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Justificar as campanhas

Foto do escritor: Pr. Henrique Lino da SilvaPr. Henrique Lino da Silva




“Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: ‘Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. "Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’. E o Senhor continuou: ‘Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?’ A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: ‘Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. (Lucas 18:1-14)


As pessoas, especialmente os evangélicos, têm o hábito de citar sempre essa parábola para tentar justificar as campanhas de que participam e as orações repetidas e insistentes, pedindo todo tipo de bênção. Geralmente clamam a Deus providências para alguma área da vida delas. Mas devemos atentar bem para o texto, para essa parábola, que não é como as pessoas querem compreender ou interpretá-la. Aqui vemos um homem que exercia a função de juiz em uma determinada cidade e que não temia ou respeitava Deus, era um incrédulo, portanto, ele fazia a justiça de acordo com a sua vontade, e não de acordo com a vontade de Deus. Do outro lado, deparamos com uma senhora viúva que tinha uma causa na justiça e ficava pedindo ao juiz para julgar a causa, o processo, e que fosse favorável a ela, não sabemos se de acordo com a justiça ela tinha o direito de ser beneficiada ou não, mas, como ela ficava insistindo tanto, incomodando tanto esse homem juiz, ele resolveu atendê-la não por ela ter direito, ou por ele estar com piedade dela, não para praticar misericórdia, mas simplesmente para ficar livre dela. Portanto,

sabemos que essa viúva da parábola teve um ganho de causa não por merecer, ou por ser conforme a justiça, mas por ser aborrecida, e o juiz queria se livrar da chatice dela. A pergunta é: será que Deus quer ficar livre de nós? Será que Ele vai fazer as nossas vontades somente para pararmos de aborrecê-lo? Eu acho que não, por isto que no final da parábola Jesus pergunta: será que, quando Ele voltar, vai encontrar fé na terra? Se sabemos quem é o Senhor, se temos uma causa, se estamos passando por lutas, oramos e as entregamos nas mãos Dele, e não podemos ficar fazendo repetidas orações ou preces porque Ele mesmo nos proibiu disso. Mas, se tivermos fé, confiamos Nele, pois sabemos que Ele fará o melhor por nós, sempre lembrando que somos somente servos, e assim não nos justificamos diante Dele, mas dependemos da sua misericórdia, pois não merecemos nada a não ser a morte. E Ele, pela sua imensa misericórdia, nos dá a possibilidade de nos salvarmos. Portanto, vamos diante Dele com simplicidade e humildade e apresentemos os nossos pedidos, e que seja feito segundo a sua vontade. “O povo também estava trazendo criancinhas para que Jesus tocasse nelas. Ao verem isto, os discípulos repreendiam os que as tinham trazido. Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará Nele".” (Lucas 18:15-17).

Leiam e pratiquem a Bíblia, mais especificamente o Novo Testamento.

Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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