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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

O DIVORCIO NO NOVO TESTAMENTO



O DIVÓRCIO NO NOVO TESTAMENTO

Por: Israel Carlos Biork

INTRODUÇÃO

TOMANDO POSIÇÃO

Há pouco tempo, um rapaz me perguntou se eu tinha alguma coisa escrita sobre DIVÓRCIO.

Sua igreja estava para tomar uma posição sobre o divórcio. Para isso, estava se informando

sobre a posição em relação ao divórcio de PESSOAS, IGREJAS e DENOMINAÇÕES. Ele

queria saber qual era a minha posição. Não há nada errado em querer saber o posição das

pessoas, igrejas e denominações em relação ao divórcio ou sobre qualquer outro assunto. O

que está errado é tomar uma posição com base na posição dos outros. Afinal de contas, temos

a Bíblia. Para quê serve a Bíblia? Afinal, ela é ou não é, a ÚNICA revelação escrita de Deus

para o homem? Ela é PERMANENTE, PERFEITA, INFALÍVEL, COMPLETA e FINAL. É ela, e

somente ela, que pode nos dizer o que POSSO CRER e o que NÃO POSSO CRER, o que

POSSO FAZER e o que NÃO POSSO FAZER. Sempre e cada vez que temos que tomar

posição sobre alguma coisa, temos que ir à Bíblia, vamos, pois, à Bíblia, e mais

especificamente ao Novo Testamento, para saber o que ele diz sobre o DIVÓRCIO

PROPOSIÇÃO.

Por que O DIVÓRCIO NO NOVO TESTAMENTO? Simplesmente porque o divórcio no Velho

Testamento era um EXPEDIENTE da lei, que já foi cumprida por nosso Senhor Jesus Cristo.

Qualquer pessoa que toma posição favorável ao divórcio, seja ela qual for, não está de acordo

com o ensino do Novo Testamento, pois nele não existe divórcio. Quem toma posição

divorcista está numa das seguintes situações ou em mais de uma: Primeira, está

retrocedendo à lei de Moisés, que já foi cumprida; Segunda, está sendo mundano, aceitando a

proposição do mundo sem Cristo; Terceira, está tentando agradar a gregos e troianos, o que é

impossível; Quarta, está sendo um maria-vai-com-as-outras; Quinta, está lutando em causa

própria; Sexta, não tem coragem, de tomar a posição do Novo Testamento. Vou apresentar

sete argumentos que provam que no Novo Testamento não existe o divórcio .

1. O ARGUMENTO DAS PALAVRAS GREGAS PARA “ADULTÉRIO” E

“FORNICAÇÃO” .

Há duas palavras gregas usadas juntas em vários textos, que tratam do divórcio. Numa

transliteração do grego para o português estas duas palavras são MOIQUEÍA e PORNEÍA.

Moiqueía é geralmente traduzida por ADULTÉRIO. PORNEÍA é traduzida RELAÇÕES

SEXUAIS ILÍCITAS, PROSTITUIÇÃO, FORNICAÇÃO (o correto), IMPUREZA e

IMORALIDADE. Em espanhol é sempre traduzida FORNICAÇÃO. Muito embora entre

MOIQUEÍA e PORNEÍA tenham semelhanças entre si, pelo fato de ambas tratarem de pecados

sexuais, na verdade seus sentidos são bem diferentes, e de grande importância quando se

estuda sobre o divórcio no Novo Testamento. Alguns estudantes da Bíblia usam estas duas

palavras como SINÔNIMAS, alternadamente. Não sei qual a razão disso. Talvez por motivos

divorcistas, ou por desleixo na interpretação da Palavra de Deus, ou por outra razão qualquer.

Contudo, como creio na INSPIRAÇÃO VERBAL-PLENÁRIA das Escrituras, que é baseado em

evidências fortes, e como aceito a INTERPRETAÇÃO LITERAL das Escrituras, que também é

baseada em evidências fortíssimas, não posso aceitar as duas palavras como SINÔNIMAS

Creio que o sentido delas é diferente entre si. MOIQUEÍA ou ADULTÉRIO, é a RELAÇÃO

SEXUAL DE UMA PESSOA CASADA COM OUTRA QUE NÃO SEJA O SEU CÔNJUGE.

Somente as pessoas casadas cometem MOIQUEÍA ou adultério. PORNEÍA ou

FORNICAÇÃO é a RELAÇÃO SEXUAL ENTRE PESSOAS SOLTEIRAS (sentido específico).

Quando a PORNEÍA tem fins lucrativos, chama-se PROSTITUIÇÃO. Quando se mistura os

dois sentidos chega-se a conclusões erradas. Ou será que não cremos na inspiração verbalplenária

e na interpretação literal das Escrituras?

Em Mat. 5:32 Jesus usou as duas palavras. Ele disse: “Eu, porém, vos digo que qualquer que

REPUDIAR sua mulher, A NÃO SER por causa de FORNICAÇÃO, faz que ela cometa

ADULTÉRIO, e qualquer que casar com a repudiada, comete ADULTÉRIO”. Jesus usou

aqui a palavra PORNEÍA, que na tradução temos FORNICAÇÃO (esta é a tradução correta)

RELAÇÕES SEXUAIS ILÍCITAS (ARA: errado), PROSTITUIÇÃO (ARC: errado),

INFIDELIDADE (Brasileira: errado). O mesmo se dá em Mt 19:9. Quando Jesus usou a palavra

PORNEÍA, registrada em Mt.5:32; 19:9; Mc.10:11 e Lu.16:18, Ele falava de pessoas casadas

COMPROMISSALMENTE, mas não CONJUGALMENTE. Entre os judeus havia o

CASAMENTO COMPROMISSO e o CASAMENTO CONJUGAL. Entre ambos havia um espaço

de tempo que podia durar até um ano. Os dois eram casados pelo COMPROMISSO firmado,

mas cada um ficava na casa de seus pais, até ao tempo da UNIÃO CONJUGAL, quando os

dois se uniam maritalmente. Dt. 22:25,24 trata disso. O texto fala de MOÇA VIRGEM

DESPOSADA, indicando o CASAMENTO COMPROMISSO. Um exemplo clássico disso temos

no caso de José e Maria. O texto sagrado diz: “Estando Maria, sua mãe, DESPOSADA com

José, ANTES DE SE AJUNTAREM…” (Mt.1:18). Para se desfazer do CASAMENTO

COMPROMISSO, tinha que haver divórcio. Durante o tempo do CASAMENTO

COMPROMISSO, nenhum dos dois ADULTERAVA. Não havia ADULTÉRIO enquando não

houvesse o CASAMENTO CONJUGAL, quando os dois passavam a viver juntos maritalmente.

