minha vida, o vizinho havia descoberto que a esposa dele e o meu marido estavam tento um caso dentro de nossas casas quando nossos filhos estavam na escola, ele havia colocado câmeras e os flagrou.

Foi um dos piores dias da minha vida naquele momento e mais na frente vocês irão entender que foi o melhor dia também.

Fizemos a acareação entre os dois e eles assumiram o romance, num ímpeto de raiva desferi um tapa no rosto dela e ambos os homens na casa a defendeu, o marido dela e o meu.

Com isso minha irmã pulou a mureta que dividia nossas casas e foi me defender e ela saiu correndo de dentro da minha casa e ele ficou falando que ele era horrível e eu não merecia, mas que ele havia encontrado uma mulher igual a ele, prostituta que já tinha tidos diversos casos, estava com aquele homem pelo dinheiro dele e o resto não conseguia ouvir pois chorava copiosamente. Ele parecia enfeitiçado e louco.

No mesmo dia, a mãe dessa mulher surgiu em nossa varanda, para falar que a filha era assim mesmo, que já havia traído o marido diversas vezes e que o meu marido era um sem vergonha, mas não deveria seguir com o caso pois ela era assim e o marido sempre perdoava, ele ouviu tudo que a mãe e a tia disseram, calado e eu chorando.

Disseram que ela era burra o diploma era comprado e a carta de motorista também, que ela não se esforçava pra nada pois o marido era doido por ela e aceitava tudo, além de sustentar a família dela.

É meus amados irmãos e ainda piorou mais ainda, de um lado minha família jogando na minha cara que ele não prestava e de outro minha fé que dizia que eu não poderia separar, na época o pastor da igreja que eu frequentava, para quem confessei as agressões físicas e verbais e toda ameaça que eu passava, disse que eu deveria fazer um voto para que tudo se acalmasse e com isso muito dinheiro investido na igreja, para camisas, para festejos e tantas outras obras. Do outro lado, minha família passava a pressão do julgamento, afinal como uma mulher como eu, forte e determinada havia permitido tudo aquilo e eu sofria pois naquele momento eu só queria colo. Quem vive uma situação de relacionamento abusivo nem sempre é relaxado ou mesmo conivente, apenas está envolto em uma rede de ameaças e preso por sentimentos e emoções.

Logo depois disso, no meio da noite eles fugiram. Ele trocou uma moto que valia 35 mil num carro de 18 mil e fugiram. No meio da minha dor aquele velho que também sofria, me enlouquecia com tantas palavras de dor e ódio e eu buscava ficar calada. Quando a noite caía eu caía junto, de dor e tristeza.

No trabalho eu virei zumbi e tive a graça de ter pessoas que me amavam e me ajudaram a não parecer tão apática, mas não conseguia raciocinar, eu ficava imaginando como eles estavam e as noticias eram sempre que que viviam o mundo feliz, meu sogro sofria e ligava quase todos os dias, para criticar a atitude do filho e todo o alerta que recebi de inúmeras pessoas passavam pela minha cabeça. Era um misto de culpa, tristeza e dor. Minha vida virou o comentário favorito de todos, o que ele fez comigo era a atração principal. Desdenhavam, julgavam e eu questionava a Deus “porque”, mas o meu perfil altivo, soberbo, fazia com que as pessoas se deliciassem, afinal do que adiantou eu ser como eu era, se fui feita gato e sapato daquele jeito.

Por muito tempo, aquele dia em que chorei minha alma aos pés do senhor e gritei e clamei virou meu pensamento constante.

Será que tudo isso era resposta daquela oração? Será então que Deus ao invés de mudar o caráter do meu marido ele na verdade tirou ele de mim? Me sentia injustiçada.

Minha filha sofria demais e chorava ao deixa-la na escola com medo de eu não voltar para busca-la e a pedagoga da escola falava que deveria leva-la num psicólogo e por um tempo o pai de sua melhor amiga o Edson e sua esposa a Keila foram minha ajuda com ela. Ele assumiu as responsabilidades de pai com ela de estar nos eventos da escola e a tratava com todo amor e a Keila era a única pessoa com quem eu ainda conversa, ela fazia de nossas tardes momentos agradáveis, me distraía e ouvíamos músicas.

