Pr. Henrique Lino da Silva

18 de set de 201318 min

Resumo das Principais Festas


 

Shabat

Chanukkah

Purim

Pessach

Hamut

Descanso

Dedicação

Sortes

Páscoa

Pães Asmos

Dus acaba a obra que fizera e descansa no sétimo dia.

A construção do templo

História de Ester conta que o povo Judeu seria externinado

Morte do Cordeiro; sangue na verga da porta, saldo do anjo da morte.
 

 

 
Ex 12:6-7

Purificação de todo o fermento

Dus cria o dia de Descanso GN 2:2, Ex 31:12-15

2Cr 3-4:22

Livro de Ester

1° mês 14° dia Lv 23:5

1° mês, 15° dia, durante 7 dias
 

 

 
Lv 23:6-8

Omer Heshit

Shavuot

Teruar

Rosh Hashanah,
 

 

 
Yom Hippur

Sukkut

Primícias

Pentecostes ou Festa das Semanas

Festa das Trombetas

Dia da Expiação Dia do perdão

Festa de Tabernáculos,
 

 

 
festa das cabanas

Movimento das primícias da colheita

Molho de oferta movida de dois pães asmos

Toque das trombetas(shophar) – santa convocação

Naquele dia se fará expiação por vós para purificar-vos
 

 

 
Lv 16:30

Celebração da colheita; memorial das tendas no deserto

Dia depois do Sábado
 

 

 
Lv 23:9-14

50 dias após a Festa das Primícias
 

 

 
Lv 23:15-21
 

 

 
Cl 2:16

7° mês 1° dia
 

 

 
Lv 23:23-25

7° mês 10° dia
 

 

 
Lv 23:26-32

7° mês, 15° dia,
 

 

 
por 7 dias.
 

 

 
Oitavo dia santa convocação
 

 

 
Lv 23:33-44

Fonte: Biblia em Bytes (www.bibliabytes.com.br)

PÁSCOA (PESSAH)

A Páscoa (Pessah) deve ser celebrada no 14º dia dia do primeiro mês do


 

 
ano , pelo calendário hebraico . A ordem de Deus , neste sentido ,


 

 
encontra-se em êxodo 12:1-14 e em Levítico 23:4-5.

A doutrina ligada à Páscoa é a da redenção .Redenção tem a ver com


 

 
libertação dos escravos . Em seu significado histórico , a Páscoa alude à


 

 
libertação que Deus concedeu a Seu povo Israel , da escravidão no Egito


 

 
, relatada no livro de Êxodo . Deus livrou os israelitas na noite da


 

 
décima praga , que foi a da morte de todos os primogênitos dos egípcios .


 

 
Este livramento de morte foi obtido através do sacrifício de um


 

 
cordeiro , com a asperção do sangue nas ombreiras e vergas das portas ,


 

 
assim marcando as casas e protegendo o povo de Deus . O termo Páscoa vem


 

 
do original Hebraico , Pessah , que significa , literalmente passar


 

 
sobre , referindo-se ao anjo da morte que , ao ver o sangue do cordeiro


 

 
nas casas israelitas , dirigia-se a outra , passando sobre ela.

Nesta opos escravos eram os israelitas , que não tinham como alcançar


 

 
sua liberdade , e necessitavam de algém que fizesse isto por eles.E foi


 

 
isto que o Senhor fez por Israel .Toda redenção acontece porque um preço


 

 
é pago . Neste caso , a fiança foi o sangue do cordeiro da Páscoa . Os


 

 
israelitas foram resgatados da morte e da escravidão egípcia , para


 

 
passar a pertencer a outro dono , a Deus . A verdadeira redenção


 

 
significava que eles estariam livres dos cruéis egípcios para servir ao


 

 
Deus vivo.

