Deus transforma o sofrimento em testemunho
- Pr. Henrique Lino da Silva

- 7 de out.
- 4 min de leitura

“E, havendo escapado, então souberam que a ilha se chamava Malta. E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e por causa do frio. E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão. E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver. Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus. E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias. E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou. Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam. Os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias. E três meses depois partimos num navio de Alexandria que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux. E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias. De onde, indo costeando, viemos a Régio; e soprando, um dia depois, um vento do sul, chegamos no segundo dia a Potéoli. Onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma. E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo. E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao capitão da guarda; mas a Paulo se lhe permitiu morar por conta própria, com o soldado que o guardava.” (Atos 28:1-16)
O apóstolo Paulo, quando foi conduzido preso a Roma para ser submetido ao julgamento de César, enfrentou muitas lutas na sua viagem, como naufrágio e tudo mais. Mas temos que observar que, quando se refugiaram na ilha de Malta, Deus o usou tremendamente para curar as pessoas e mostrar-lhes o Poder do nosso Deus. Vejam que ele estava recolhendo lenha, gravetos para colocar no fogo, quando uma cobra venenosa o picou e ainda ficou agarrada a sua mão, e ele simplesmente a balançou sobre o fogo. Mas os ilhéus na hora entenderam que ele estava sofrendo a ira de Deus, estava amaldiçoado, pois, mesmo que tivesse escapado da tempestade, ele iria morrer por causa da picada da cobra. Como isso não aconteceu, e nem um inchaço teve, já começaram a pensar que ele seria uma espécie de deus. Ainda assim as pessoas imaginam – pois são muitos os religiosos, várias religiões –, elas veem as pessoas que estão passando por alguma dificuldade como pecadoras que estariam sofrendo o castigo de Deus. Mas elas assim pensam porque são ensinadas pelos falsos mestres, por falsos pastores que dizem que todo sofrimento que nos sobrevém é por causa dos nossos pecados recentes. Se assim fosse, Jesus Cristo, o Filho de Deus, já nasceu em pecado, pois, tão logo nasceu, já foi perseguido, e José e Maria tiveram que fugir com Ele para não ser morto, e durante todo o seu ministério, enfrentou perseguições e afrontas, e terminou crucificado em uma cruz. Mas quando as pessoas passam pelas lutas, pelas batalhas, elas mudam a sua maneira de pensar, pois dizem que foi livramento de Deus. Temos que aprender que tudo o que acontece é por vontade e permissão do Senhor, e sofrimento não é necessariamente por causa de pecado, e sim por ser um propósito do Senhor. Por isto, todo o tempo devemos glorificar o Nome do Senhor, render-lhe graças por tudo. “E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim, contudo, preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos; os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte. Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação. Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia. Então eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti carta alguma da Judeia, nem veio aqui algum dos irmãos, que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum. No entanto bem quiséramos ouvir de ti o que te sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda a parte se fala contra ela.” (Atos 28:17-22)
Leiam e pratiquem a Bíblia, mais especificamente o Novo Testamento.
Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino



Comentários