Durante o intervalo só podia haver PORNEÍA ou FORNICAÇÃO. Jesus disse que o marido do

CASAMENTO COMPROMISSO só podia REPUDIAR sua mulher, quando havia PORNEÍA, isto

é, se a moça, durante o intervalo, mantivesse relação sexual como outro homem. Foi

exatamente isso que José pensou fazer, quando percebeu que Maria estava gravida

Mt.1:19,20). José não sabia o que tinha acontecedo com Maria. Para ele, já que não sabia de

nada, Maria tinha praticado PORNEÍA. Jesus disse que, se não houvesse PORNEÍA, o marido

não podia REPUDIAR sua mulher. Se o marido repudiasse sua mulher, sem ser por causa de

PORNEÍA, a mulher ficaria exposta a se tornar adúltera.

De que modo a mulher REPUDIADA sem ser por PORNEÍA, podia ficar exposta ao

ADULTÉRIO ou MOIQUEÍA? Vejamos. O homem se casava COMPROMISSALMENTE com

uma mulher. Ficava um ano na casa de seu pai. No dia da CASAMENTO CONJUGAL se unia

com sua mulher. Na noite de núpcias mantinha relação sexual com sua mulher, e descobria se

ela era ou não VIRGEM. Se não era mais virgem, e se ele não tinha convivido conjugalmente

com ela até ali, era porque a mulher tinha praticado PORNEÍA. No entanto, se ela não tivesse

sedado a prática da PORNEÍA, a partir da primeira relação sexual do marido com a mulher, ela

deixava de ser VIRGEM e o casamento conjugal se consumava. Estando o casamento conjugal

consumado, com aquela primeira relação sexual e com o desvirginamento da mulher, o homem

não mais poderia REPUDIÁ-LA. É isso que Jesus disse. Se o marido REPUDIASSE, a mulher

ficaria exposta ao ADULTÉRIO ou MOIQUEÍA. De quê modo fica exposta ao ADULTÉRIO?

Com a PRIMEIRA RELAÇÃO SEXUAL dela com o marido, na noite de núpcias, o

CASAMENTO CONJUGAL se consumara. Se o marido a repudiasse, sendo que ela já havia

convivido conjugalmente com ele, qualquer união conjugal com outro homem seria

ADULTÉRIO ou MOIQUEÍA. Na lei de Moisés até havia um dispositivo legal, para o caso de um

marido fazer uma acusação falsa de prática de PORNEÍA, com a intensão de REPÚDIO. O

homem se casava COMPROMISSALMENTE. Observava o tempo até o CASAMENTO

CONJUGAL. Unia-se com sua mulher conjugalmente, mas por uma razão qualquer, não queria

continuar com ela. O que fazia, então? Acusava-a de não ser mais VIRGEM. Desse modo, o

marido estava dizendo que a mulher havia praticado PORNEÍA. Como se evitava uma

acusação falsa assim? Quando a filha se casava conjugalmente, os pais lhe davam um lençol

para colocar na cama na noite de núpcias. Quando a virgindade da mulher era rompida, saía

sangue e manchava o lençol. Os pais guardavam o leçol. Quando a acusação de prática de

PORNEÍA era feita, os pais apresentavam a prova, com o lençol. Em casos assim a lei dizia o

seguinte; 1) O homem seria açoitado publicamente; 2) o homem pagaria uma multa ao pai da

moça; 5) o homem jamais poderia se divorciar da moça (Dt. 22:15-19) Contudo, se a moça

tivesse praticado PORNEÍA, era apedrejada (Dt. 22:20,21).

ATENÇÃO! Muita atençâo! Jesus só permitiu o divórcio quando houvesse PORNEÍA, em

nenhuma outra situação. A PORNEÍA estava estritamente ligada com o COSTUME JUDEU do

intervalo entre o CASAMENTO COMPROMISSO e CASAMENTO CONJUGAL. Atenção de

novo! É aqui que entra o ponto importante, sobre o divórcio no Novo Testamento. Como não

existe hoje o costume judeu, pelo menos entre nós, não sobra nenhuma condição para o

divórcio. Portanto , não existe divórcio, no Novo Testamento.

NOTA IMPORTANTE. Se durante o tempo entre o CASAMENTO COMPROMISSO e o

CASAMENTO CONJUGAL houvesse PORNEÍA, o homem podia REPUDIAR sua mulher e se

casar com outra. Isto está claro em Mt. 19:9. Se um homem REPUDIASSE sua mulher sem ser

por prática de PORNEÍA, e se casasse com outra, cometia ADULTÉRIO ou MOIQUEÍA. Muitos

divorcistas se apegam no caso da mulher ADULTERAR, para justificar o novo casamento. O

argumento dos divorcistas não procede. Eles usam como sinônimas as palavras PORNEÍA e

MOIQUEÍA. “Acontece” que Jesus não falou da mulher cometendo MOIQUEÍA, mas sim,

PORNEÍA. Nenhuma pessoa casada conjugalmente, comete PORNEÍA, mas somente

MOIQUEÍA. Jesus jamais disse que o homem poderia REPUDIAR sua mulher para se

casar com outra, se houvesse MOIQUEÍA. Jesus não deixou nenhuma saída para os

divorcistas. Portanto, se os casados conjugalmente não podem praticar a PORNEÍA, não há

nenhuma saída divorcista.

2. O ARGUMENTO DA CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADVERSATIVA “PORÉM”,

EM MATEUS 5:32

A palavra PORÉM, é uma CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADVERSATIVA. Esta conjunção

tem a função de UNIR ou LIGAR ORAÇÕES ou PENSAMENTOS DE SENTIDO CONTRÁRIO.

Isto quer dizer que em Mt.5:31 Jesus falou de um ASSUNTO CONTRÁRIO ao do v. 32. No v.

31 Jesus falou em REPÚDIO e em DIVÓRCIO. Repúdio e divórcio são palavras usadas, muitas

vezes, como sinônimas, mas não são. REPÚDIO é somente SEPARAÇÃO CONJUGAL.