O mesmo se passa conosco : o pecado em nossas vidas é tão dominante que


 

 
somos descritos não só como escravos dele , em Romanoas 6:17-18 , como


 

 
também , espiritualmente mortos nele , em Efésios 2: 5-6 . Em nosso caso


 

 
também havia a necessidade de que outra pessoa nos libertasse , assim


 

 
como de que um resgate fosse pago . Jesus Cristo , que sempre celebrou a


 

 
Festa da Páscoa , naquele ano , ofereceu -se em sacrifício , como o


 

 
Cordeiro de Deus , assinalando bem o significado espiritual da Páscoa ,


 

 
ao libertar de seus pecados todo aquele que nEle crê . Aprendenmos então


 

 
que , pela nossa redenção , não somos livres para fazer o que desejamos


 

 
. Nós agora pertencemos a Jesus , porque nossa libertação da escravidão


 

 
de nossos pecados foi paga com Seu sangue. Esta situação é confirmada


 

 
pela palavra de Deus , em I Coríntios 6:19-20:Ou não sabeis que o nosso


 

 
corpo é santuário do Espírito Santo , que habita em vós , proviniente de


 

 
Deus ? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por bom preço .


 

 
Glorifica , pois , a Deus no vosso corpo (e no vosso espírito , os quais


 

 
pertencem a Deus).

SHAVUOT (PENTECOSTES) – A FESTA

1. Shavuot no calendário judaico.

Shavuot palavra que em hebraico significa semana, é celebrada nos dias 6


 

 
e 7 de Sivan, ou seja, 50º dia da Sefirat HaOmer. (sete semanas


 

 
contadas a partir do 2º dia de Pessach). Shavuot é uma das três


 

 
festividades de peregrinação nas quais a visita a Jerusalém e ao Templo


 

 
era obrigatória. As outras duas festividades são Pessach e Sucot.

2. Denominações da festa

Chag HaShavuot – Festa das Semanas, que conclui o período de sete


 

 
semanas, no qual se conta o Omer. Assinala o começo da colheita do


 

 
trigo.
 

 

 
Chag HaBikurim – Dia das Primícias – E no dia das primícias ordenes aos


 

 
filhos de Israel e digas: ao oferecer-me vossos sacrifícios cuidado em


 

 
fazê-lo em tempo, nas semanas sagradas, e terão reunião santa, e não


 

 
realizarão nenhum trabalho. (Números 28,2). Sobre os pães da primícia,


 

 
que se sacrificam no Templo, e sobre o período das primicias, que se


 

 
inicia em Shavuot, cada um é imposto a trazer primicias das sete


 

 
espécies perante Dus, no Templo. (Deuteronômio 26).
 

 

 
Zman Matan Toratenu – (Data da Entrega da Nossa Lei) – Esta denominação


 

 
não consta na Torá. Foi atribuída pela tradição popular como o dia em


 

 
que o povo de Israel recebeu de Dus por intermédio de Moisés, os Dez


 

 
Mandamentos, no Monte Sinai. O Decálogo com os mandamentos básicos do


 

 
judaísmo, estão gravados nas duas Tábuas da Lei.
 

 

 
Chag HaKatzir – (Festa da Colheita) – Baseia-se no versículo Vechag


 

 
hakatzir bucurei Masseichá, asher tizrá bassadê, ou seja: é a festa da


 

 
colheita das primícias frutos do teu trabalho que houveres semeado no


 

 
campo. (Êxodo XXIII, 16).
 

 

 
Pentecostes – Palavra grega que significa qüinquagésimo, pois em Shavuot


 

 
celebra-se o qüinquagésimo dia após o início da contagem dos dias do


 

 
Omer, mencionado na primeira noite de Pessach.
 

 

 
Atséret – A palavra Atséret significa reunião, e Atséret é o único nome


 

 
pelo qual Shavuot é chamado no Talmud. Os rabinos do Talmud consideravam


 

 
Shavuot como o dia de encerramento da festividade de Pessach, que devia


 

 
ser comemorado como um dia de reunião solene e convocação sagrada. Eles


 

 
consideravam que a relação entre Shavuot e Pessach era a mesma que


 

 
entre Shemini Atséret e Sucot. Shemini Atséret era a conclusão de Sucot e


 

 
Shavuot a conclusão de Pessach.
 