Vivia de portas e janelas trancadas no condomínio em que morava, evitava falar sobre o assunto com qualquer pessoa que fosse.

Meu sogro ligava todos os dias e sempre me dava más notícias, deles crescendo, tudo dando certo, prosperando, felizes indo de casa em casa. E eu sofria e ajoelhava a Deus e meus joelhos tem marcas até hoje de tanta oração.

Um dia eu pesquisei no google “como parar de sofrer por amor” e um canal de restauração do Walter Borges apareceu e lá fui convencida e lutar pelo meu casamento e num dos vídeos ele convocou as pessoas que tivessem uma parceira de oração e lá coloquei meu nome e minha cidade e lá conheci pessoas incríveis e as duas primeiras delas foi a Vanusa e a Shirley, eram do sul do meu estado, conversamos online e um dia a Shirley me deu uma baita de uma bronca e disse que eu deveria parar de ser “um bebê chorão” ela e Vanusa me acalmaram e logo depois conheci mais duas moças e marcamos um encontro na minha casa. Meu medo era grande, mas não era maior que a vontade de ter alguém perto para poder orar, foi aí que conheci a Vivia Almeida e a Paloma, e até hoje a Vivia é minha irmã que Deus me deu no deserto. Tivemos uma afinidade vinda direto do trono de Deus, entre nós não havia reservas apenas cuidávamos uma da outra nesse deserto, orávamos juntas, nos protegíamos da dor e das falácias das pessoas, que não sabiam o que estávamos passando e a presença dela foi um oásis no meu deserto, apesar de sentirmos a tristeza de nossos casamentos destruídos, mas foi minha maior experiência com Deus, mas ainda assim parecia que precisávamos de algo a mais.

Eu me sentia cada vez mais diminuída. Irmãos, nesse momento eu ainda me sentia vítima e refém de um amor por um homem canalha e mal caráter que eu não conseguia deixar de amar. Afinal sempre fui uma esposa que me esforçava para dar o melhor em casa e fazer o melhor por ele. Deixava de fazer por mim para dar a ela uma vida boa.

Seguimos com Walter Borges, Aghata e tudo que nos alimentasse nesse caminho de restauração. Fazia campanhas, cerca de espinhos, oração da madrugada e virei um fantasma, magra, seca e de joelhos esfolados de tanto ajoelhar e orar. E no fundo eu me achava esquecida por Deus, buscava meu erro.

Aí a Vivia me apresentou o canal do pastor Henrique Lino, em seguida ela toda feliz disse que havia conseguido ser ovelha do ministério e agora sim a vida dela iria melhorar e ela começou a mudar de comportamento, buscou estudar mais e deixou os demais canais de lado e se concentrou em fazer o que era orientada e eu queria isso também e passei a assistir aos vídeos e o modo duro dele no início me assustava e eu ainda assim queria muito poder também ser ovelha do ministério, então liguei conversei com alguém, que hoje não lembro com quem foi e cerca de dois dias depois aquele homem de voz firme me ligou, me falando que a partir daquele momento seria conforme a orientação dele e que eu deveria renunciar a tudo que já estava fazendo.

No inicio eu estranhei, afinal parecia que não teria sacrifício como eu era submetida nos outros canais, não tinha oferta apenas o dizimo, não tinha votos, não tinha penitência, havia apenas obediência e oração.

Ele na ligação disse que se eu estivesse de acordo eu seria ovelha e que não podia responder naquele momento e sim pensar e logo ele retornaria.

