O Valor do Milho de Pipoca
- Pr. Henrique Lino da Silva
- 30 de mar. de 2013
- 2 min de leitura
Milho de pipoca
que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente.
As grandes
transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo,
fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza
assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor
jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a
vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de
fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar
pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou
sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o
recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a
possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a
pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa
que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma,
ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar
a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo
de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande
transformação acontece: BUM!
E ela aparece
como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia
sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a
estourar.
São como aquelas
pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que
não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção
e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas
é triste, já que ficará dura a vida inteira. Não vão se transformar na flor
branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém. (Rubem Alves)
Você é mais
significante que o milho de pipoca pense nisso!!!
Com amor;
Pr. Rogério
Pereira de Oliveira
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