 

 
3. Shavuot – Festa campestre e festa religiosa

O caráter mais antigo de Shavuot é o de festa campestre. No mês de Sivan


 

 
termina a colheita de cereais. Um momento de tal importância na vida do


 

 
povo dedicado ao cultivo da terra, não podia transcorrer sem a


 

 
recordação de Dus, e sem uma exteriorização de gratidão. Assim, pois,


 

 
dos próprios produtos que, graças à proteção divina puderam ser


 

 
extraídos do solo, eram separadas as primícias, como oferenda. Por isso


 

 
Shavuot é chamada também, Chag Habikurim, Festa das Primícias. Na época


 

 
do Templo, Shavuot se caraterizava pelas peregrinações. Grandes grupos


 

 
de agricultores afluíam de todas as províncias e o país adquiria um


 

 
aspecto animado e pitoresco. Os peregrinos se organizavam em longas


 

 
caminhadas, e dirigiam-se para Jerusalém, acompanhados durante o trajeto


 

 
pelos alegres sons de flauta. Em cestos decorados com fitas e flores,


 

 
cada um conduzia a sua oferenda; primícias de trigo, cevada, uvas,


 

 
figos, romãs, azeitonas, tâmaras. Produtos que deram renome ao solo de


 

 
Eretz Israel. Chegados à Cidade Santa, eram acolhidos com cânticos de


 

 
boas vindas e penetravam no Templo, onde faziam a entrega dos seus


 

 
cestos ao sacerdote. A cerimônia se completava com hinos e toques de


 

 
harpas e outros instrumentos musicais.

4. As Sete Espécies

Em Chag HaShavuot a entrega de bikurim é simbolizada por sete espécies, frutos da terra e do trabalho dos hebreus.

Trigo e cevada (chitá usseorá) são produtos de inverno, que se


 

 
beneficiam com a estação das chuvas. A cevada amadurece antes do trigo,


 

 
logo nos primeiros dias de primavera, na época de Pessach. O Omer era


 

 
uma medida de cevada que se trazia ao Templo a partir do segundo dia de


 

 
Pessach. O trigo, por amadurecer mais tarde, só era levado ao Templo,


 

 
por ocasião de Shavuot.

Uva (Guefen) – em Israel, geralmente, a uva só amadurece durante os


 

 
meses de Tamuz e Av (junho e julho). Porém, em algumas regiões, pode-se


 

 
já colher alguns cachos em Sivan, na época de Shavuot. A Bíblia nos fala


 

 
do episódio de exploradores, enviados por Moisés, de enormes cachos,


 

 
que eram tão pesados a ponto de se tornar necessário carregá-los a dois,


 

 
sobre um bastão. Cultiva-se a uva atualmente nos montes da Judéia, e as


 

 
grandes plantações se encontram em Rishon Le Tzion e Zichron Yaacov.

Figo (Teená) – descansar à sombra de seu vinhedo e de sua figueira, que


 

 
representava para nossos antepassados o ideal de uma vida de paz. A


 

 
figueira cresce na montanha e requer muito pouco tratamento. Compara-se a


 

 
Torá ao figo: O figo, ao contrário de todas as outras frutas, é


 

 
inteiramente comível. O mesmo se passa com as palavras da Torá; nenhuma é


 

 
inútil. Encontra-se, hoje em dia, em Israel, figos frescos e figos


 

 
secos de excelente qualidade.

Romã (Rimon) – existia na Terra de Canãa, no momento da conquista de


 

 
Josué (Números XII,23). Ela amadurece somente no fim do verão (agosto,


 

 
setembro). Em Shavuot não se podia trazer então a fruta, porém trazia-se


 

 
as flores da romã, que enfeitavam os cestos. Para definir um homem


 

 
cheio de méritos, diz-se que ele está tão completo de mitzvot quanto a


 

 
romã de grãos.

Oliva (Zait) – o país de Israel era tão rico em óleo, que o rei Salomão


 

 
pode pagar com óleo os cedros do Líbano, que ele havia recebido do rei


 

 
Tyr. A oliva amadurece durante os meses de Elul, Tishrei (setembro,


 

 
outubro) e, portanto, o óleo só era trazido ao Templo no fim do verão.

Tâmara (Tamar) – nossos sábios explicam que não se trata do mel das


 

 
abelhas, mas do açúcar das frutas e, mais em particular, da tâmara


 

 
(tamar). A tamareira cresce em abundância no vale do Beit Shean e nas


 

 
margens do Kineret. Esta árvore dá à paisagem um ar de nobreza


 

 
incomparável. O salmista compara sua crença à do justo, que floresce


 

 
como uma tamareira.

