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Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

O TEMPO DO DOMÍNIO



“Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?” (Romanos 7:1)

            As pessoas que se dizem cristãs fazem uma tremenda confusão sobre a questão da lei e da Graça. Em alguns templos, os seus líderes, pastores, fazem questão de fundamentar os seus ensinos, as suas pregações na antiga lei, que foi devidamente cumprida em Jesus. Querem insistir em colocar vinho novo em odre velho, ou remendo novo em pano velho, como Jesus disse, porque hoje o que vivemos é a Graça do Senhor. A própria Palavra nos mostra que, se alguém se propuser a viver a lei, deverá cumpri-la por inteiro e não pode deixar de obedecer a ela em nada, pois se tornaria maldito, e sabemos da impossibilidade de qualquer pessoa praticar a lei de Moisés. Devemos entender, compreender o que é a lei, mais precisamente a lei judaica, a qual encontramos nos livros de Levíticos e Deuteronômio, em que Deus passa a Moisés e este aos hebreus como deveriam se comportar e viver. A lei dizia como deveria o povo se portar, e quem fugisse, se recusasse a obedecer a ela, era severamente punido, e quase sempre a punição era a morte, digo morte física, era a lei do olho por olho, dente por dente. Acho interessante as pessoas buscarem versículos que lhes são favoráveis na antiga lei, mas não querem ser apedrejadas, quando erram, não querem receber a punição determinada pela própria lei. Hoje vivemos a lei de Cristo, isto é, a Graça, não vivemos os dez mandamentos, vivemos somente dois, que são muito maiores e mais abrangentes, que são amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Não existem dois testamentos, mas somente um, o primeiro cumprido, obedecido por Jesus até a morte e morte de Cruz. Agora vivemos o seu Testamento feito no seu Sangue, e o Testamento só é válido quando há morte, e Jesus morreu por nós, e assim todos nós morreremos com Ele. Não existe outra opção, não existem meios de fugirmos da lei de Cristo, não há para onde voltarmos, não há como nos esconder em alguma benesse da antiga lei, porque hoje temos a Fortaleza, a Rocha, que é Jesus. Para compreender o que é uma lei, podemos fazer uma análise de acordo com as leis do mundo, leis terrenas, as quais somos obrigados a nos submeter enquanto estivermos aqui. Exemplo é que, enquanto estivermos aqui, por exemplo, neste nosso país Brasil, devemos nos submeter às leis do país, devemos viver segundo a Constituição Brasileira. Mas, se formos viver em um outro país, já não viveremos mais de acordo com as leis brasileiras, e sim de acordo com as leis do país em que estivermos vivendo. Assim, quem está em Cristo tem que viver as leis, o decreto de Cristo, tem que viver seu Evangelho.

 “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.” (Romanos 7:2). Veja o exemplo que o apóstolo Paulo nos dá sobre a lei, pois a compara a um casamento e à responsabilidade do casamento, exemplificando que, assim como uma mulher casada está submetida ao marido enquanto ele viver, assim também nós estamos sujeitos à lei de Cristo enquanto vivermos. Jesus morreu na Cruz do Calvário, e, portanto, a partir daí, começou o Novo Testamento, mas Ele ressuscitou e vive para sempre, assim, enquanto Ele estiver vivo, que é a eternidade, estamos submetidos a Ele, mesmo porque Ele é o Noivo, nós somos a Igreja. Assim como uma mulher casada não pode contrair uma segunda núpcia, ou seja, se divorciar e casar novamente, porque Jesus não permite, nós também não poderemos servir a uma lei que não mais existe ou a outra coisa ou a outro deus. Mas as pessoas não somente querem utilizar parte da antiga lei para acabarem com os seus casamentos, para justificarem seus divórcios e recasamentos como tentarem justificar diante de Deus as suas rebeldias. “ De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for de outro marido. ” (Romanos 7:3). Assim, quando uma mulher se envolve com um outro homem, estando ainda o seu marido vivo, e isto independentemente de ter se divorciado ou não, ela é uma adúltera, porque o Senhor a uniu ao seu marido até que a morte os separe. Quando vemos pessoas que se dizem cristãs em segundo casamento, ou divorciadas, sabemos que não conhecem o Senhor, que não respeitam a Palavra de Deus, que não conhecem Cristo, pois o casamento é algo tão sério que serve, inclusive, para explicar sobre a lei e a Graça de Cristo. De igual maneira, quando vemos pregadores ou outras pessoas tentarem se justificar através da antiga lei, do Antigo Testamento, sabemos que não conhecem Cristo ou então são rebeldes buscando como se explicar, como justificar seu pecado e sua rebeldia. Temos que entender que hoje vivemos na Graça, vivemos em Jesus, e que podemos nos arrepender, podemos ser perdoados se realmente houver arrependimento verdadeiro, e que não seremos apedrejados nem mortos. Mas também devemos saber que, assim como no Antigo Testamento existia a morte física, agora existe a morte por toda a eternidade, existe a desvinculação com Cristo. Antes o pecado dominava e não havia solução, porque o sangue de animais não podia cobrir o pecado, mas Jesus veio e com o seu sangue o cobriu, nos comprou, e hoje somos Dele, e Ele pode nos dar Vida ou, se formos rebeldes, nos enviar para o sofrimento, desonra e morte eterna. Devemos ser adultos e inteligentes na fé e não crianças infantis. “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus. Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.” (Romanos 7:4-6).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino

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