E esperei cerca de cinco dias pois ainda corria o risco dele não me aceitar pois ele disse que iria orar primeiro e ver se Deus o permitia me aceitar. Tenho uma ressalva pois a Vivia ele aceitou mais rápido rsrsr, mas a tão esperada ligação chegou. Eu dirigia na BR joguei o carro para o acostamento para ouvir melhor o que ele tinha pra me dizer, eu estava feliz e ele sério e com a voz dura de que eu deveria ser obediente e que toda semana iria me ligar, só isso amados irmãos naquele momento me trouxe paz em poder ter um líder espiritual cuidando de mim e me ajudando a não fazer bobagens.

No mesmo dia comecei a seguir as orientações:

Excluir o marido no whatsapp;

Parar de seguir amigos e família dele nas redes sociais;

Parar de assistir vídeos de restauração e eu estava exausta de tantas batalhas espirituais, tanto demônios jogados no abismo e tantas orações de cerca de espinhos rsrsr

Já nas primeiras ligações semanal eu já estava mais tranquila, os pesadelos haviam cessado e as vozes e vultos de fato foram embora logo depois da primeira oração que o pastor fez comigo por telefone, foi a primeira noite bem dormida depois de um ano. Eu que tinha medo de caminhar dentro da própria casa, comecei a ter gosto em cuidar da casa e do jardim.

Com isso eu buscava me concentrar no trabalho e na minha filha e, Vivia e eu começamos a cuidar mais de nós. Tínhamos nossos momentos de beleza e eu fui deixando pra lá o choro diário e ia seguindo minha vida. Agora já não ouvia mais nada do lado de lá, cortei os laços com todos e obedecia. E com quase um ano dele ter ido embora nos programamos de ir no sitio do ministério.

O Contato do meu marido na época voltou a acontecer segundo ele pela nossa filha e depois começou na realidade a briga para eu vender a minha casa e ele brigava pra que se eu saísse do emprego alegava ter direito no dinheiro da minha rescisão e fundo de garantia. Oras fazia o jogo emocional dizendo que estava mal, que íamos nos juntar novamente e que ele iria deixar de gostar daquela mulher, oras era diabólico e exigia dinheiro. Mas eu seguia à risca as orientações.

De algum modo estranho eu sentia que o pastor me orientava diferente da maneira que orientava a Vivia a ela ele dizia que o casamento dela seria restaurado. O pastor nunca disse que meu casamento iria ser restaurado, mas que todo casamento era restaurado quando um dos cônjuges se posicionavam.

Eu tinha um trabalho estável, um bom salário e a perspectiva de ser assim sempre. A empresa onde trabalhava era sólida e o dono além de meu patrão era meu amigo. Então eu tinha a plena consciência de que eu teria trabalho ali por muito tempo.

Aí um dia na minha ligação semanal eu disse que estava bem e tranquila e sentindo paz com o conforto que as circunstâncias em que eu vivia me trazia e que eu tinha tido um sonho e disse que iria contar mesmo sabendo que ele não gostava muito dessas coisas de sonhos, mas contei e ele ficou um tempo mudo do outro lado.

Meu sonho


Sonhei que estava num barco lindo e luxuoso, ao redor uma paisagem linda, mas numa jangada que mais parecia uma porta de madeira flutuando estava o meu pastor, que dizia que eu deveria pular, eu olhava ao redor e onde eu estava parecia muito mais seguro e eu não sabia nadar, mas em um dado momento ele fala com muita autoridade que eu deveria pular e num impulso eu pulei na pequena jangada e ele não falava nada só aponta com o dedo e eu vejo o barco afundar e um medo enorme recai sobre mim pois na jangada estávamos apenas o pastor e eu e onde estava minha filha? Aí ele desce na margem me entrega minha filha e vai embora sem falar nada.

Depois de um tempo calado ele fala:

- Filha é muito fácil ter paz cercada de toda mordomia que esse lugar te da, condomínio fechado - e eu estava trabalhando eu home office na época e tinha um contrato grande para iniciar,

Aí ele falou que eu sairia do trabalho e não moraria mais naquela casa, e mudaria de cidade, pois ele via isso.

Fiquei incrédula, naquele mesmo momento meu coração duvidou, afinal eu estava bem no trabalho e tudo estava tão bem e eu enfim havia conseguido ficar na minha cidade depois de anos morando em diversas cidades do Brasil.