5. Costumes de Shavuot

Os três dias que precedem Shavuot dedicam-se, geralmente, ao estudo da


 

 
Bíblia e de outros textos sagrados. As pessoas preparam-se, assim, para


 

 
receber a festa, tal como os israelitas do deserto se aprontavam, por


 

 
ordem de Moisés, para o terceiro dia. Costuma-se passar a primeira noite


 

 
de Shavuot em vigília, entregando-se a discussões sagradas com alguns


 

 
amigos. O Tikun Leil Shavuot, espécie de antologia em que figuram


 

 
fragmentos de todos os livros da Bíblia, como também dos tratados do


 

 
Talmud até o Zohar (obra fundamental da Cabala), serve de material para


 

 
as leituras dessa noite.

Na Sinagoga
 

 

 
No serviço religioso realizado na sinagoga, é incluído a leitura da


 

 
promulgação dos dez mandamentos. Em várias comunidades costumava-se


 

 
recitar os versículos de Akdamot antes de ler a Torá, com entonação


 

 
especial e sensibilizante. Estes versos foram escritos por Rabi Meir Bem


 

 
Rabi Itzhak, cantor na sinagoga da cidade de Vermize, educador de


 

 
Rashi, e escrevia em arameu e em versos. Os primeiros 22 pares de versos


 

 
estão dispostos em ordem alfabética de alef-beit, e os outros 46 são a


 

 
sigla de Meir Bir Rabi Itzhak, crescerá com a Torá com boas ações,


 

 
bendito seja, forte e valente. Em outras comunidades recitava-se os


 

 
versículos de Azharot, depois da oração de mussaf ou antes de minchá;


 

 
versículos atribuídos à Shlomo Even Gvirol o Rabino Eliahu. Nestes


 

 
versos estão todas as 613 mitzvot. E, há aqueles que lêem, na abertura


 

 
da Arca Sagrada, o poema Ketuba, entre Israel e a Torá, que foi escrito


 

 
pelo Rabi Israel Najara. Como reminiscência do caráter campestre de


 

 
Shavuot, junta-se a leitura do livro de Ruth, relato idílico que


 

 
descreve a colheita e demonstra até que ponto a legislação judaica


 

 
considerava a situação dos desamparados: E, quando contardes a ceifa da


 

 
vossa terra, não acabarás a orla de teu tempo ao cortares nem recolherás


 

 
as espigas caídas da tua ceifa: para o pobre e para o estrangeiro as


 

 
deixarás: Eu sou o Eterno, vosso Dus. (Levítico 23:22). Apesar da


 

 
desaprovação inicial de algumas antigas autoridades por achar ser uma


 

 
imitação de certos ritos da Igreja, as sinagogas e lares, em Shavuot,


 

 
são decorados com plantas, flores e ramos de árvores, o que enfatiza a


 

 
origem agrícola desta festividade.

No lar
 

 

 
Nos lares, são preparadas comidas especiais, preferencialmente lácteas e


 

 
pratos adoçados com mel. Este costume tem uma origem muito


 

 
interessante, pois deriva de uma passagem do Cântico dos Cânticos, do


 

 
rei Salomão, que diz: mel e leite há sob tua língua, o que significa que


 

 
a Torá é tão doce como o mel, tão nutritiva como o leite.

6. Meguilat Ruth

Ruth é a heroína moabita do livro bíblico de Ruth e antepassada do rei


 

 
David. Ruth, que era filha do rei de Moab, casou-se com um israelita e


 

 
viveu com a família dele em Moab. Quando seu marido morreu, sua sogra,


 

 
Naomi, incentivou- a voltar para casa, Ruth, no entanto, recusou- se a


 

 
abandonar a idosa Naomi, prometendo ir com ela e aceitar seu povo e seu


 

 
Dus (Ruth 1:16). Naomi então instruiu- a nos princípios e práticas do


 

 
judaísmo, e Ruth tornou-se uma convertida devota. Naomi e Ruth chegaram a


 

 
Belém (Beit Lechem), em Yehudá, no começo da colheita de cevada (Ruth


 

 
1:22). Ruth, que não semeou nos campos de Israel, recolhe espigas que


 

 
caem por detrás dos ceifadores e, assim, ganha o pão para si e para sua


 

 
sogra. A moabita continua a obedecer aos conselhos de sua sogra, pois


 

 
sabe que todos eles são produto de sua sabedoria e seu amor profundo.


