"Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram Nele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus, e disseram-lhes o que Jesus tinha feito." (João 11:45-46) Jesus tinha ressuscitado Lázaro, irmão de Maria e Marta, após ele estar morto por quatro dias. Esse foi um grande sinal, um grande milagre, até mesmo para os incrédulos, porque ressuscitar alguém que acabou de morrer é uma coisa, mas alguém que faleceu havia quatro dias, e cujo corpo já estava se decompondo, com o mau cheiro já exalando de maneira muito forte, é outra coisa. Ficou muito mais do que comprovado que Jesus praticou um grande milagre, e por tal motivo, muitas pessoas se converteram, entregaram as suas vidas a Cristo. Quando falamos entregar as suas vidas a Cristo, quer dizer aceitaram a sua Verdade, a sua Palavra, a sua doutrina, os seus ensinamentos, e resolveram viver por eles. Não quer dizer que levantaram as mãos e disseram "eu quero aceitar". Não houve isto, mesmo porque essas coisas que se pratica por aí são modernas, o Evangelho é antigo e novo, só se renova todos os dias, pois Ele está vivo. Mas assim como muitos creram e aceitaram Jesus como o Messias, o enviado de Deus, outros foram ao encontro dos líderes religiosos, dos fariseus, e contaram o que tinha acontecido. Não podemos esquecer que os fariseus, os religiosos, sempre tinham pessoas misturadas à multidão que seguia Jesus para ver tudo o que Ele fazia com o objetivo de pegar algum deslize, e assim ter como acusá-lo. Mas Jesus, exatamente por ser Deus, sabia exatamente tudo o que eles estavam tentando tramar contra Ele, e não fazia nenhuma questão de apontar quem era os espiões, não se preocupava em desmascará-los, pois, como Ele disse em uma parábola, deixava o joio crescer junto com o trigo até o momento certo para ser cortado e lançado em fornalha. Jesus operava milagres, mas fundamentalmente pregava o seu Evangelho. Ele veio para trazer as Boas Novas de salvação, e isso foi exatamente o que Ele fez durante os três anos de seu ministério terreno. Quando as pessoas viam os milagres que Ele fazia, Ele aproveitava a oportunidade para pregar sobre o Reino, não ficava chamando as pessoas para serem curadas ou libertas, não ficava oferecendo milagres. Quando Ele fazia milagres, logo em seguida estava pregando sobre arrependimento, conversão, salvação e santidade, e informava a todos que o Reino havia chegado. Devemos imitá-lo e em toda a oportunidade falar de salvação, falar de Jesus, e não de bênçãos. "Se o deixamos assim, todos crerão Nele, e virão os romanos, e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação. E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação." (João 11:48-50). Os fariseus, por inveja, por medo dos romanos, tinham uma preocupação grande em relação a Jesus, porque naquela época Israel vivia sendo dominada por Roma, quem dava as ordens era César, e isto acontecia exatamente em virtude da desobediência dos judeus, dos hebreus, porque, como não viviam de acordo com a Palavra de Deus, Ele os tinha entregado nas mãos dos adversários, e assim eles viviam com medo de perderem tudo, e, vendo Jesus fazendo esses sinais, sabendo que Ele era o Messias, tinham medo de que o povo todo o seguisse, e assim César se levantaria contra eles, pois poderia entender que era uma revolta. Por não entenderem, não compreenderem bem a Palavra de Deus, imaginavam que o Messias seria o libertador de Israel física, seria um rei físico, seria uma espécie de Davi, e que lutaria por eles, combateria contra os inimigos. O que eles não sabiam era que Jesus, o Messias, era um Rei eterno, e que os inimigos a serem combatidos eram espirituais. Mas um deles, o Caifás, que era sacerdote, sendo usado por Deus, disse o que nem mesmo compreendia, pois falou exatamente o que aconteceria, que um deveria morrer por todos, assim como Jesus morreu por todos nós. "Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos." (João 11:51-52). Esse sacerdote profetizou, revelou o que aconteceria, apesar de estar em lado errado, porque, como religioso, como fariseu, ele fazia parte dos que queriam ver Jesus morto, não somente isto como também depois apoiou a sua prisão. Isso nos mostra que Deus usa quem Ele quer, na hora em que quer e como deseja, assim como usou uma mula para falar com Balaão, usou esse sacerdote para falar para os seus colegas. Eles tinham medo de Jesus ser um que se levantaria como rei de Israel, como uma espécie de juiz que combateria por Israel, e, se assim fosse, a autoridade deles seria eliminada. Ao verem os milagres que Jesus fazia, temiam ainda mais, pois viam que Ele tinha muito poder, além de muitos seguidores, que aumentavam cada dia mais. "Desde aquele dia, pois, consultavam-se para o matarem. Jesus, pois, já não andava manifestamente entre os judeus, mas retirou-se dali para a terra junto do deserto, para uma cidade chamada Efraim; e ali ficou com os seus discípulos." (João 11:53-54).Portanto, buscavam todos os meios para acusá-lo de alguma coisa e assim poderem matá-lo, mas tentavam criar uma aparência de legalidade. Veremos no final que, como não conseguiram, criaram uma situação para conduzir Jesus à morte. Ele se entregou por nós para que se cumprisse a Palavra de Deus, e até mesmo o que esse sacerdote Caifás tinha profetizado era plano de Deus: nos salvar através de seu filho. Tudo aconteceu no momento certo determinado por Deus Pai. "E estava próxima a páscoa dos judeus, e muitos daquela região subiram a Jerusalém antes da páscoa para se purificarem. Buscavam, pois, a Jesus, e diziam uns aos outros, estando no templo: Que vos parece? Não virá à festa? Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que, se alguém soubesse onde Ele estava, o denunciasse, para o prenderem." (João 11:55-57). Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe. Um abraço, Pr. Henrique Lino
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