Não durou duas semanas, a empresa em que eu trabalhava passava por uma crise, uma parte dela foi vendida, pessoas foram demitidas e eu assistia aquilo sem acreditar que uma empresa sólida de repente começasse a ruir e com isso meu chefe começou a falar sobre desligamentos. Eu tive que demitir os colaboradores de três unidades e foram dias difíceis pois tinha muitos pais de família e excelentes profissionais na minha equipe. Demiti 217 pessoas. Eu estava anestesiada pois a primeira revelação de que eu sairia do trabalho se cumpria.

Logo em seguida fui informada que teria um contrato com o governo do estado e eu fiz todos os trâmites para o início, mas demorava demais para acontecer e aí meu gestor falou em eu ir pra outra unidade fora do meu estado.

Em outubro Vivia, minha filha e eu fomos pro ministério e na ocasião o meu marido foi ao nosso encontro segundo ele para tentar uma reconciliação e ver a nossa filha. Mas lá o pastor falou com ele e ele ainda estava inclinado a amante e com isso partiu pra cidade dele.

Depois disso o meu ex marido me enlouquecia com ligações dizendo que queria a parte do dinheiro da casa urgente e eu com muito pesar coloquei a casa a venda, mas nada de comprador. Tudo estava ruindo como havia sido dito. O barco luxuoso estava de fato afundando e dias difíceis chegavam.

O salário não estava caindo todo na conta e eu não reclamava pois a empresa sempre foi excelente comigo e eu honrava com meu dizimo mas as contas, e era muitas contas mesmo, que o meu ex marido havia deixado, eu me equilibrava e as ligações de cobrança me soterravam e eu me deprimia a cada ligação.

Meu ex diretor sempre me ligava e se preocupava e eu sofria ameaças de bandidos, pois o meu ex marido havia se complicado por ter fugido com a mulher do vizinho e ele dizia que estava jurado de morte, somente depois descobri que era apenas mais uma farsa, mas o terror e o medo me fizeram fugir da minha cidade para outro lugar. Não apenas o medo de bandidos, mas das ameaças do meu ex marido que dizia que voltaria para se vingar daqueles que ele julgava que tinha o ofendido, e meu irmão estava na lista e queria estar longe de qualquer desgraça e me sentia culpada por ter levado esse homem pra minha família e o pastor me confortava e me mantinha calma em meio ao turbilhão de coisas. Inclusive a calma as vezes me irritava rsrsrs.

Segui rumo a outro estado e lá minha esperança era começar vida nova, mas ainda ali naquele lugar eu não tinha paz. Meu conforto era estar mais perto do ministério que passou ser meu segundo oásis no deserto. Todos sempre foram muito atenciosos e ali eu me sentia protegida e minha filha se sentia amada e em segurança. O pastor virou a referência de pai pra minha filha e ela começou a viver com mais esperanças.

