“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.” (Lucas 18:1-2)
Para iniciarmos nossa reflexão sobre essa parábola do juiz iníquo, ou da viúva persistente, é necessário primeiro entender o que é uma parábola. As parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com a finalidade de transmitirem ensinamento. Quanto à sua definição exata, a parábola pode ser uma narração alegórica na qual o conjunto de elementos evoca outra realidade de ordem superior ou uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração de fatos naturais ou de acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades. Jesus utiliza-se das parábolas para transmitir ensinamentos profundos. A despeito disso, a maioria delas sempre é marcada pela simplicidade e brevidade. Poucas delas são longas, como acontece com a Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30) ou a Parábola do Filho Pródigo (Lucas 11:32), embora, em alguns casos, Jesus inclua exageros — a Parábola dos dez mil talentos, uma soma astronômica de dinheiro — ou implicações alegóricas – maus vinicultores, que necessita de interpretação — ou ainda símiles e metáforas. As parábolas de Jesus são sempre tiradas da realidade do mundo cultural e social em que Ele vivia, contadas com o propósito de transmitir verdades espirituais. É importante observar que as parábolas de Jesus são compreendidas a partir do momento que existe disposição interior para compreender o próprio Mestre. Jesus ministrava suas mensagens com facilidade em todos os níveis sociais. Ele tinha conhecimento das mais diversas áreas da sociedade e sabia quais eram as suas necessidades. Conhecia os fariseus e os peritos na lei. Por meio de suas parábolas, Jesus levou aos seus ouvintes a mensagem de salvação, conclamando-os a se arrepender e a crer. Aos crentes, desafiava-os a pôr a fé em prática, exortando seus seguidores à vigilância. Quando seus discípulos tinham dificuldade para entender as parábolas, Jesus as interpretava.
“Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.” (Lucas 18:3). Primeiro temos que observar que o juiz aqui citado é uma pessoa iníqua, sem temor, mau, assim não podemos fazer referência a Nosso Senhor, que é justo, bondoso e que tudo sabe e conhece, portanto, conhece os nossos desejos, as nossas necessidades antes mesmo de nós tomarmos conhecimento. Muitas são as pessoas que entendem que o Senhor está mandando orar de maneira incansável e repetidas vezes pelo mesmo assunto, porque é nosso dever orar, adorar o Senhor em tempo integral, dia e noite, mas devemos fazer isto porque Ele é Deus, e não ficarmos batendo na mesma tecla pedindo algo, como se o Senhor não estivesse entendendo, ou nós estivéssemos fazendo pirraça. Muitas vezes as pessoas pedem algo ao Senhor repetidas vezes. Isso na verdade mostra a falta de fé delas, porque, se cressem, apresentariam seus pedidos ao Senhor e descansariam, porque sabemos que no devido tempo acontecerá, se o que pedimos, claro, estiver de acordo com a Palavra de Deus. Se estivermos vivendo segundo a sua Palavra, sabemos que acontecerá, então descansamos e nos dedicamos a agradecer, a exaltar e a glorificar o seu Nome (que é Santo para sempre Amém). Devemos dedicar, apresentar outros pedidos, orar pelas vidas dos perdidos, clamar pela nação, pela família, por todos, mas não precisamos ficar repetindo, pois o Senhor condena as vãs repetições. Quando estamos sempre repetindo, estamos tratando o Senhor como uma pessoa que tem problemas para entender e compreender as coisas, queremos convencê-lo por nós mesmos. Assim temos que analisar que essa parábola, essa ilustração fala de um juiz injusto, por isso foi necessária a insistência da viúva. O nosso Senhor é justo, misericordioso e, principalmente, Pai. “E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.” (Lucas 18:4-6). Esse juiz precisou ser vencido pela insistência, porque estava cansado de ser importunado, cansado de ser incomodado, ele atendeu o pedido somente para ficar livre da mulher. Mas Deus é Amor, e Ele quer a nossa companhia, Ele não pretende abrir mão de nós, assim, Ele jamais vai nos atender somente porque estamos incomodando, ou para ficar livre de nós. Por isso sempre digo que é necessário lermos a Bíblia e procurar entender para não sermos somente religiosos. Temos que aprender, apresentar os nossos pedidos ao Senhor, confiar, crer e saber que se fará assim, pois o que apresentamos está de acordo com a sua Palavra. Isso não quer dizer que devemos deixar de orar, de falar com Deus, porque essa é nossa obrigação; devemos, principalmente, louvar, agradecer e pedir pela vida de todos, e não ficarmos focados em nós mesmos e nos esquecermos de que Deus é o Juiz justo, e não injusto. Por isso, quando, no final dessa narrativa, dessa parábola, Jesus pergunta: será que haverá paz na terra? Será que teremos fé para conhecer o seu Evangelho, apresentar nossos pedidos e descansar, confiar Nele? Pensem nisso. “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:7-8).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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