DIVÓRCIO é POSSIBILIDADE e LICENÇA para novo casamento. Se Jesus usou a conjunção

coordenativa adversativa PORÉM no v. 32, é porque NÃO PERMITIU NOVO CASAMENTO,

pois no v.5 Ele falou em REPÚDIO e em DIVÓRCIO. No v. 31, Jesus menciona o que foi dito,

evidentemente mencionando o passado antes dEle, e fala em REPÚDIO e DIVÓRCIO. Isto era

uma referência à lei de Moisés. Se Jesus quisesse falar em REPÚDIO e DIVÓRCIO no v. 32,

não teria usado a conjunção PORÉM. No v. 32 Jesus só permitiu NOVO CASAMENTO em

caso de PORNEÍA, caso este já discutido no tópico anterior. Eu creio, já disse, e não tenho

medo de dizer, na interpretação LITERAL das Escrituras. Pois bem, interpretando

LITERALMENTE este texto, a conclusão a que temos que chegar, é a que acabo de

apresentar. Talvez alguém diga que sou RADICAL demais. Afinal de contas, aceitamos ou não

a INSPIRAÇÃO VERBAL-PLENÁRIA? Aceitamos só no papel ou também na prática?

Aceitamos ou não a INTERPRETAÇÃO LITERAL das Escrituras? Será que aceitamos somente

quando nos convém? Teria Jesus usado a conjunção PORÉM, sem motivo, decorativamente?

Se Ele usou a conjunção PORÉM, temos de levá-la em conta, ou cometemos erros. A menos

que queiramos TORCER AS ESCRITURAS para se encaixar aos nossos preconceitos

culturais, mundanos, denominacionais, de interesse particular, etc. Não podemos de modo

nenhum IMPOR ao texto sagrado o nosso pensamento. Temos que nos dobrar diante do texto

sagrado. Não podemos nem devemos tentar arranjar interpretações engenhosas., Portanto,

Jesus não permitiu divórcio para o crente do Novo Testamento.

3. O ARGUMENTO DO CASAMENTO COMO INSTITUIÇÃO DIVINA NO

“PRINCÍPIO” EM Mt. 19.

Em Mt.19:8 Jesus usou duas vezes a palavra PRINCÍPIO, referiado-se ao Éden, quando Deus

criou o homem e a mulher, instituindo o casameto MONOGÂMICO e INDISSOLÚVEL, e

quando deu os primeiros princípios sobre o casamento no plano perfeito de Deus. Neste texto

Jesus deixou bem claro que no Éden Deus instituiu o CASAMENTO INDISSOLÚVEL. Os

fariseus perguntaram a Jesus: “É lícito ao homem REPUDIAR sua mulher por QUALQUER

MOTIVO?” Em resposta a esta pergunta de MÁ FÉ, Jesus fez um breve comentário, para

depois citar Gn.2:24. Jesus perguntou aos fariseus se eles não tinham lido que o Criador, no

PRINCÍPIO, fez HOMEM e MULHER; Jesus citou Gn. 2:24: “Portanto, deixará o homem pai e

mãe, e se unirá à sua mulher, e serão dois NUMA SÓ CARNE…”. Depois de citar Gênesis,

Jesus fez novo comentário: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que

Deus ajuntou não o separe o homem.” Na primeira parte deste comentário, Jesus falou de SER

dois NUMA UMA SÓ CARNE. Ora, isto só acontece com a UNIÃO CONJUGAL DO CASAL. Na

segunda parte do comentário, Jesus falou do ajuntamento dos dois como sendo algo feito por

Deus. Ajuntamento aqui é sempre e somente UNIÃO CONJUGAL. Alguns divorcistas,

querendo justificar o divórcio, dizem que muitos casamentos não foram unidos por Deus. Se a

união não foi feita por Deus, dizem eles, a pessoa pode se divorciar para e casar com a pessoa

certa. Acontece que a união de que falou Jesus, é a única, exclusivamente a UNIÃO

CONJUGAL através do sexo. Deus criou o sexo e uniu o primeiro casal através dele. Quando

duas pessoas se unem conjugalmente, única e exclusivamente através do sexo, não devem se

separar nunca mais. Este é o casamento do Éden, do PRINCÍPIO. É exatamente por causa

dessa UNIÃO que o casamento é INDISSOLÚVEL e que Deus condena severamente qualquer

outro tipo de RELACIONAMENTO SEXUAL fora do casamento. Os dois mais comuns são

PORNEÍA ou FORNICAÇÃO e MOIQUEÍA ou ADULTÉRIO. Se partirmos da premissa de que a

expressão O QUE DEUS UNIU se refere simplesmente às meras UNIÕES LEGAIS e

CERIMONIAIS de casamento, violentamos a Palavra de Deus, e abrimos uma BRECHA na

vida cristã, com resultados terrivelmente prejudiciais e imprevisíveis. Qualquer crente, à revelia,

poderia dizer que seu casamento não foi UNIDO POR DEUS. Daí se divorcia e se casa com

outra. Só existe mesmo casamento de FATO, quando se dá a UNIÃO CONJUGAL. Quando há

a UNIÃO CONJUGAL não deve haver jamais separação. O que Jesus disse está claro. Quando

Ele falou em UNIÃO FEITA POR DEUS, referiu-se à UNIÃO CONJUGAL de sexo. Por isso Ele

usou a expressão UMA SÓ CARNE. Só o ADULTÉRIO DISSOLVE o casamento. Quando uma

mulher casada se une sexualmente com outro homem, TRÊS PESSOAS, ela, seu marido e o

outro homem se tornam UMA SÓ CARNE Isto é terminantemente abominável diante de Deus.

Aqui é necessário uma ressalva. DISSOLVER não é sinônimo de DIVÓRCIO. Dissolver no

contexto do casamento é por fim ao vínculo da união conjugal.

Jesus falou em casamento no PRINCÍPIO, como INDISSOLÚVEL. Depois falou em DIVÓRCIO

pela LEI. Ora, a lei foi dada muito depois da instituição do casamento INDISSOLÚVEL. Cristo

veio CUMPRIR a lei. Por conseguinte, não existe mais divórcio. A menos que Jesus

tivesse instituído um novo divórcio, estritamente do Novo Testamento, o que não ocorreu.

Pelo contrário, a menção do PRINCÍPIO anula qualquer tentativa dos divorcistas dizerem que

Jesus disse ou deu novos ensinos sobre o divórcio. No tempo do Velho Testamento, o homem

estava na sua MINORIDADE ESPIRITUAL. Por isso precisava de um AIO, que foi a LEI (Gl.

3:25-29). o Novo Testamento a lei foi TODA cumprida por Cristo. O homem entrou na condição

de possibilidade de MAIORIDADE ESPIRITUAL. Para o crente do Novo Testamento o divórcio

não tem nenhum sentido, pois Cristo dá TODAS as condições de MAIORIDADE ESPIRITUAL.