 

 
Após viver algum tempo em Belém em grande pobreza, Ruth casou mais tarde


 

 
com Boaz, um parente de seu falecido marido. Embora Ruth fosse


 

 
fisicamente incapaz de ter filhos, Dus realizou um milagre e ela


 

 
concebeu. Ruth sobreviveu até o reinado de seu tataraneto Salomão.

FESTA DE TABERNÁCULOS (SUCOT)

Festa de Tabernáculos – Comunidade Evangélica Vitória, 2002

A ordem de Deus para celebrarmos a festa – compromisso dos Tabernáculos


 

 
encontra-se em Levítico 23:34-43 :Aos quinze dias deste sétimo mês será


 

 
a festa dos Tabernáculos ao Senhor , por sete dias . No primeiro dia


 

 
haverá santa convocação ; nenhum trabalho servil fareis . Durante sete


 

 
dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor , e no dia oitavo tereis


 

 
santa convocação , e apresentareis ofertas queimadas ao Senhor . É dia


 

 
solene ; nenhum trabalho servil fareis… No primeiro dia tomareis para


 

 
vós frutos de árvores formosas , folhas de palmeiras , e ramos de


 

 
árvores cheias de folhas , e durante sete dias vos alegrareis perante o


 

 
Senhor vosso Deus. Celebrareis esta festa ao Senhor durante sete dias a


 

 
cada ano . É estatuto perpétuo pelas vosas gerações…Sete dias


 

 
habitareis em tendas …para que saibam as vossas gerações que eu fiz


 

 
habitar os filhos de Israel em tendas , quando os tirei da terra do


 

 
Egito . Eu o Senhor vosso Deus.

O tabernáculo em si , para aqueles não familiarizados ainda , é onde o


 

 
Senhor habitava no meio de seu povo , dele recebia adoração e sacrifício


 

 
, e com ele falava , no período da Antiga Aliança . Este é o tema de


 

 
Tabernáculos : Deus habitando com Seu povo . É interesante ver a


 

 
descrição e o uso das diversas áreas e utensílios do tabernáculo , assim


 

 
como a disposição dos rituais , nos capítulos 25,26 e 27 do livro de


 

 
Êxodo.

Quando o apóstolo João nos descreve na passagem 1:14 de seu evangelho ,


 

 
a primeira vinda de Jesus , O Verbo se fez carne e habitou entre nós


 

 
…,vemos pela palavra usada , habitou , que a imagem que ele percebeu


 

 
foi a de Tabernáculos , com Deus habitando no meio de Seu povo .

Há , inclusive , controvérsias sobre a data correta do nascimento de


 

 
Jesus em Belém . Há muitos cristãos que pela falta de uma clara


 

 
informação bíblica a este respeito , se recusam a definir uma data . A


 

 
Igreja Ocidental , desde o quarto século da era cristã , adota 25 de


 

 
dezembro como sendo a data deste divino evento. A maioria dos


 

 
historiadores , entretanto , acredita que isto tratou-se de uma


 

 
concessão feita aos pagãos do império romano . Frequentemente , aliás , a


 

 
igreja primitiva adotou , como cristãs , festividades pagãs , como uma


 

 
estratégia para obter novas conversões . Afianal , é mais fácil


 

 
aproveitar hábitos existentes do que modificá-los , especialmente se


 

 
enraizados.25 de dezembro é bem um destes exemplos . Tratava-se de uma


 

 
festividade pagã , antiquíssima , para comemorar a volta do sol , após o


 

 
solstício de inverno . Nada tem a ver com o nascimento de Jesus Cristo.

Cremos que Jesus nasceu em plena Festa de Tabernáculos , no primeiro


 

 
dia desta Festa.As razões divinas para isto tornam-se muito claras ,


 

 
quando examinamos o quadro geral das Festas do Senhor . Veja , o Plano


 

 
Redentor de Deus, para facilitar um entendimento mais amplo e promover


 

 
maior aceitação de Jesus como o Messias , revelou-se nas datas que o


 

 
Senhor santificou e ordenou a Seu povo celebrar, guardando notáveis


 

 
paralelos com os significados de cada um desses eventos : Jesus morreu


 

 
na cruz , como nosso Cordeiro Pascal , no exato dia da Páscoa ; Jesus


 

 
ascende ao Pai no dia das Primícias dos Frutos ; o Espírito Santo nos é


 

 
enviado , para nosso reverstimento , em Pentecostes . E o nascimento de


 

 
Jesus , um evento fundamental , se daria fora de uma destas Festas


 

 
bíblicas? Certamente que não . E qual seria a Festa mais apropriada para


 

 
Jesus nascer , para Deus habitar entre nós , senão Tabernáculos ?

