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  • Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

ENSINANDO O POVO



“Jesus, porém, foi para o Monte das Oliveiras. E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com Ele, e, assentando-se, os ensinava.” (João 8:1-2)

          Ao contrário do que muitos pensam, principalmente os religiosos, Jesus não veio para ficar operando milagres, ou abençoando a todos, curando, libertando, Ele veio para nos salvar, nos libertar da escravidão do pecado; veio para dar a sua vida em lugar da nossa; veio para ocupar o lugar que deveria ser ocupado por nós. Quem deveria ser morto e crucificado seríamos nós, porque nós que somos pecadores. Ele era inocente e ocupou o lugar dos pecadores para que, através do derramamento do seu Sangue, todos os que desejassem pudessem ser salvos. Jesus sempre estava pregando, ensinando sobre o Reino de Deus, para que as pessoas compreendessem, soubessem que Ele era o Messias, que Ele era o salvador de Israel, mas não salvador físico, não alguém que fosse brigar, lutar contra César ou outro inimigo, e sim libertá-los do pecado. Por isto sempre ensinava, mas, infelizmente, as pessoas não estavam interessadas em aprender, não estavam querendo saber sobre Deus, queriam somente milagres, queriam curas, queriam multiplicação de pães e peixes para saciarem a sua fome imediata. Não queriam saber da salvação proposta por Jesus. Isso não é muito diferente do povo, dos religiosos da nossa época, pois lotam templos em busca de bênçãos imediatas, em busca de curas, de prosperidade, em busca de mágicas, de soluções dos seus problemas. Jesus não tinha uma residência fixa, e, como temos falado, Ele sempre passava as noites nos montes, no horto, jardins, juntamente com os seus discípulos, e agora Ele, depois de ter passado a noite no Monte das Oliveiras, volta novamente ao templo e se dedica a ensinar o povo. Jesus ensinava sobre o Reino de Deus e mostrava quem Ele era, qual era a sua missão, mostrava o Plano de Salvação do Pai para toda a humanidade. Procurava falar de maneira clara, através de parábolas, para que o povo entendesse quem Ele era e o que estava fazendo, qual era sua missão, porque, além de vir para nos salvar, nos libertar do jugo do pecado, Jesus ensinava isso para que o povo soubesse, caso contrário, Ele se entregaria em nosso lugar, mas ninguém saberia, não entenderia o Sacrifício do Cruz. E por mais que falasse, que explicasse, sempre encontrava um antagonista, sempre encontrava pessoas que o tratavam como inimigo, como adversário e queriam sempre armar-lhe ciladas, armadilhas, jogo de palavras para fazê-lo se contradizer, cair, errar, e assim poderem acusá-lo de algo. Também temos que observar que Jesus não ficava em pé em palanque, em púlpitos pregando; ao contrário, Ele sentava ao lado do povo, no templo ou nos gramados, e até em barquinhos para ensinar.

 “E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?” (João 8:3-5). Os escribas, ou seja, os escrivães, os que conheciam a lei, estes se dedicavam a transcrever, a copiar as Escrituras, o que existia dela naquela época, que se resumia ao pentateuco, que são os primeiros cincos livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Deuteronômio e Números, além dos livros poéticos, como salmos, cantares, e os dos profetas, tais como Jeremias, Isaías, Ezequiel e todos os outros, maiores e menores. Mas eles que deveriam conhecer e colocar em prática a Palavra de Deus eram, na verdade, os que mais lhe desobedeciam, e eram somente religiosos. Eles agora vêm até Jesus trazendo uma mulher que tinha sido flagrada em adultério, portanto, era uma mulher casada que estava traindo o seu marido, e segundo a lei de Moisés, quando isso acontecesse, tanto a mulher quanto o homem deveriam ser mortos apedrejados. “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.” (Levítico 20:10). Mas eles trazem somente a mulher, não trazem o homem. O julgamento era somente para a mulher, por isto já vemos a parcialidade deles. Falam da lei, mas de acordo com a vontade deles, estão agindo assim como muitos pregadores que tiram textos do contexto para justificarem suas pregações heréticas, suas mentiras, e enganar o povo, conduzi-los à morte. Foram até Jesus para ver se Ele ia se colocar contra a lei de Moisés, e assim eles poderem condená-lo também, porque esperavam que Ele dissesse que não se poderia apedrejar a Mulher, mas o Senhor, na verdade, jogou a própria pergunta contra eles, porque a decisão final coube a eles, e, principalmente, fez com que reconhecessem os seus erros e suas falhas. Vemos pregadores e pessoas de um modo geral quererem se justificar através de versículos ou parte de um que apanham de maneira aleatória para explicarem o seu erro, seu pecado, e assim fazerem com que outros também o imitem. Mas na hora em que precisam, aí se lembram de Jesus, querem a Graça. “Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra. E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.” (João 8:6-8). Eles vieram falar com Jesus, e Ele de maneira tranquila estava escrevendo na areia com o dedo, ninguém sabe o que Ele escreveu, mas Ele não estava preocupado com a insistência daqueles escribas que queriam uma resposta. Após algum tempo, Jesus manda que os que fossem inocentes, os que estivessem limpos, os que não tivessem pecados que fossem os primeiros a jogar a primeira pedra. Como eles viram que o tiro saíra pela culatra, que eles é que foram pegos, e tiveram consciência de que todos eram pecadores, resolveram sair um por um, e então, quando Jesus vê a mulher sozinha, manda-a embora dizendo que Ele também não a acusava, mas que ela não deveria pecar, errar mais. “Quando ouviram isto, redarguidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João 8:9-11).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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