“E estava próxima a páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados.” (João 2:13-14)
Jesus esteve em Caná da Galileia, onde tinha operado o seu primeiro milagre transformando água em vinho em uma festa de casamento para a qual foram convidados Ele e os seus discípulos. Sabemos que esse foi o primeiro milagre de Jesus, porque a Bíblia, a Palavra de Deus nos fala isso, assim sabemos que antes dos seus trinta e três anos mais ou menos Ele não fez nenhum milagre. O milagre da transformação da água em vinho é exatamente para ilustrar a transformação que Ele estava trazendo, pois onde abundou o pecado superabundou a Graça. Pouco antes do dia em que os judeus comemoravam a festa da páscoa, Jesus resolve ir a Jerusalém, e como sempre foi direto ao templo, onde se depara com os comerciantes que ficavam ali no átrio exterior, ou seja, no pátio exterior vendendo animais e fazendo câmbio. Os comerciantes ficavam ali vendendo animais para as pessoas que vinham de fora, de longe, e não traziam animais para serem sacrificados, para que os sacerdotes pudessem fazer expiação pelos pecados, ou então como holocaustos e sacrifício, que eram exigidos naquela época. Era exigido até mesmo para fazer apresentação de uma criança, que se realizava oito dias após o seu nascimento, por mais pobres que os seus pais fossem, pelo menos um casal de pombinhas. Além de que o templo tinha moeda própria, e assim as pessoas que vinham de fora trocavam, ou seja, faziam câmbio para poderem ofertar no templo. Assim sabemos que o que esses comerciantes e cambistas estavam vendendo, comercializando não era nenhum produto ilegal ou contrário à Palavra de Deus. Seria o equivalente a Bíblias, Cds, Dvs, livros e outros, como encontramos em vários templos. Na verdade, hoje encontramos muito mais coisas, pois os templos atualmente muitos deles têm restaurantes, lojas, lanchonetes, lojas de souvenir e lembranças; há uma que chega ao ponto de ter até academia de ginástica. Nos púlpitos hoje se vende de tudo, desde viagem para Israel até retiros. Fazem sorteios, rifas e muito mais, além, é claro, da venda camuflada, dissimulada de produtos tais como garrafinha de água, anéis, alianças, rosas, sal, toalhas, lenços e muitos amuletos. As pessoas acham normal, participam ativamente trazendo lucros sobre lucros para esses templos, para esses pastores, pois nem mesmo impostos eles pagam, pois templo não paga imposto. “E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda.” (João 2:15-16). Azorrague (em latim: flagrum), termo de origem controversa, é sinônimo de açoite, espécie de chicote ou látego, usado para a aplicação de flagelo em condenados. Por causar lesões muito sérias, o uso do azorrague foi abandonado há vários séculos. O azorrague era um instrumento de tortura comum na Roma Antiga, usado pelos soldados para supliciar os condenados. Era composto por oito tiras de couro, e em cada ponta havia um instrumento perfurocortante, ou um pedaço de osso de carneiro. Tinha seu uso aplicado como pena subsidiária, em alguns casos, em que o condenado à morte deveria sofrer o castigo físico em público antes de ser executado. Faço questão de colocar a explicação do que era um azorrague para que as pessoas possam entender, compreender qual foi a reação do Senhor ao se deparar com o comércio no interior do templo. Jesus fez um instrumento de punição, de castigo, e atacou todos os comerciantes, os cambistas, e os expulsou do templo. Temos que compreender que o Senhor não pegou um pedaço de corda qualquer ou outra coisa. Ele teve tempo de parar e fazer calmamente um chicote, um instrumento de punição para os comerciantes dos templos, os mercantilistas. Em todo o Evangelho vemos Jesus sempre abençoando, erguendo as mãos para curar, libertar e multiplicar pães e peixes, além de orar ao Pai. O único momento em que vemos o Senhor agir com violência e realmente atacar as pessoas é quando Ele encontra o comércio no templo. Mas percebemos que muitos templos, muitos pastores preferem ignorar isso, pois transformaram os seus templos em negócios onde se vende de tudo, esqueceram que o Senhor é o mesmo ontem, hoje e eternamente, e o que Ele proibia no passado proíbe hoje e vai proibir amanhã. Jesus deixou bem claro que não se pode fazer comércio na casa do Pai, pois é lugar de oração, mas os pregadores, pastores, líderes de templos resolveram ignorar isso e sempre apresentam desculpas dizendo que é para obra, que é para se aplicar na obra, o que é mentira. Mesmo porque não existem desculpas que podem justificar a desobediência, o adultério à Palavra do Senhor. Jesus continua com o chicote na mão, continua expulsando-os do seu templo. Portanto, se temos discernimento, não participamos disso, não compramos nada e não vendemos nada em templo, pois não é lugar para isso, caso contrário, se formos coniventes, seremos também expulsos do templo do Senhor, seremos expulsos da sua presença. “E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorou.” (João 2:17). Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe. Um abraço, Pr. Henrique Lino Se você está passando por problemas na sua vida espiritual, familiar, profissional, sentimental, com filhos em situação de risco, envolvimento com drogas, ou em processo de separação, divorcio, traído(a) abandonado(a) entre em contato conosco.O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus está a sua disposição para aconselhamento, oração, e interseção e orientação, e cobertura espiritual. Visitem nosso site www.atalaiadedeus.com.br – O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus tem como objetivo levar a Palavra de Deus. Trabalha voluntariamente com assistência as famílias, para restaurar casamentos e orientação espiritual a todo aquele que necessita de uma Palavra de cura, salvação e libertação. Esse Ministério tem obedecido ao chamado do Senhor, venha fazer parte desse trabalho com sua oração.
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