Há várias evidências de que a Festa de Tabernáculos marca o nascimento de Jesus :

Desde que o ministério terrestre de Jesus durou três anos e meio , e Ele


 

 
morreu na Páscoa , que é em março/abril , o início de Sua obra , aos 30


 

 
anos , aponta Seu nascimento para setembro/outubro , onde temos a Festa


 

 
de Tabernáculos , e não para 25 de dezembro .

Como os pastores poderiam estar cuidando de seus animais no campo –


 

 
referência que consta da descrição da nascimento de Jesus , nos


 

 
evangelhos – em fim de dezembro , pleno inverno ? Estes ficavam


 

 
confinados , segundo o costume local , de novembro a fevereiro .

Mais uma pista : sabemos por Lucas , que Maria e José deslocaram-se para


 

 
Belém para atender ao censo de Herodes , que , embora ordenado pelos


 

 
romanos , mantinha o costume local de fazê-lo na cidade do patriarca de


 

 
cada família . José era de Belém . (Bem , se não fosse por essa razão


 

 
prática , outra apareceria , porque era necessário que o Messias


 

 
nascesse em Belém , para cumprimento das profecias). Por que este evento


 

 
, ao qual se seguia a cobrança de impostos , se daria no meio do


 

 
inverno e naõ após a colheita ? A safra que antecede o inverno , a


 

 
última do ano , é colhida no outono local e é seguida imediatamente pela


 

 
Festa de Tabernáculos .

Tabernáculos era uma das três ocasiões , como já vimos , em que se dava a


 

 
peregrinação em massa , de todo o país para Jerusalém (as outras duas


 

 
eram Páscoa e Pentecostes). Nesta ocasião , não só Jerusalém , mas todas


 

 
as áreas circumvizinhas , recebiam forte afluxo de peregrinos . E Belém


 

 
dista apenas oito quilômetros de Jerusalém . Isto pode explicar porque


 

 
Lucas nos relata , em seu evangelho , 2:7 , que os pais terrenos de


 

 
Jesus não encontraram acomodações em Belém , utilizando-se então de uma


 

 
manjedura , para abrigo , na situação de Seu nascimento iminente .

Parece que realmente houve um dia santo marcando o nascimento de Jesus .


 

 
Jesus foi Deus habitando no meio de Seu povo (Emanuel) , com Seu


 

 
nascimento perfeitamente tipificado pela celebração de Tabernáculos .

Entendendo sobre as Festas do Senhor , ganhamos todos uma compreenção


 

 
mais profunda e verdadeira do significado real de inúmeras passagens da


 

 
vida de Jesus e de Sua maravilhosa mensagem ! Veja mais esta :

Em tabernáculos eram costumeiras as orações rogando a Deus pelas


 

 
chuvas de inverno , essenciais para restaurar a terra para a próxima


 

 
safra . E , no cerimonial histórico dos judeus , por ocasião do segundo


 

 
Templo , o ponto alto , no último dia da Festa de Tabernáculos ,


 

 
acontecia quando o sacerdote , simbolocamente , derramava água no altar


 

 
do Templo , obtendo fervorosa reação da platéia . Falta acrescentar que


 

 
as águas buscadas não eram apenas as da chuva , desde que um texto bem


 

 
utilizado era o de Isaías 12:3 Vós com alegria tirareis água das fontes


 

 
da salvação. Então , mais que a chuva , esta cerimônia ilustrava


 

 
profeticamente os dias de redenção messiânica , quando a água do


 

 
Espírito Santo seria derramada , pelo esperado Messias , sobre todo


 

 
Israel .

