“Meus irmãos, não sejais muitos de vós mestres, sabendo que receberemos um juízo mais severo. Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniquidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem à pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal.” (Tiago 3:1-8)
Não podemos achar que somos os maiorais, que tudo sabemos, que somos mestres, mesmo porque Jesus nos ensinou que só um é Mestre, que é o Senhor. Todos nós que somos humanos erramos sempre de diversas maneiras, e só em pensar, em achar que somos alguma coisa já estamos errando. Temos que vigiar bem as nossas palavras, o que falamos, pois muitas vezes falamos o que não deveríamos falar; mesmo que logo depois venha o arrependimento, o fato é que falhamos. Se não vigiarmos, sempre estaremos errando, pois muitas vezes agimos pela emoção e damos liberdade a nossa língua, e com ela ofendemos as pessoas, falamos palavras que magoam, ferem, ou até mesmo matam, por isso devemos sempre estar atentos e não agirmos pela emoção e a todo o tempo sermos racionais, sermos espirituais, para que a nossa língua não nos envie para o inferno.
“Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim. Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode acaso uma figueira produzir azeitonas, ou uma videira figos? Nem tampouco pode uma fonte de água salgada dar água doce. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.” (Tiago 3:9-14). Se não vigiarmos, a nossa língua funciona como um inimigo, uma vez que ela pode nos conduzir à morte eterna, pois, se permitirmos viver ofendendo, xingando os nossos semelhantes, se vivermos amaldiçoando as pessoas ou falando palavras que trazem tristezas, com certeza iremos padecer por toda a eternidade. Temos que saber que a nossa boca, nossa língua tem que ser útil para louvar ao Senhor, para glorificar o seu Nome, para orar, dialogar com o nosso Pai. Se a usamos para falar com o Pai, para pronunciar o seu Nome (que é Santo para todo o sempre amém), como poderemos usar a mesma boca, a mesma língua para amaldiçoar alguém que é a imagem e semelhança Dele? Assim fica fácil entender, compreender que de maneira nenhuma podemos usar a nossa língua para falar mal ou dar sentença injusta para as pessoas, pois estaríamos sujando, manchando a mesma boca que usamos para falar com o nosso Deus. Por isso, independentemente do que as pessoas nos façam, ou nos falem, devemos analisar bem antes de responder, porque, dependendo das nossas respostas, estaremos traçando a nossa sentença de morte. Sejamos sábios e procuremos ser sempre praticantes dos ensinamentos, da Palavra do Senhor, e não somente pessoas que citam, mas não obedecem, pois esses que assim procedem mostram quem são diante do Senhor. Temos que ser luzes, fazermos a diferença. As pessoas, o mundo, têm que ver em nós a diferença, temos que dar gosto, afinal, somos o sal da terra, e se não formos, se nos igualarmos ao mundo, é porque somos dele, e não do Senhor. Há necessidade de sempre estarmos meditando na Palavra para a colocarmos em prática. “Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.” (Tiago 3:15-18).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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