Levei comigo um rapaz que trabalhou por anos na nossa loja e eu o considerava como um filho, e lá descobri que na realidade ele só me acompanhou pois estava de conchavo com o meu ex marido para saber onde estávamos e sobre o meu dinheiro, ele tão interesseiro quanto o meu marido queria usufruir do dinheiro de minha rescisão e os dois queriam que eu fosse considerada louca e tramavam tirar minha filha de mim. Minha então cunhada na época casada com o irmão do meu ex marido, fez inferno ligando para as pessoas do condomínio onde eu morava para me acusar de sequestro e colocando a adoção da minha filha em pauta, inclusive meu ex marido fez um boletim de ocorrência na policia civil por orientação da cunhada me acusando de sequestro da minha filha, todos começaram a me olhar estranho e se afastaram de mim e da minha filha. O conselho tutelar foi na minha porta para saber como vivia minha filha frente as denúncias da minha ex cunhada e na ocasião o rapaz que morava comigo e eu o tratava como filho, pagava curso, pagava o transporte e comprava roupas e cuidava dele como um filho de fato em meio a uma discussão, pois ele queria que eu o comprasse uma moto falou o valor exato que eu tinha recebido do fgts e isso me deixou encabulada, depois de um tempo ele confessou que o meu cunhado havia falado pra ele pois era funcionário do banco e havia olhado minha conta e por conta isso o olho deles crescia pro meu dinheiro e nesse momento eu estava desempregada e por orientação do meu pastor eu havia comprado todos os moveis do meu apartamento para viver em uma casa organizada e já não tinha o dinheiro que eles imaginavam que eu tinha, deixado apenas o dinheiro para pagar aluguel até conseguir um emprego. Em meio ao desemprego vendi cosméticos, revendi semi joias e não fiquei parada, deixei o orgulho de lado e fui atras de algo para sustentar minha filha, comecei do zero novamente. Um dia, graças a minha amiga Vivia a verdade foi à tona sobre o caráter do rapaz que eu havia levado comigo, ele estava de conchavo com o meu ex marido e a cunhada dele para me destruir e eu por orientação do pastor comprei passagem de volta pra ele e o expulsei de casa. Ele rejeitou as passagens e seguiu para o encontro do meu ex marido em outra cidade. Mas antes de sair disse que eu estava lutando por um marido que não era meu, pois ele já tinha sido casado e eu falei que sim cerca de 12 vezes e com uma chegou a ir no cartório mas ele havia tomado ela de outro casamento o que me tornava a esposa legítima diante de Deus.

Ele foi morar com o irmão do meu ex marido e eu era acusada injustamente de sequestro e nesse momento o pastor mandou eu ficar em paz, pois um dia eu iria contemplar uma reviravolta naquela situação e de fato eu contemplei, não porque Deus é obrigado irmãos, mas porque ele não deixaria seu servo passar por mentiroso e numa ligação da irmã do meu ex marido ela contou que a cunhada estava tendo um caso com o jovem amigo de meu marido e que o marido estava furioso, que todos estavam escorraçando eles e principalmente a “santa do pau oco” como se referiu a irma do meu ex marido, ela disse que por muito tempo ele havia falado coisas horríveis ao meu respeito, que eu era louca e o perseguia e eu nunca fui atrás dele meus irmãos, sempre fui obediente e nunca olhei redes sociais, e nem liguei, todas as ligações era ele quem fazia.

Ela disse que caiu por terra na família dele as mentiras depois de todos os fatos revelados e que da própria boca dele foi revelado as coisas que o irmão passou com a cunhada traindo com o jovem.

Enquanto isso meus irmãos eu estava convicta que deveria lutar pelo meu casamento mesmo sabendo da falta de caráter do meu marido, e ele de fato não havia mudado nada e estive na cidade dele, tive o contato com o pai que estava com câncer e logo faleceu e ele fez a proposta de viver com as duas mulheres, que a outra era uma inútil mas ele gostava dela e gostava de mim também e ela tinha largado a mordomia pra fugir com ele.

E aquela conversa do jovem que morava conosco não saía de minha cabeça e conversei com o pai dele e com a madrasta dele. E eles chegaram a ligar para moça para saber se ela havia casado no papel e ela falou para madrasta que havia casado apenas na igreja católica e não foi no cartório. Mas a madrasta perguntou sobre os relacionamentos anteriores e ela de fato confirmou que estava com outra pessoa quando se envolveu com o meu marido.

Então eu queria que tudo isso me ajudasse a me livrar de toda dor e sofrimento e contei ao pastor do que o rapaz tinha falado e de que a madrasta havia ligado, mas o pastor disse que deveríamos investigar melhor o fato e eu liguei para os cartórios da região para investigar e consegui descobrir que o casamento do meu ex marido com a mulher anterior era de fato um casamento válido pois não havia registro de casamento anterior dela com outro homem e o casamento dela com meu marido, mesmo tendo sido apenas na igreja católica foi com efeito civil. Amados irmãos eu de fato estava convencida que de estava lutando por um marido legítimo. Eu estava cega por um amor e seguia firme na convicção de que deveria lutar pelo meu casamento.