A Festa de Tabernáculos
 

 

 
Razões Pelas Quais a Celebramos
 

 

 
na Comunidade Evangélica Vitória

ISRAEL NOS PLANOS DE DEUS

Muitos cristãos tem aprendido que a nação de Israel, pôr meio da qual


 

 
Deus revelou muitas as vezes no passado o Seu poder perante as nações,


 

 
já não faz parte de Seu programa, pelo fato de terem rejeitado o Messias


 

 
em Sua primeira vinda. O Espírito de Profecia nos livra desse falso


 

 
conceito, e nos incentiva a pesquisar o assunto nas Escrituras:

Há uma poderosa obra a ser feita no mundo. O Senhor declarou que os


 

 
gentios serão recolhidos, e não somente os gentios, mas os judeus.Há


 

 
entre os judeus muitos que serão convertidos e pôr meio de quem veremos a


 

 
salvação de Deus sair como lâmpada ardente. O Senhor Deus operará. Fará


 

 
coisas maravilhosas em justiça( Ev.578).

Haverá muitos conversos entre os judeus, e esses conversos ajudarão a


 

 
preparar o caminho do Senhor, e fazer no deserto caminho direto para


 

 
nosso Deus. Judeus conversos hão de ter parte importante a desempenhar


 

 
nos grandes preparativos a serem feitos no futuro para receber a Cristo o


 

 
nosso Príncipe. Nascerá uma nação em um só dia. Como? Pôr homens que


 

 
Deus designou se converterem à verdade. Ver-se-á primeiro a erva, depois


 

 
a espiga, e pôr último o grão cheio na espiga. Cumprir-se-ão as


 

 
predições da profecia ( EV, 579).

Somente aqueles que, desprovidos de qualquer preconceito, buscarem nas


 

 
Escrituras a verdade divina sobre o papel da nação de Israel nesses


 

 
últimos dias, estarão aptos a reconhecerem as coisas maravilhosas que o


 

 
Senhor fará, em justiça, no grande dia dos tabernáculos que se


 

 
aproxima.Nascerá uma nação em um só dia, composta por judeus


 

 
convertidos.Cumprir-se-ão as predições da profecia.

Recorramos à Bíblia, para vermos o que Deus tem a nos revelar sobre a nação de Israel nos últimos dias.

O Senhor vos espalhará entre os povos, e restareis poucos em número


 

 
entre as gentes aonde o Senhor vos conduzirá. Lá servireis a deuses que


 

 
são obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não vêem, nem ouvem,


 

 
nem comem, nem cheiram. De lá buscarás ao Senhor, teu Deus, e o acharás,


 

 
quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando


 

 
estiveres em angústia, e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos


 

 
dias, e te voltares para o Senhor , teu Deus, e lhe atenderes a voz,


 

 
então, o Senhor, teu Deus não te desamparará, portanto é Deus


 

 
misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a


 

 
teus pais(Deuteronômio 4: 27-31).

Porque os filhos de Israel ficarão pôr muitos dias sem rei, sem


 

 
príncipe, sem sacrifício, sem coluna, sem estola sacerdotal ou ídolos do


 

 
lar. Depois, tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor, seu


 

 
Deus, e a Davi seu rei; e, nos últimos dias, tremendo se aproximarão do


 

 
Senhor e da Sua bondade(Oséias 3: 4,5).

Davi, nesta profecia de Oséias, é o Messias que, finalmente, será


 

 
reconhecido pêlos filhos de Israel como aquele a quem traspassaram.Esse


 

 
grande acontecimento se dará no dia do derramamento do Espírito Santo,


 

 
como está predito em Zacarias:

E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o


 

 
espírito de graça e de súplicas, e olharão para mim a quem traspassaram;


 

 
pranteá-lo-ão como quem pranteia pôr um unigênito e chorarão pôr ele


 

 
como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia, será grande o


 

 
pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade- Rimom, no vale de


 

 
Megido.Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os


 

 
habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza(Zacarias


 

 
12: 10,11; 13: 1).