Eis algumas condições: 1) Ele já veio; 2) o Espírito Santo habita permanentemente no crente;

3) temos a revelação escrita completada 4) temos a igreja local. Quem precisa de divórcio com

todas estas condições? Quem precisa de fato de novo casamento diante de tantas condições

superiores ao casamento? Só mesmo os crentes CARNAIS.

4. O ARGUMENTO DE QUE O DIVÓRCIO PERTENCE EXCLUSIVAMENTE À LEI

DE MOISÉS.

No PRINCÍPIO, lá no Éden, Deus instituiu o CASAMENTO INDISSOLÚVEL, que é o

casamento IDEAL de Deus, e perfeitamente possível nas condições de MAIORIDADE

ESPIRITUAL de hoje. Contudo, o pecado entrou na vida do homem, corrompendo TUDO. O

casamento foi uma das áreas mais atingidas. Por causa disso, num certo tempo da história do

homem. Deus deu a LEI, que foi um EXPEDIENTE. O que é um EXPEDIENTE? É uma solução

TEMPORÁRIA. Paulo chama a lei de AIO ou PEDAGOGO. O sentido de PEDAGOGO no

tempo de Paulo, dá a idéia de que a lei era um EXPEDIENTE. Como o divórcio faz parte

exclusivamente da lei, e como Cristo cumpriu TODA a lei, a lei do divórcio caiu e o

CASAMENTO INDISSOLÚVEL foi RESTAURADO como no Éden. Portanto, ser divorcista

significa RETROCEDER ao tempo da LEI, uma atitude JUDAIZANTE, HEREJE, uma tentativa

inglória de misturar a lei com a graça condenada severamente na epístola aos Gálatas.

Temos que dar aqui uma palavra sobre PRINCÍPIOS que foram LEGALIZADOS, isto é,

PRINCÍPIOS que foram INCORPORADOS na lei. Os PRINCÍPIO são LEIS NATURAIS,

ESPIRITUAIS, MORAIS, ETERNAS, INCONTESTÁVEIS. A Bíblia alarde LEIS, COSTUMES e

PRINCÍPIOS. A LEIS foram dadas num certo tempo da história, para um tempo determinado e

foram cumpridas por Cristo. Os COSTUMES dependem dos povos e das épocas. Os

PRINCÍPIOS, porém, são ETERNOS. Os PRINCÍPIOS não estão presos a povos, épocas,

culturas, circunstâncias. Os crentes do Novo Testamento nada têm a ver com as LEIS ou

COSTUMES, mas somente sempre com os PRINCÍPIOS. Muitos PRINCÍPIOS, porém, foram

LEGALIZADOS, isto é, passaram a ter um aspecto LEGAL. Eis um exemplo de um PRINCÍPIO

legalizado: A OBEDIÊNCIA AOS PAIS. A OBEDIÊNCIA AOS PAIS é um PRINCÍPIO que

ocorre por toda a Bíblia. Ele já existia antes da LEI. Quando Deus deu a lei, este princípio foi

incorporado nela. Passou a ter aspectos LEGAIS. Na lei este princípio passou a ter

PENALIDADES impostas pelos homens em caso de desobediência. Vejamos: Ex 21:16-17; Lv.

20:9; Dt. 21:18-21; 27:16. O PRINCÍPIO DA OBEDIÊNCIA AOS PAIS existia antes da lei, mas

não com esta conotaçâo prescrita nos versículos acima. Existe hoje, e ainda sem as

conotações da lei. A obediência é um princípio que foi legalizado.

O divórcio não é um PRINCÍPIO DE VIDA. Ele pertence exclusiva e somente à lei de Moisés. O

CASAMENTO INDISSOLÚVEL é PRINCÍPIO de VIDA é um dos mais importantes do

ESQUEMA FAMILIAR DE DEUS. O crente do Novo Telamento vive de acordo com os

PRINCÍPIOS, e irão de acordo com a lei. Portanto, para o crente do Novo Testamento, não

existe divórcio, mas sim somente CASAMENTO INDISSOLÚVEL. Por isso, os pastores fiéis,

devem continuar usando a famosa frase “ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE”, que se baseia

em Rm. 7:1-4. Por isso, o casamento deve ser levado muito a sério. Por isso, o crente só deve

namorar e se casar quando tiver COMPETÊNCIA.

5. O ARGUMENTO DO ESPANTO DOS DISCÍPULOS EM MATEUS 19:10

Em Mt.19:9 Jesus falou em REPÚDIO e NOVO CASAMENTO, mas somente em caso de

PORNEÍA. Os discípulos entenderam claramente que Jesus falou em REPÚDIO e NOVO

CASAMENTO só e unicamente em caso de PORNEÍA. A razão do ESPANTO dos discípulos,

foi justamente isso. Eles estavam acostumados com o divórcio mesmo quando não havia

PORNEÍA, pois a lei assim o permitia. A lei permitia o divórcio e novo casamento, mesmo

quando não havia o caso de PORNEÍA. Quando Cristo falou de divórcio e novo casamento,

somente em caso de PORNEÍA, eles ficaram espantados e disseram: “Se assim é a condição

do homem relativamente à mulher, não convém casar” (v.10). Eles estavam dizendo mais ou

menos isso: “Bem, se só há possibilidade de novo casamento, mediante divórcio, somente

quando houver PORNEÍA, então é muito melhor ser logo CELIBATÁRIO, é melhor nem casar”.

Se Cristo estivesse dando condição para divórcio e novo casameto além do caso de haver

PORNEÍA, os discípulos não teriam ficado espantados, nem teriam falado como falaram. O

argumento de Jesus nos vs. 11,12 dá a confirmação disso. Cristo disse que o CELIBATO não é

opção por medo de se casar, divorciar-se por alguma razão e não poder se casar de novo.

CELIBATO por esta razão não é o ideal. Cristo não falou de CELIBATO de pessoas solteiras. A

palavra SOLTEIRO não é sinônima de CASTIDADE SEXUAL. Cristo não falou também de

CELIBATO da pessoa que se casou e depois de divorciou e ficou sozinha. Ficar sozinha depois

que se divorciar, não significa de modo algum CASTIDADE SEXUAL. Cristo falou de três tipos

de EUNUCOS, O primeiro é o EUNUCO DE NASCENÇA, o homem que nasceu sem

capacidade sexual. O segundo é o EUNUCO ARTIFICIAL, feito pelos homens, a pessoa que foi

castrada, um costume no oriente nos tempos antigos. Os eunucos tomavam conta dos haréns

do reis e homens abastados. O terceiro é o EUNUCO POR ESCOLHA PRÓPRIA, por causa do

reino de Deus, do homem potente sexualmente mas que decide ter vida casta sexualmente por

causa do reino de Deus. Jesus disse que estes três tipos de EUNUCOS não se casam, os dois

primeiros por não haver necessidade nem possibilidade real e o terceiro voluntariamente. Já no

caso do homem cujo casamento foi dissolvido pelo ADULTÉRIO, ele se torna EUNUCO

circunstancialmente, e não por escolha própria. Só estavam aptos para receber o conceito do

CELIBATO os EUNUCOS citados por Jesus. A pessoa, porém, cujo casamento foi dissolvido,

não é CELIBATÁRIA, mas CASADA. CELIBATO só é para quem não se casou e se mantém

casto sexualmente. Depois que houve a UNIÃO SEXUAL, o homem é casado, e o é enquanto

sua mulher viver, estando ou não com ele.