Na mesma hora em que a moça do cartório ligou para informar que o casamento deles era legítimo e não aparecia outro casamento no registro dela eu cai prostada no chão, era uma mistura de dor e alívio, pois afinal ainda amava aquele homem, mas ao mesmo tempo não precisava mais lutar por ele. Eu liguei aos prantos para o pastor que mandou eu ir atrás de advogado para solicitar imediatamente o divórcio e a guarda da minha filha e estabelecimento de pensão.

Tudo aconteceu muito rápido, por indicação de uma amiga consegui uma advogada maravilhosa a Drª Paula, além de me atender humanamente foi parceira nos valores, pois eu ainda não estava trabalhando. Foi época de pandemia e tudo correu de forma tranquila até porque enviei pra ela os áudios do meu ex marido, os áudios em que a cunhada dele falava coisas horríveis contra mim para os moradores do prédio em que eu morava e as informações de que o marido estava olhando minha conta para informar para o meu ex marido.

Com tudo isso em mãos ela mesma fez contato com ele e logo ela me disse que ele aceitaria um acordo, pois embora eu tenha entrado com o litigioso ele abriria mão da guarda da minha filha e afirmou não brigaria.

Logo depois ele ligou com muito ódio dizendo que ele não queria separar e queria a casa e mandou a advogada não esquecer de colocar a casa para partilha e eu depois de ter lutado e investido tudo na compra do lote e construção da casa dos meus sonhos, por orientação do pastor abri mão de tudo, sempre tive muito medo de passar necessidades com minha filha, mas em nenhum momento eu passei nenhuma, nos momentos mais críticos sempre Deus me honrou e muitas pessoas foram usadas para abençoar minha vida.

Irmãos quero dizer que DEUS sempre me honrou mesmo eu não percebendo, sempre me rodeou de pessoas boas ou ruins que foram usadas para me abençoar.

Deus me deu novos amigos e amigas que compartilhavam da mesma fé e obediência. Me deu minha amiga Fran que passou ser minha parceira de aventuras, juntamente com seu filho e hoje meu sobrinho Matheus. Assim como pude conhecer o Pedro Lucas e me apaixonar pelo jeito gentil dele e ver que toda a rebeldia que ele apresentava um dia iria passar. Juntas desbravamos estradas e mesmo dentro das nossas limitações financeiras vivemos momentos incríveis.

Até o momento em que meu ex marido não tinha ido atrás de nos em BH, tudo estava tranquilo, mas logo que foi e depois de tantas ameaças que o jovem fez e revelou que uma trama estava sendo orquestrada pra me fazer passar por louca e tirar minha filha de mim, resolvi sair dali.

Aí irmãos, já havia sido surpreendida a tempos atras por um antigo colega de trabalho que estava agora lutando por restauração. Ele ficou marcado em minha memória pela gratidão de ter me socorrido em um incêndio num ônibus onde estava cheia de remédio para dormir.

Então ele me fez a proposta de seguir para uma nova vida e um trabalho no Mato Grosso do Sul.

Mudei para o MS, pois tinha medo de continuar onde estava pelas ameaças de que tomariam a minha filha e enquanto isso estava esperando o resultado do processo, na minha cabeça só depois da guarda definida teria paz.

Recomecei na área florestal onde trabalhava antes de casar, e comecei de baixo. E fui seguindo minha vida nova junto a minha filha e por onde passamos o Senhor cuidou de nós, sempre que algo acontecia para tirar nossa paz em seguida vinha uma solução improvável em forma de milagre para nos auxiliar.

Meus amigos em meio a esse tempo de deserto eu pude conviver com pessoas e ser testemunha de seus milagres, Deus me presenteou com essa contemplação. Pude conhecer e ver a restauração do casamento da Érica depois de tantos anos, a restauração do casamento da Vivia que foi como se a vitória fosse minha também, mas também vi muitos irmãos caírem, serem levados pelo engano e tentarem levar outros com eles e lamentavelmente muitos foram. E estive quase sendo seduzida pelo caminho mais fácil, por andar com alguns que ao meu ver eram santos e pregavam como pastores, mas continuei fiel em meu caminho.

