Orar
- Pr. Henrique Lino da Silva
- 30 de mar. de 2023
- 4 min de leitura

“Contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer. dizendo: Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava os homens. Havia também naquela mesma cidade uma viúva que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me incomoda, hei de fazer-lhe justiça, para que ela não continue a vir molestar-me. Prosseguiu o Senhor: Ouvi o que diz esse juiz injusto. E não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que dia e noite clamam a Ele, já que é longânimo para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:1-8)
Muitas pessoas entendem de maneira errada essa parábola, pois acham que é motivo, justificativa para ficarem insistindo em oração, fazendo prolongadas repetições, para que o Senhor as atenda. Mas devemos atentar é que o nosso Deus não é um juiz injusto, muito pelo contrário. Ele simboliza a Justiça, é o Juiz mais justo que possa existir. Essa parábola está nos mostrando que, assim como um juiz terreno injusto acaba por atender o pedido insistente dessa viúva, só para ficar livre dela, o Nosso Deus, sendo Bom e Juiz Justo, atenderá os nossos pedidos imediatamente quando estão de acordo com a sua Palavra. Muitas pessoas pensam que podem apresentar todos os tipos de pedidos a Deus que Ele as atenderá, mas elas não perceberam que Ele é Justo, e assim só atenderá o que estiver de acordo com a sua Palavra, porque, a bem da verdade, a maioria dos pedidos que as pessoas fazem são injustos e contrários à Palavra de Deus, portanto, por mais que insistam, jamais serão atendidas por Deus. Elas podem até receber, pode até acontecer o que pediram na vida delas, mas não da parte do Senhor. A questão é: quando Jesus voltar, será que achará fé na terra? Será que as pessoas terão fé para estarem agindo, vivendo segundo a sua Palavra? Ou simplesmente encontrará a maioria dos que se dizem cristãos hoje, que estão preocupados com uma bênção imediata aqui e não com a vinda do nosso Senhor e Salvador? Será que estão preocupados como o futuro?
“Propôs também está parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Lucas 18:9-14). Jesus ainda conta mais uma parábola exatamente para ilustrar a questão dos pedidos insistentes de oração que as pessoas fazem a Deus, esperando ser atendidas, pois se acham justas e merecedoras diante do Senhor. As pessoas pensam que, por irem a uma congregação denominacional qualquer, por devolverem os dízimos (o que nada mais é do que obrigação, uma vez que é mandamento), ou por ofertarem já estão no direito de receber as bênçãos do Senhor. Temos que compreender quem é o nosso Deus e o que Ele exige e espera de cada um de nós, pois sabemos que fomos criados à imagem e semelhança Dele. Mas será que devemos ficar sempre mendigando uma bênção? Será que Deus tem prazer em nos ver ficar implorando insistentemente por algo, ou prefere que nós o conheçamos e falemos com Ele de maneira adulta, sabendo com o que Ele concorda ou não, e assim, pedimos e sabemos que receberemos. Da mesma maneira, não devemos ficar fazendo sacrifícios tolos esperando que com isso convençamos o Senhor a nos atender, mesmo porque o único Sacrifício que o Senhor aceitou foi do seu Filho Amado. Temos que saber que Deus é o maior em tudo, e por isto devemos sempre ir a Ele com respeito, temor e toda reverência, portanto, devemos abandonar os erros e pecados, para estar diante Dele, uma vez que Ele é Santo, então devemos nos santificar para nos aproximarmos Dele. Apresentemos nossos pedidos e pronto, não fiquemos insistindo. Devemos insistir é em viver de acordo com a sua vontade. “Traziam-lhe também as crianças, para que as tocasse; mas os discípulos, vendo isso, os repreendiam Jesus, porém, chamando-as para si, disse: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o Reino de Deus como criança, de modo algum entrará Nele.” (Lucas 18:15-17).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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