6. O ARGUMENTO PAULINO DO CASAMENTO ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE.

Em Rom. 7:2-5, Paulo diz que a mulher está LIGADA ao MARIDO, pela LEI, enquanto ele viver.

O mesmo é dito em 1Co. 7:39. Que lei é essa que liga a mulher ao marido enquanto ele vive?

Seria a lei de Moisés? É claro que não! A lei de Moisés permitia o divórcio e novo casamento.

Seria a do Império Romano, da época, que dominava o mundo? Também não. O Império

Romano também permitia o divórcio. Muitos divorcistas se apegam ao que Paulo disse aqui

para defender o divórcio. Dizem que temos que nos conformar com a lei do país onde vivemos.

Argumentam assim, mas somente quando a lei concorda com os desejos deles. Acontece que

a lei de que Paulo fala aqui é o princípio DIVINO DO ÉDEN do CASAMENTO INDISSOLÚVEL.

Nenhuma lei do mundo anula a princípio divino, nem a de Moisés, nem a do Imperio Romano,

nem a do país onde vivemos. Mesmo que fosse verdade que Paulo estivesse falando da lei do

país, o argumento não procede, visto que a lei divorcista do país, do Brasil por exemplo,

segundo o conceito dos homens, pois esta é dos homens, apenas acaba com o vínculo

matrimonial, dando condição de a pessoa se casar de novo, mas não obriga ninguém a se

casar. O fato de haver uma lei divorcista não significa que esta lei seja certa. Há tantas erradas.

Por exemplo, a lei do Brasil faculta à prostituta vender o seu corpo. Faculta o jogo de azar.

Permite a fornicação após os 21 anos. Nada disso quer dizer que o crente tem licença para

fazer tudo isso.

A lei mencionada por Paulo aqui, é a LEI DO ÉDEN. Paulo fala em LEI CONJUGAL no v.2.

Esta lei é a do CASAMENTO INDISSOLÚVEL, do Éden. Segundo a LEI CONJUGAL do Éden,

se a mulher se casar com outro homem, estando ainda o seu primeiro marido VIVO, Paulo

disse que ela comete ADULTÉRIO, e aqui Paulo usou a palavra MOIQUEÍA. Segundo esta

passagem, todos os crentes que se divorciaram e se casaram de novo estão ADULTERANDO.

Caso o irmão tenha dúvida, peço que leia esta passagem varias vezes, com bastante atenção.

Eu sei que muitos que vão ler este estudo vão me criticar, mas não tem importância isso. O que

realmente importa é o que Deus diz em Sua Palavra. Não posso mudar o sentido que está no

texto. Não posso impor um sentido que ele não tem. O texto é bastante claro. Não podemos

arranjar um jeitinho. Não podemos torcer o texto para se encaixar no nosso conceito sobre o

divórcio, ou sobre o conceito da nossa denominação, ou coisa que o valha. Ou ficamos com a

Palavra de Deus, sem ter medo de dizer isso, ou fugimos dela. Quem fugir dela deve ser, pelo

menos, honesto, e dizer que está fora da Palavra de Deus.

Dos dois textos citados aqui, é que vem a famosa frase, que era usada nos casamentos, antes

da lei divorcista entrar no Brasil: “EU VOS DECLARO MARIDO E MULHER, ATÉ QUE A

MORTE OS SEPARE.” Não sei como é que muitos pastores estão fazendo depois da lei

divorcista. Eu sei que eu vou cotinuar dizendo como antes e de acordo com a Palavra de Deus.

E digo mais, eu só farei casamentos depois de dar um curso sobre vida no plano familiar de

Deus, e de os casais me confessarem que têm convicção de que segundo o plano perfeito de

Deus, o casamento é INDISSOLÚVEL e que eles querem se casar até que a morte os separe.

Talvez alguns sejam hipócritas. Por desejarem se casar, confessarão que crêem no casamento

INDISSOLÚVEL, quando no íntimo não crêem. Bem, isso não é problema meu, é deles com

Deus. Não quero me tornar cúmplice de pecados, fazendo casamentos errados.

7. O ARGUMENTO DA NÃO SEPARAÇÃO: DADO POR JESUS, MENCIONADO

EM 1Co. 7:10

Paulo diz, claro e a bom som, que Jesus ORDENOU que os CASADOS não se separassem. O

caso aqui não é uma mera sugestão. É uma ordem, e um MANDAMENTO-PRINCÍPIO.

Quem obedece é ABENÇOADO, quem desobedece, sofre as conseqüências naturais da

desobediência. Este MANDAMENTO-PRINCÍPIO é uma uma LEI NATURAL como o de

COMER COMIDA. Quem se alimenta, continua VIVO. Quem não se alimenta, MORRE. Isto é

uma lei INFALÍVEL. Se alguém não acredita basta experimentar. O MANDAMENTOPRINCÍPIO

sobre a não separação também é infalível. Toda pessoa casada que se separa

do seu cônjuge, sofre as consequências NATURAIS e ESPIRITUAIS.

