“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (1 Timóteo 3:1)
Quando uma pessoa, um homem, deseja se tornar um pastor, presbítero, que é praticamente a mesma coisa, ele está desejando algo excelente. Temos de entender que não é pelo fato de sentir o desejo em meu coração de ser um pastor que isso me habilita, me capacita a exercer tal função. Em primeiro lugar, é necessário examinar-se, perguntar a si mesmo o motivo de querer se tornar um pastor. Em segundo lugar, tem que se examinar sempre à luz do Evangelho se está capacitado, se tem conhecimento bíblico para poder ensinar, rebater todos os que vierem com questionamentos. Em terceiro lugar, saber se está pronto para orientar, ensinar a todos; se está pronto para ouvir as pessoas e orientá-las de acordo com a Palavra de Deus. Em quarto, saber se está pronto para viver do Evangelho, se terá a disponibilidade de tempo, porque pastor é um ofício que se exerce durante vinte e quatro horas, portanto, não se pode ter uma atividade alternativa. Independentemente das suas necessidades pessoais, o pastor tem que viver exclusivamente do Evangelho, digo viver, não ganhar dinheiro, não querer amealhar fortunas, mas viver, ser custeado pelo Evangelho, se a congregação, o ministério em que ele estiver pastoreando tiver condições de mantê-lo. E por último, e não mais importante, saber se realmente há um chamado do Senhor para essa função, porque são muitos os que dizem ter sido chamados, mas vivem de maneira contrária à Palavra de Deus; são muitos cujos objetivos são outros, e não o de levar o Evangelho, a Verdade de Jesus Cristo a todos, apesar de falarem terem sido chamados. “Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” (1 Timóteo 3:2). Bispo, presbítero ou pastor significam a mesma coisa, ou seja, simplesmente pastor ou supervisor de congregação. Esse chamado o Senhor deu aos homens, refiro-me aos do sexo masculino, uma vez que não existe esse ministério para as mulheres, que não podem em hipótese alguma ministrar, pregar em culto misto, ou seja, para homens e mulheres. No máximo, as mulheres podem pregar, ensinar entre elas mesmas, jamais a homens. Os homens que forem realmente chamados para esse ministério têm que ser casados – no primeiro e único casamento; não podem estar casados com mulheres divorciadas, e não podem estar separados –, solteiros ou viúvos. São somente essas três condições para poderem ser pastores. “Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento.” (1 Timóteo 3:3). Para ser pastor, é necessário que seja um homem realmente convertido ao Senhor, que seja sóbrio, honesto, e tenha condições e sabedoria para ensinar o Evangelho de Jesus Cristo. Não pode ser uma pessoa que viva na mentira, não pode ser uma pessoa preocupada em agradar as pessoas e muito menos a si mesma; deve ser um homem com a preocupação de agradar ao Senhor. Também não pode ser como muitos dessa geração que se dizem pastores, mas amam o álcool, porque o cristão – e olha que não é preciso ser pastor, mas somente cristão – não ingere bebidas alcoólicas, porque sabe que o Senhor não gosta. Também não pode ser uma pessoa briguenta, que vive explodindo sem motivo, ou por qualquer coisa. Fundamentalmente, não deve ser uma pessoa gananciosa, não pode estar preocupada em ganhar dinheiro, em ajuntar, em poupar, e jamais ter negócios paralelos, empregos ou empresas, como muitos dos que estão à frente de denominações como pastores dessa geração. São muitos os que se dizem pastores, mas dividem o seu tempo entre a igreja e as suas empresas, os seus negócios, vivem sempre preocupados em ganhar dinheiro, e essa geração que não lê, não medita no Evangelho os aceita. “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? ); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.”(1 Timóteo 3:4-6). O pastor, se for casado, deve governar bem a sua casa, deve ter filhos obedientes e uma esposa que viva de acordo com a Palavra de Deus, que seja exemplo. Pastor não pode ter filhos envolvidos em escândalos, vícios, ou outra coisa, porque mostra que não soube educar os seus, não soube ensinar, e se ele não conseguiu educar os filhos, como conseguirá ensinar os de fora? Também pastor não pode ser uma pessoa recém-convertida, pois, não tendo conhecimento da Palavra, como poderá ensinar? Também não ensoberbecer, ou seja, não se julgar mais do que realmente é. “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; guardando o mistério da fé numa consciência pura.”((1 Timóteo 3:7-9). Pastores têm que ser reconhecidos por todos como pessoa honesta e de caráter, têm que ser exemplo não só para a igreja mas também para os de fora. Assim também devem ser os diáconos, por isto, ao levantar uma pessoa como diácono, devemos observar se ela se enquadra nesses parâmetros, caso contrário, que não seja levantada como tal, para evitar que pecados se acumulem, uma vez que estará errada e em desobediência. “E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.” (1 Timóteo 3:10). Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe. Um abraço, Pr. Henrique Lino
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