“Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?” (1 Coríntios 6:1)
Não é concebível em hipótese algumas pessoas que se dizem crentes, evangélicas, cristãs irem a juízo contra outros supostamente da mesma fé, porque, se realmente são cristãos, deveriam resolver os seus problemas de maneira interna, no seu meio, na sua igreja, templo, denominação. Quando levamos contendas para juízo profano, ou seja, para a justiça comum, estamos denegrindo a imagem do Evangelho, estamos indo contra o próprio Jesus Cristo pelo mau testemunho que estamos dando. Para a nossa vergonha, vemos pastores, denominações se digladiando uns contra os outros até as barras dos tribunais, brigando por coisas materiais, sendo que deveriam suas discórdias ser tratadas pelos próprios irmãos, que se reunissem os irmãos, os pastores e decidissem pela situação, mas que fosse de maneira interna. Entretanto, ocorre que a falta de pessoas sábias em seu meio faz com que busquem fora o que eles deveriam oferecer ao mundo, porque são materialistas e estão voltados para as coisas do mundo, assim recorrem ao mundo. Tenho visto pastores brigarem na justiça comum por causa de templos, dinheiro, por causa de ovelhas e mais vários motivos, como causas trabalhistas, esquecendo que deveriam ser luzes, fazer a diferença. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Coríntios 6:2-3). Para a nossa infelicidade, vivemos em um mundo onde poucos, digo muito poucos, são realmente discípulos de Jesus, muito poucos são os praticantes da Palavra de Deus, pois, na verdade, são religiosos, frequentadores de templos somente. São pessoas que citam o Nome Dele que é Santo, para sempre Amém, mas não querem saber de obedecer ao Senhor, porque, na verdade, o deus deles são eles mesmos, querem o melhor, querem ter tudo e acham que o Senhor tem o dever, a obrigação de lhes dar o que desejam. São hipócritas, pois, para justificar seus erros, justificar a omissão e concordância com o erro, eles sempre distorcem a Palavra de Deus dizendo que não devem julgar nada nem ninguém. Isto porque não meditam na Palavra de Deus e não querem conhecê-la, pois podem sempre alegar ignorância e assim continuar fingindo ser discípulos de Jesus. Esses são os Judas Iscariotes da nossa época, da nossa geração, porque estão propagando as obras do inferno, uma vez que é nossa obrigação julgar e condenar o erro entre os irmãos ou que se dizem irmãos na fé.
“Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.” (1 Coríntios 6:4-6). Todos os negócios, todas e quaisquer situações envolvendo crentes, evangélicos, os que se dizem ou se identificam como seguidores, discípulos de Jesus, deveriam sempre ser resolvidos entre os próprios irmãos. Os assuntos relacionados aos irmãos devem ser levados à presença de pessoas sábias no templo, de pastores homens que tenham condições de fazer um julgamento segundo a Palavra de Deus. Temos que ter consciência de que é nosso dever, nossa obrigação julgar as coisas e os casos envolvendo a fé. Não agindo assim, estamos errando, indo contra a Palavra de Deus. É nossa obrigação fazer julgamentos justos, e julgamentos só são justos quando julgados de acordo com a Palavra de Deus. É uma vergonha levarmos questões de qualquer natureza para serem julgadas pelo mundo se somos cristãos, se nos identificamos como discípulos de Jesus. Deixemos a hipocrisia de lado e façamos os julgamentos necessários como a Palavra de Deus manda, mas, é claro que, para julgarmos, devemos estar limpos, devemos não ter cisco, ou traves em nossos olhos. “Na verdade, é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano?Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. ” (1 Coríntios 6:7-8). A bem da verdade, nós, como cristãos, devemos sofrer o prejuízo, a perda, mas jamais irmos em juízo contra o nosso irmão que se diz ou realmente é da fé, isto porque Jesus nos disse que, se alguém ofender, devemos dar o outro lado da face. Como cristãos, é melhor termos perda, sofrermos prejuízo por outro do que levá-lo ao tribunal do mundo, porque estaremos mostrando que não somos seguidores de Jesus, além de escandalizarmos o Evangelho. O problema maior é que quem deveria ensinar isso, que são os pastores, eles estão indo contra outros, estão brigando e sempre com o objetivo de auferir lucros, ou, no caso, não ter perdas financeiras. Não brigam por almas, e sim geralmente por dízimos e ofertas, por causa de pontos estratégicos para montarem os seus templos, brigam com a intenção de aumentar seus ganhos. Infelizmente, não praticam o Evangelho, não vivem a Palavra de Deus e, por tal motivo, estão caminhando todos de mãos dadas para o sofrimento e morte eterna, pois estes que assim procedem não têm parte no Reino de Deus. “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em Nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.” (1 Coríntios 6:9-11).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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