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Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

O filho pródigo



“Disse-lhe mais: Certo homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me toca. Repartiu-lhes, pois, os seus haveres. Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a passar necessidades. Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam; e ninguém lhe dava nada.” (Lucas 15:11-16)

Jesus muitas vezes, para se referir a um determinado assunto, para exemplificar, Ele contava uma parábola, que é uma maneira ilustrada de se referir a um determinado tema. Nessa parábola conhecida e muito pregada, denominada “O filho pródigo”, Jesus nos ensina muita coisa. Podemos tirar muitas lições, e uma delas é saber que, para recebermos a nossa herança, temos que estar preparados, porque, se não estivermos, vamos esbanjá-la, e não saberemos administrá-la, assim ficaremos em uma situação muito mais difícil do que estávamos antes. Temos que entender que herança é algo que recebemos gratuitamente, assim não podemos exigir de ninguém nossa parte de herança, nem mesmo dos nossos pais terrenos. E a Herança, para a ser herança de fato, tem que existir morte, sem morte não há herança. Nós temos uma Herança para receber, mesmo porque Jesus morreu e nos deixou a Herança, que é a vida eterna, mas, para tomarmos posse dela, só é possível no tempo determinado por Ele, como está no Testamento. Não há como recebermos antes, e mais, temos que viver segundo os termos do Testamento, caso contrário, não a receberemos e não temos como contestá-la. São muitas as pessoas que pensam que já receberam a sua herança e por isso vivem de maneira dissoluta, achando que já estão salvos. Pensam que já tomaram posse da Herança e que viverão para todo o sempre, e por isso vivem ignorando as determinações que estão no Testamento. Elas não perceberam que, se não agirmos segundo o que está determinado no Testamento, nem comida de porcos comerão.

“Caindo, porém, em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai o viu, encheu-se de compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e alparcas nos pés; trazei também o bezerro, cevado e matai-o; comamos, e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a regozijar-se.” (Lucas 15:17-24). Temos que nos examinar para ver se estamos incluídos no meio desses que acham que já recebemos a Herança, que já fomos salvos e, portanto, podemos viver de qualquer maneira, e tranquilamente, pois jamais perderemos a salvação. Se esse for o nosso pensamento, devemos nos examinar e ver onde estamos e nos lembrar do nosso Pai, e voltarmos arrependidos e clamando misericórdia, clamando perdão, pois, quando nos arrependemos verdadeiramente e nos humilhamos diante Dele, então Ele se compadece, não só nos perdoa, como se alegra, e há festa no Céu. E é claro que sempre vão existir nossos irmãos que ficarão chateados quando nos arrependermos e voltarmos para o Senhor, não querem saber de se alegrar por voltarmos à razão, voltarmos para casa. Mas não devemos nos importar, simplesmente temos de saber que somos filhos e temos um Pai que nos ama e fica alegre com o nosso retorno à casa. “Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e quando voltava, ao aproximar-se de casa, ouviu a música e as danças; e chegando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. Respondeu-lhe este: Chegou teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. Saiu então o pai e instava com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: Eis que há tantos anos te sirvo, e nunca transgredi um mandamento teu; contudo nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. Replicou-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo o que é meu é teu; era justo, porém, regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha-se perdido, e foi achado.” (Lucas 15:25-32).

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino


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