Paulo disse que se a mulher vier a se separar do marido, que não se case de novo. Segundo

uma série de PRINCÍPIOS BÍBLICOS de vida no lar, a mulher não deve abandonar o lar, nem

muito menos agir errado ao ponto de o marido abandonar. A mulher crente não deve jamais ter

culpa na separação do casal. Se acontecer de o marido abandonar o lar por ser INCRÉDULO

ou um CRENTE CARNAL, a mulher deve ficar sozinha, ou então, em havendo possibilidade,

deve se reconciliar com seu marido. ATENÇÃO AQUI, muita atenção! Se o Novo Testamento

desse alguma possibilidade de novo casamento, sem a morte do cônjuge, dentro do plano

perfeito de Deus, o texto de 1Co. 7:10 e 11 seria o texto ideal para tal ensino, contudo, Paulo

disse: QUE NÃO SE CASE, OU QUE SE RECONCILIE. Em havendo possibilidade, deve haver

RECONCILIAÇÃO e não novo casamento. Como falamos em POSSIBILIDADE, precisamos

saber qual é o conceito de possibilidade. Uma mulher pode achar impossível a reconciliação,

mas segundo o conceito estritamente dela, mundano, não segundo o que Deus ensina em Sua

palavra. Ela precisa saber o que é que Deus ensina em sua Palavra. Em muitos casos, a

mulher crente e insubimissa ao marido por muitos anos, arranjou, por causa disso, tantos e tão

grande problemas que acha impossível continuar vivendo com seu marido. A separação

acontece. Depois de alguns anos de separação, ela aprende algumas coisas da Palavra de

Deus. Uma delas é que deve se reconciliar com seu marido. O que tem acontecido em casos

assim? Em geral elas pensam e falam em reconciliação, mas do modo delas, não do modo de

Deus. Estou tratando da reconciliação de uma separada há 15 anos. Ela tem tentado me

orientar em como eu devo preceder no processo de reconciliação. Antes da reconciliação,

quero ter com os dois uma série de estudos bíblicos sobre a VIDA ESPIRITUAL e sobre a VIDA

FAMILIAR, para que os dois voltem a viver juntos mas com vida espiritual baseada na Palavra

de Deus. Ela está sempre tentando enfiar algum conceito seu. O acerto é difícil e tem que ser

pelo modo de Deus.

Paulo fala também que o marido não se separe da mulher. É claro que no caso do marido o

caso é mais complexo. Quando o marido tem uma amante, a mulher crente não precisa,

necessariamente deixá-lo. Não que seja certo o marido ter uma amante. É claro que isso e

errado e contra o ensino da Palavra de Deus. Acontece, porém, que quando o marido tem uma

amante, ocaso não é tão complicado, como acontece no caso de a mulher ter um amante.

Alguém poderia dizer que isso é SEGREGAÇÃO SOCIAL, que são DOIS PESOS DUAS

MEDIDAS, MACHISMO, sei lá o que mais. Mas não é. Digo que não e provo. Mesmo sendo

claramente contra o ensino do Novo Testamento que o marido tenha uma amante, o caso não

é tão complexo e complicado como quando a mulher tem um amante. Há problemas quando o

marido tem uma amante, mas quando a mulher tem um amante, os problemas são muito

maiores, mais complexos, e com resultados muito mais prejudicias.

Quais são os problemas quando o homem tem uma amante? O PRIMEIRO É SOCIAL. Há

problemas entre a esposa e a amante. Há problemas entre os filhos e a amante. Há problemas

da sociendade com a amante. Há problemas da esposa com ele. Há problemas dos filhos com

ele. Há problemas da sociedade com ele. O SEGUNDO É ESPIRITUAL. Todos os problemas

sociais causados pelo fato de ter uma amante, afetam sua vida espiritual, queira ou não. Isto é

infalível. O TERCEIRO é FINANCEIRO. O homem terá que sustentar duas famílas. A menos

que seja rico, terá muitos problemas. O QUARTO É CONJUGAL. Terá que cumprir com os

seus deveres conjugais para com as duas.

Quais são os problemas quando a mulher tem um amante? O PRIMEIRO é com o seu

MARIDO. Isto é mais do que óbvio. Que marido se comportará como um cordeiro, sabendo que

sua esposa tem um amante? O SEGUNDO é com os FILHOS. Que filhos se portarão bem com

uma mãe que tem um amante? O TERCEIRO será de FILIAÇÃO. Quando a mulher fica

grávida, surge a duvida: Quem será o pai? É claro que há condições de se constatar

paternidade, mas depois do nascimento, e não é fácil nem barato. O QUARTO será de

PATERNIDADE. Os filhos vão querer saber quem é o pai deles. O QUINTO é de

DEGENERAÇÃO. As doenças venéreas, que tem atormentado o mundo, só existem porque

mulheres mantêm relacionamento sexual alternadamente com mais de um homem durante

certo período de suas vidas. Mesmo que a POLIGAMIA jamais tenha sido da vontade perfeita

de Deus, Ele tolerou no tempo do Velho Testamento, contudo, Deus jamais tolerou a

POLIANDRIA. Deus criou a mulher com um dispostivo de proteção, chamado VIRGINDADE, o

que não existe no homem. Tudo isto é mais que poderia dizer, prova ser muito mais complexo

quando a mulher arranja um amante.

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES GERAIS E FINAIS SOBRE O DIVÓRCIO.

Vamos, primeiramente, alguns falsos ARGUMENTOS DIVORCISTAS (posição anti-Bíblica)

O PRIMEIRO é: O moço ou a moça, que por alguma razão se divorcia, tem que ficar o resto

da vida sozinho? Em primeiro lugar, temos que saber qual foi a razão do divórcio. Eis algumas:

1) Casamento por IGNORÂNCIA; 2) casamento por ENGANO; 3) casamento sem

MATURIDADE; 4) Divórcio por ADULTÉRIO continuado do outro cônjuge; 5) outros

PROBLEMAS. Os homens arranjam tantas razões para o divórcio. Vi uma lista de 16. O

curioso é que Jesus só deu uma razão, que se chama PECADO (Mt. 19:8). As pessoas

preferem dar APELIDOS aos pecados. Por exemplo. Quando dois crentes são CRENTES

CARNAIS, não controlados pelo Espirito Santo, apelidam este pecado que a Bíblia chame de

carnalidade de INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS. Jesus chamou o pecado que leva ao

divórcio de DUREZA DE CORAÇÃO. Isto significa TEIMOSIA, OBSTINAÇÃO. Os divórcios

acontecem, por isso os pais não querem o namoro e casamento do filho ou da filha com certa

moça ou moço. O filho ou filha teima. Se casa. Pouco depois se divorcia. O namoro de duas

pessoas demonstra claramente que o casamento vai ser um fracasso. Os dois teimam e se

casam assim mesmo. Logo depois se divorciam. O casal de namorados se obstina somente

por causa de uma PAIXÃO CARNAL, a qual o casal chama, ERRADAMENTE de “muito amor”

(o mesmo “amor” de Amnon em 2Sam. 13:1). Casa-se por causa desta paixão carnal. Logo

depois a paixão acaba e vem o divórcio.

O PECADO da DUREZA DE CORAÇÃO tem sido a causa do divórcio. Quem se divorcia é

porque PECOU. Quem o fêz, precisa aprender a assumir as conseqüências do seu pecado.

