“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.“ (Filipenses 2:1-2)
Gostamos de falar do amor de Deus, do seu socorro, dos seus livramentos, dos seus milagres, do cuidado dispensado a cada um de nós. Mas será que, quando estamos falando, é porque realmente acreditamos nisso, ou porque desejamos isso em nossas vidas? Será falamos dessas coisas por conhecermos, por termos tido experiências ou simplesmente porque achamos que devemos falar? Quando falamos é porque temos certeza do que falamos ou somente estamos expressando o nosso desejo? Porque, se realmente cremos, se acreditamos no que falamos, então devemos demonstrar isso com a nossa maneira de viver, mostrar realmente a nossa intimidade com o Senhor, mas não de maneira forçada, e sim de maneira natural, pois é o que vivemos. Temos que mostrar o amor de Deus em nossas vidas pela maneira como vivemos, pelo nosso comportamento, para que as pessoas também possam vir a desfrutar do mesmo que nós. Não podemos ser hipócritas e falar o que não vivemos ou conhecemos, porque, se assim procedermos, pecaremos. “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” (Filipenses 2:3-4). Quando falamos, temos que ser autênticos, portanto, se realmente o que expressamos é a verdade, então tudo o que fazemos ou falamos é feito com humildade. Sabemos que o Senhor nos ensinou sobre humildade, por isto, se realmente o seguimos, se somos os seus discípulos, se somos praticantes do Evangelho, então com certeza somos praticantes de humildade, porque, se levantamos a nossa voz para falar do amor de Deus, da sua Justiça, então temos que fazer mais do que isto, devemos demonstrar o seu caráter através da nossa vida. Temos que parar de querer sermos o centro, e deixar o centro para o Senhor; temos que sempre dar preferência ao próximo, e não querermos demonstrar ser alguma coisa, nem mesmo um crescimento espiritual, porque só em pensarmos assim erraremos.
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:5-8). Se realmente somos o que falamos, se conhecemos Cristo como afirmamos, então temos a obrigação de ser seus seguidores, e sendo seus seguidores, teremos que o apresentar através do nosso caráter e maneira de viver. Temos que demonstrar tudo o que falamos de Cristo em nós, temos que ter o mesmo sentimento, temos que viver, praticar a humildade. Mas, para sermos como Cristo, devemos conhecê-lo bem, e esse conhecimento só vem através da leitura, da meditação em seu Evangelho, porque são muitos os que falam que conhecem Cristo, mas falam de maneira emotiva e assim vivem, por esse motivo acabam sendo concordantes com o pecado, pois não condenam o erro, querem demonstrar um amor que não é o amor de Cristo. O problema é que, apesar de terem boa vontade, não têm conhecimento do que falam, uma vez que não meditam no Evangelho de Jesus Cristo. Quando falamos em humildade, devemos lembrar, pensar em Jesus, que era Deus e se destituiu do seu Poder para vir ao mundo se igualar a nós, mas sem pecar, para que pudesse nos libertar. Jesus ocupou o nosso lugar nas chicotadas, nas humilhações e sofrimento, tomou o nosso lugar na cruz e foi crucificado em nosso lugar, e ainda levou todos os nossos pecados. Em nenhum momento Ele aceitou ou tolerou o pecado, ao contrário, sempre o condenou, afinal, Ele deu a sua vida para nos libertar dele. “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um Nome que é sobre todo o nome; Para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para Glória de Deus Pai.”(Filipenses 2:9-11). Jesus se submeteu à vontade do Pai, foi obediente em tudo, obediência até a morte, e morte de cruz. Mas, em contrapartida, o Senhor o honrou e deu-lhe Todo Poder, e hoje Ele é o Senhor, e tudo se submete a Ele. Assim, se queremos receber o nosso prêmio, se queremos receber a Promessa do Senhor, então que sejamos obedientes, que continuemos firmes na nossa caminhada, olhando para o Autor e consumador da nossa fé. O nosso prêmio, a Promessa do Senhor é para todos, e, se formos obedientes, a receberemos, e então teremos vida longa e eterna Nele. “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.”(Filipenses 2:12-13).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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