“Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem à pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.” (Tiago 3:1-9)
Muitas vezes queremos ser melhores, mais sábios, entendidos do que a maioria das pessoas. Nós nos achamos superiores, mas é exatamente o contrário, pois, quando assim pensamos de nós mesmos, é porque somos os mais tolos e ignorantes possíveis, e só não enxergamos isso porque a nossa arrogância nos impede de ver. Devemos saber que estamos em uma escola, que até o dia de fecharmos os olhos, estaremos aprendendo, e mesmo assim, quando partirmos, nada saberemos ainda. Assim como Paulo nos ensina, devemos sempre julgar o próximo superior, e devemos, sim, falar do amor de Deus. Temos que procurar nada saber, a não ser sobre o amor de Deus a cada um e o propósito das nossas vidas, que é agradar-lhe. Temos que ser rápidos para pensar, mas tardios para falar, porque sempre, antes de abrirmos a boca para falar sobre qualquer coisa, sobre qualquer pessoa ou tema, devemos primeiro analisar se estamos falando de acordo com a vontade do Senhor, por isto devemos sempre examinar se é necessário falarmos sobre tal assunto, se devemos falar, por qualquer motivo; caso contrário, que fiquemos calados e mantenhamos as nossas bocas fechadas.
“Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim. Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.” (Tiago 3:10-14). De nada adianta falarmos que somos crentes, seguidores de Jesus, irmos a templos, louvarmos, cantarmos, ofertarmos, orarmos, se falamos mal das pessoas, se as criticamos, se as amaldiçoamos, ou se falamos palavras para deixar as pessoas tristes e desanimadas. Nesse caso, estaremos sendo hipócritas, mentirosos, e com certeza o que merecemos é a condenação eterna. Não vivemos de aparência, mas temos que ser verdadeiros, autênticos, temos que aprender a abençoar, ajudar, socorrer e apoiar em tudo os nossos irmãos, pois todos têm o mesmo Deus, mesmo que muitos deles desconheçam isso. Mas há um só Deus e mediador entre o homem e Deus, que é Jesus Cristo, o seu Filho amado. Não existe ninguém que esteja falando mal de outra pessoa e esteja na presença do Senhor, porque, ao desejarmos mal ao nosso semelhante, estamos indo frontalmente contra Deus, pois Ele também é o Senhor da pessoa a quem desejamos mal. Temos que aprender a dominar os nossos sentimentos, e principalmente a nossa língua, pois, caso contrário, ela nos conduzirá ao sofrimento eterno. Temos que refrear, domar a nossa língua, se necessário, mordê-la, mas não permitir que ela fale, que pronuncie o que não deve, pois com esse gesto estaremos combatendo a nossa vontade carnal. Temos a função de abençoar a todos e não podemos escolher a quem podemos abençoar ou ajudar e socorrer. Devemos todo o tempo abençoar a todos os que não estejam frontalmente no pecado, pois, nesse caso, se abençoarmos quem está no erro, estaremos abençoando o próprio erro. Mas mesmo quem está no erro não podemos amaldiçoar, devemos simplesmente falar, ensinar-lhe a verdade. Se a pessoa aceitar, ótimo, caso contrário, que nos afastemos. “Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.” (Tiago 3:15-18).
Leiam e pratiquem a Bíblia mais especificamente o Novo Testamento.
Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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