Certos pecados trazem GRAVES e GRANDES conseqüências, que não podem ser mudadas

ou anuladas. O divorcista argumenta: Mas Deus não perdoa? É claro que Deus perdoa, mas às

pessoas que se ARREPENDEM. Entretanto, PERDÃO não e sinônimo de AUSÊNCIA ou

ANULAÇÃO de DISCIPLINA divina e de conseqüências naturais. Um exemplo clássico disso

temos no caso do adultério de Davi com Bate-Seba. Davi ADULTEROU. E foi um PECADO

SOCIAL que veio a público. Davi não teve meios de ANULAR as conseqüências naturais do

seu pecado. Bem que ele tentou, pecando ainda mais e complicando ainda mais a sua vida,

Não conseguiu. Através de Natã, Davi se ARREPENDEU. No Salmo 51, Davi faz uma das

maiores confissões de pecado da Bíblia. Deus perdoou. Contudo, não eliminou o castigo. Davi

arrastou os castigos e as conseqüências naturais do seu hediondo pecado, pelo resto de sua

vida. O divórcio acontece somente por causa do PECADO. Uma das conseqüências do pecado

que leva ao divórcio é o de ter que ficar SOZINHO o resto da vida.

Uma ressalva deve ser feita aqui. Os que usam o argumento divorcista que estamos discutindo,

parece que não se dão conta de que ficar sem o cônjuge por causa do casamento errado, não

é a pior coisa da vida. A pessoa que fez um casamento errado, resultando em divórcio, mas

que se ARREPENDE realmente, terá a GRAÇA de Deus para continuar vivendo, e vivendo

vitoriosamente. Paulo disse: “TUDO POSSO EM CRISTO que me FORTALECE” (Fl. 4:13).

Mesmo que o contexto deste versículo não fale de casamento, o princípio serve para

casamento também.

O SEGUNDO falso argumento dos divorcistas, é aquele que diz que quando um dos cônjuges

comete ADULTÉRIO, o outro pode se casar. Pergunto: Os crentes que se divorciam o fazem

sempre e somente por causa de ADULTÉRIO? É claro que não! Muito embora este argumento

não tenha a aprovação do Novo Testamento, eu não seria tão radical se os crentes sempre e

somente se divorciassem por causa do ADULTÉRIO. Acontece que a maioria dos divórcios de

crentes não acontece por causa do ADULTÉRIO, mas por muitos outros e variados motivos.

Em geral, numa análise profunda, constatamos que quando há ADULTÉRIO, este não é

CAUSA, mas o EFEITO. O casal comete uma série de pecados, indo até à separação. Depois

que se separara, um ou outro comete ADULTÉRIO. Ora, isto e bem diferente de se colocar o

ADULTÉRIO como causa.

Quais têm sido as razões dos divórcios dos crentes? Um delas tem sido o que chamam de

FALTA DE AMOR. Um dos cônjuges deixou de amar o outro, ou os dois deixaram de se amar.

Esta é a desculpa mais esfarrapada do mundo. Em geral dizem que o amor acabou durante o

tempo em que viveram juntos. Será que o amor acabou mesmo, ou será que jamais se amaram

realmente? O que é o amor para essa gente? Paulo disse que amor JAMAIS FALHA (1Co.

13:8). O máximo que pode ter havido entre os dois foi amor EROS ou FILEO, mas jamais

AGAPAO. Se o amor acabou é porque nunca houve o verdadeiro amor entre eles. Se nunca

houve o verdadeiro amor, devem obedecer o mandamento, que diz que os crentes devem se

amar. O marido deve aprender a amar, como ORDENA a palavra de Deus em Ef. 5:25-35. A

mulher deve aprender a se submeter, como ordena a Bíblia em Ef. 5:22-24; Tt. 2:3-5; 1Pe. 5:1-

6. Uma segunda razão para haver divórcios entre os crentes, é o que chamam de

“INCOMPATIBILIDADE DE GÊNIOS”. Aliás, esta é razão mais comum. Isto não é razão para

divórcio, pelo menos segundo o que a Bíblia ensina. Na verdade, esta razão chama-se

CARNALIDADE, falta de controle do Espírito Santo, falta de santificação. Jesus nos deu todos

os meios para desenvolver a nossa salvação. A solução de Deus para a incompatibilidade de

genios e santificação, acerto de vida com Deus, não divórcio. há muitas outras supostas

razões, que nem precisam ser discutidas. Nem um crente que anda com Deus vai achar

qualquer razão para o divórcio. Só mesmo os crentes carnais e em PECADO acham razões

para o divórcio. Todos os divorcistas e divorciados precisam estudar os princípios divinos para

a família, na Bíblia.

Um TERCEIRO falso argumento dos divorcistas é aquele que diz que a “PARTE INOCENTE”

pode se casar. A Bíblia jamais fala em “PARTE INOCENTE”. Isto é uma elaboração dos

divorcistas. O casamento é feito entre duas pessoas. Ele se estraga por causa destas duas

pessoas. Haveria mesmo alguém inocente no divórcio? Uma boa análise dos casamentos que

acabam em divórcio,mostra que não há “PARTE INOCENTE”. O máximo que tem havido é que

uma comete pecados diferentes da outra Mt. 5:32 fala em EXPOR AO ADULTÉRIO. De que

modo isso acontece? Pelo REPÚDIO sem ter como causa a PORNEÍA. Contudo, há outros

meios de um cônjuge EXPOR o outro ao adultério. Tem havido muitos casos em que os

pecados do cônjuge chamado de “INOCENTE”, leva o outro ao ADULTÉRIO. É claro que o

cônjuge que ADULTERA não tem razão real para agir assim, mas como está derrotado

espiritualmente, acaba ADULTERANDO. Vamos a um exemplo. Um casamento encrencou. A

esposa, para vingar do que o marido tem feito a ela, não quer mais ter relações sexuais com

ele. Como ele também está derrotado espiritualmente e como a esposa o rejeita, ele acaba

caindo em ADULTÉRIO. Pergunto: Esta mulher é “INOCENTE”, só por que não cometeu

ADULTÉRIO? Ela não cometeu ADULTÉRIO mas expôs o marido a cometê-lo. O inverso

também acontece. O conceito divorcista de “PARTE INOCENTE” é muito relativo e duvidoso.

Antes de dizermos que há uma “PARTE INOCENTE”, devemos trabalhar com o casal.

Devemos fazer uma boa análise do casamento do casal à luz da Bíblia, para determinar as

causas dos problemas e achar a solução bíblica.