A experiência de Israel é como a do filho pródigo: deixou a casa do Pai e


 

 
foi para terras distantes em seu exílio; mas o Pai nunca o esqueceu, e


 

 
espera pelo seu retorno. Leiamos o que disse Deus pôr intermédio de


 

 
Jeremias:

Assim diz o Senhor: Eis que restaurarei a sorte das tendas de Jacó e me


 

 
compadecerei das suas moradas…Seus filhos serão como na antigüidade, e


 

 
a sua congregação será firmada diante de mim, e castigarei todos os


 

 
seus opressores.Não voltará atrás o brasume da ira do Senhor, até que


 

 
tenha executado e cumprido os desígnios do Seu coração. Nos últimos dias


 

 
entendereis isto(Jeremias 30: 18,20, 24).

Eis que vem dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa


 

 
de Israel e com a casa de Judá.Não conforme a aliança que fiz com seus


 

 
pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito;


 

 
porque eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver


 

 
desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa


 

 
de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes


 

 
imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o


 

 
seu Deus, e eles serão o meu povo.Não ensinará jamais cada um ao seu


 

 
próximo, nem cada um ao seu irmão,dizendo: Conhece o Senhor, porque


 

 
todos me conhecerão,desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois


 

 
perdoarei as suas iniquidade e dos seus pecados jamais me


 

 
lembrarei(Jeremias 31: 31 – 34).

A certeza de que Israel, apesar de todas as suas apostasias, continua


 

 
nos planos de Deus como nação escolhida, vem de um juramento divino:

Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua


 

 
e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir suas


 

 
ondas: Senhor dos Exércitos é o Seu nome. Se falharem estas leis fixas


 

 
diante de mim, diz o Senhor, deixará também a descendência de Israel de


 

 
ser uma nação diante de mim para sempre.Assim diz o Senhor: Se puderem


 

 
ser medidos os céus lá em cima e sondados os fundamentos da terra cá em


 

 
baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, pôr tudo


 

 
quanto fizeram, diz o Senhor(Jeremias 31:35,36).

Esta importante verdade é confirmada pelo apóstolo Paulo:

Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo


 

 
nenhum!…Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão


 

 
conheceu…Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para


 

 
que não sejais presumidos de vós mesmos): que veio endurecimento em


 

 
parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios.E, assim,


 

 
todo o Israel será salvo, como está escrito:Virá de Sião o Libertador e


 

 
ele libertará de Jacó as impiedades.Quanto ao evangelho são eles


 

 
inimigos, pôr vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados pôr causa


 

 
dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Deus são


 

 
irrevogáveis(Romanos 11: 25 – 29).

Muitos vêem na profecia das setenta semanas de Daniel 9, uma indicação


 

 
de que o papel profético da nação de Israel se transferiria para a


 

 
Igreja Apostólica, ao fim daquele período. Uma leitura atenta do


 

 
capítulo 9 de Daniel, e dos capítulos posteriores, nos mostra que a


 

 
nação de Israel tem um importante papel a desempenhar nos últimos


 

 
acontecimentos da história deste mundo. Observe: O mesmo anjo que disse a


 

 
Daniel setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo ( 9:24),


 

 
referindo-se ao desfecho do grande conflito, afirmou: Nesse tempo, se


 

 
levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e


 

 
haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até


 

 
aquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo o que for


 

 
achado inscrito no livro(12:1). Daniel foi consolado com a promessa de


 

 
que o seu povo, apesar de todos os problemas causados pelo pecado,


 

 
haveria de triunfar finalmente, ao lado de Miguel, o grande Príncipe.

O livro O Grande Conflito, nos alerta sobre a possibilidade de uma interpretação errônea das Escrituras em meio aos cristãos:

A maior parte da igreja cristã tem-se separado do claro sentido das


 

 
Escrituras, volvendo a sistema fantasioso: Admitem que, quando lêem


 

 
judeus, devem compreender gentios; e quando se lêem Jerusalém, devem


 

 
compreender igreja( GC,360).

Seria correto e justo os cristãos que, em sua caminhada pelo deserto


 

 
deste mundo, tem também falhado muitas vezes, aplicar para si todas as


 

 
predições que falam de bênçãos e salvação, deixando para Israel somente


 

 
as maldições?

Ao preparar a festa para a recepção do filho pródigo que, pôr tantos


 

 
séculos e milênios tem sofrido em seu exílio distante do Pai, Deus quer


 

 
que os gentios se alegrem, participando da grande festa, e não se


 

 
ressentindo como aquele outro irmão da parábola contada pôr Cristo (Ler


 

 
Romanos 15:10).

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