Irmãos, Deus me tirou do caminho que estava seguindo direto para o inferno eu estava num casamento que era um engano, e no dia 10-07-2020, foi deferida a sentença e meu divórcio e guarda unilateral da minha filha ficou comigo. Eu não sabia se sorria ou chorava.

Comecei a prosperar no trabalho e voltar a fazer meu nome no ramo florestal, muitas bençãos foram acontecendo sobretudo minha fé e confiança.

Me sentia sem raízes por estar tão longe da minha família, mas Deus me deu uma família para ser meu apoio e suporte, meu deu minha amiga Márcia Lay e sua mãe minha também amiga Andréa, seu esposo Miguel a quem já conheci dos tempos antigos de trabalho, que me acolheram a mim e minha filha, desde então não me sinto sem raízes e longe de uma família é na casa deles que me refugio, mesmo morando em outra cidade.

Não estou aqui lhes dizendo que não passo lutas e provações. Passo todas com Deus e sendo orientada pelo meu pastor a quem dedico um parêntese nesse testemunho.

Esse homem que nos orienta é carne e osso como somos. Esse homem com tantos espinhos na carne, como meniere, pressão alta, diabetes, que se esforça em nos manter de pé é também um ser humano, esse homem que passa pelas provas e vocês não imaginam quantas dando glória a Deus é um ser humano.

Sei que ele é duro e rígido, mas se não fosse a autoridade imposta por ele em minha vida eu não teria sido seguido por esse caminho pois sempre fui altiva e mandona. Foi através da vida dele que pude aprender a palavra de Deus, mesmo muitas vezes cansada, mas buscava para obedecer a aquilo que ele nos pede, para meditar na palavra, para não acreditar só naquilo que homens falam no púlpito, inclusive ele.

Homens são falhos, mas Deus não. E por saber disso ele mesmo nos orienta a buscar a Deus em primeiro lugar.

Hoje vivo uma vida humilde, moro de aluguel e Deus nunca me abandonou, passo dias de preocupações como todos cristão passa, perseguições de trabalho por pessoas que se dizem cristã, mas todos os dias Deus renova minhas forças.

Não me considero melhor que ninguém, mas vivo de uma forma separada, pois não consigo em sentir confortável em qualquer lugar por isso me reservo a viver minha vida com minha filha.

Muitas preocupações financeiras, Deus me surpreendeu com soluções que mais pareciam milagres.

Irmãos, ser obediente não é fácil. São muitas renúncias de prazeres que estão sendo promovidos pelo mundo muito facilmente. Mas tenho um grande temor das coisas de Deus e de passar por tudo de novo.

Sei que Deus me ama e que se não fosse Ele ter me resgatado de um casamento que levaria para o inferno, estaria até hoje lutando por acreditar ser o certo.

Hoje irmãos fico embasbacada por não sentir nada pelo meu ex marido. Eu posso afirmar pra vocês que por muito tempo se alguém me dissesse que não sentiria mais nada pelo meu ex marido, eu não acreditaria. Era um amor absurdo onde eu era capaz de fazer tudo para estar com ele. Mas Deus me curou desse sentimento enganador que me levaria pro inferno.

Deus cura qualquer coisa, mas pra isso precisamos também abrir mão da nossa carne e das nossas vontades.

Sou grata demais a Deus por todo esse amor e cuidado, sou grata por ter sido separada e luto para continuar assim em meio a esse mundo. Não posso reclamar de nada meus irmãos. Eu antes me confiava nas forças dos meus braços pra trabalhar, na minha inteligência para alcançar os melhores cargos e hoje confio e espero no senhor. Antes ganhando bem mais do que ganho antes vivia aperreada financeiramente e hoje entendo porque.

Oro por esse ministério que me acolheu e até hoje mesmo sem estar lutando por uma restauração de casamento, estou lutando para seguir firme em direção de Deus.







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