Um QUARTO falso argumento divorcista é aquele que diz que se o crente não foi feliz no

primeiro casamento, tem o direito de tentar mais uma vez para ser feliz no segundo. Ninguém

tem direito algum. A felicidade do crente não está restringida ao casamento. Se estivesse, ai de

nós. A felicidade do crente depende única e exclusivamente de Jesus. Além do mais, quem

garante que uma pessoa que fez uma BURRADA, com o primeiro casamento, não fará outra,

com o segundo ajuntamento? Este quarto argumento é extremamente EGOÍSTA. O crente não

tem que viver correndo atrás da felicidde. Ele tem é que AGRADAR a Deus. Ele será feliz

agradando a Deus.

Um QUINTO falso argumento divorcista é aquele que diz que há muitas pessoas divorciadas

e casadas pela segunda vez que vivem muito melhor do que muitos crentes que não se

divorciaram. Esta não é uma afirmação da Bíblia. Este argumento é perigoso. Ele tenta

JULGAR A BÍBLIA PELAS EXPERIÊNCIAS. O argumento parece válido. Se pudéssemos

analisar cada caso citado pelos divorcistas, à luz da Bíblia, veríamos que as coisas não são

como dizem. Qual é o conceito de VIVER BEM para os divorcistas? Seria o mesmo da Bíblia?

O meu padrão de FÉ e PRÁTICA é a Bíblia, não as experiências do outros. Ai de mim se

baseasse minha fé e minha vida prática nas experiências dos outros! As experiências não

podem julgar a Bíblia. Esta é que julga as experiências. É fácil argumentar com as experiências

dos outros, pois a gente não as conhece minuciosamente. Contudo, conheço o meu Deus e a

Sua Palavra. Para mim isto basta. Além do mais, se crentes casados e não divorciados não

vivem bem, não é culpa do CASAMENTO INDISSOLÚVEL, mas deles mesmos, que não

agradam a Deus.

Uma outra consideração divorcista é que diz que o divórcio é melhor para os filhos do que o

casal viver brigando o tempo todo na frente dos filhos Esta é uma saída pelos fundos. Deus

tem em Sua Palavra e na Pessoa do Espírito Santo, a solução para qualquer casamento

estragado. O casal que vive brigando precisa acertar a vida com Deus, não de divórcio. Alias,

divórcio com este argumento é ZOMBAR de Deus. De quê adiantou a morte de Cristo para

estes crentes que vivem brigando? De quê adiantou o Espírito Santo vir habitar

permanentemente nestes crentes que vivem brigando? De quê adiantou Deus ter dado a Bíblia,

a Sua revelação escrita e completada? De quê adianta a igreja local, o meio de comunhão

entre os irmãos, se é melhor o divórcio? De modo nenhum. O melhor é o casal se converter a

Deus.

Vamos, agora, algumas conclusivas considerações ANTI-DIVORCISTAS (posição Bíblica)

A primeira: O divórcio é uma medida ESTRITAMENTE EGOÍSTA. Cada pessoa que se

divorcia, o faz pensando somente nela, mesmo que diga ao contrário. Cada pessoa que se

divorcia, o faz: 1- Porque QUER SE CASAR DE NOVO (principal) ou; 2- porque quer FICAR

LIVRE DO SEU CÔNJUGE ou; 3- porque quer ficar LIVRE DAS RESPONSABILIDADES DO

CASAMENTO. Ninguém se divorcia pensando única e exclusivamente no BEM ESTAR do

outro cônjuge. Jesus disse que o divórcio foi instituído por causa do pecado. Toda a lei de

Moisés, foi dada para mostrar a hediondez do pecado do homem. O divórcio mostra o pecado

na vida familiar do homem.

A segunda consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida UNILATERAL.

Cada pessoa que se divorcia, o faz para resolver o seu problema. E o outro cônjuge, como

fica? Alguém pensa nele? O homem tem 40 anos, sua esposa tem 38 anos. Eles têm 4 filhos.

O homem apaixona-se pela secretária de 25 anos. Para o homem é fácil se casar de novo. Mas

como ficará a esposa? Sua mulher, além de ter 38 anos, tem 4 filhos. Como fará? Será que

arranjará outro marido, com 38 anos e 4 filhos? O divórcio é uma medida que demonstra total

falta de amor.

A terceira consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida ANTI-BÍBLICA,

como já demonstrado.

A quarta consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida PALIATIVA. Não

resolve os verdadeiro problema: A DUREZA DE CORAÇÃO, apenas o encobre.

A quinta consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida DESASTRADA

pois três quartos dos segundos casamentos também fracassam.

A sexta consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida DESASTROSA

para a próxima geração, pois a teologia do divórcio é humanista e hedonista.

A sétima consideração anti-divorcista é a de que o divórcio é uma medida BLASFEMA, pois

destrói a belíssima figura da indissolúvel relação entre Jesus Cristo e os salvos.

CONCLUSÃO:

Para o crente do Novo Testamento não há divórcio. Não adianta nehuma desculpa. Não

adianta nenhuma saída pelos fundos. É necessário acerto de vida com Deus. Como está seu

casamento? Quais os problemas? Sabe o que Deus diz em Sua Palavra? Examine-a e acerte

sua vida com Deus.

Lista de Textos:

Eis aqui a lista de textos do Novo Testamento onde aparecem a palavra MOIQUEÍA ou ADULTÉRIO e suas

paralelas: Mt.12:59; 6:4; Mc.8:58; Rm.7:5; Tg.4:4; 2Pe. 2:14. Mt. 15:19; Mc. 7:21; Jo.8:5. Mt.5:27,28,52; 19:18;

Mc.10:19; Lu.16:18; 18:20; Jo.8:4; Rm*2:22; 15:9; Tg.2:11; Ap.2:22; Lu.18:11; I Co.6:9; Hb.15:4.

Eis a lista para PORNEÍA ou FORNICAÇÃO: Mt. 5:52; 15:19, 19:9; Mc. 7:21; Jo. 8:41: At. 15:22; 21:25; 1Co. 5:1 $

b:15,18; 7:2; 2Co. 12:21; Gl. 5;19; Ef. 5:5; Cl.5:5; 1Pe. 4:5; 1Co. 6:18; 10:8; Ap. 2:14,20; 17, 2; 18:5,9; Mt. 21:51,52;

Lu. 15:50; 1Co. 6:15,16; Hb. 11:51; Tg. 2:25; Ap. 17 1,5,15,16; 19:2; 1Co. 5:9,10,11; 6:9; Ef. 5:5; 1Tm. 1:10; Hb.

12:16; 15:4 Ap. 21:8; 22:15

Edição: Pr. José Pedro M. de Almeida

Congregação Batista

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