“Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas praticam. E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2:1-4)
É indesculpável a pessoa que, dizendo-se evangélica, crente, fica fazendo julgamento das pessoas e não olha para si mesma, porque são muitos os supostos evangélicos que gostam de acusar os católicos, os espíritas e pessoas de outras religiões por adorarem imagens, mas eles mesmos vivem em práticas horríveis de pecados. Sabemos que é função nossa julgarmos, e inclusive iremos julgar os anjos caídos, mas o primeiro julgamento que devemos fazer é com nós mesmos. Jesus nos ensinou que, para julgamos alguém, é necessário fazer o nosso autojulgamento, temos que ter a certeza de que não estamos praticando nenhum pecado. Jesus disse que não podemos tentar tirar um cisco do olho de outra pessoa se temos uma trave em nossos olhos. Não podemos condenar a prática de homossexualismo, aborto, se vivermos no adultério, na fornicação. Não podemos criticar as pessoas por adorarem imagens se vivemos adorando pessoas, pastores, paninhos, e todos os tipos de amuletos que os pastores estão dando. Temos que entender que, pelo fato de condenarmos as pessoas estando nós em práticas semelhantes ou até piores, mais graves, quem salvaremos? Ao contrário, iremos padecer, sofrer por toda a eternidade, e com certeza a nossa punição será muito maior, por conhecermos a Verdade e ignorá-la. Talvez as pessoas que estamos julgando possam vir a se arrepender, a se converter ao Senhor e serem salvas, e nós, com as nossas práticas religiosas, iremos padecer. Temos que compreender que não podemos concordar com o pecado, que devemos julgar, mas o principal é estarmos vivendo em santidade, caso contrário, somos piores do que aqueles que estamos julgando, temos que abrir os nossos olhos para não cometermos nem o erro da omissão e nem o da condenação se estivermos nas práticas do pecado.
“Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram glória, e honra e corrupção; mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade; tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego; glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, primeiramente ao judeu, e também ao grego; pois para com Deus não há acepção de pessoas.” (Romanos 2:5-8). Mas a nossa soberba, o nosso orgulho, a mania de querermos nos julgar superiores aos demais somente por fazermos parte de uma outra religião nos conduz aos sofrimentos e derrota eterna. Não somos melhores do que ninguém, podemos ser salvos em Cristo, se estivermos o seguindo, se estivermos Nele, na prática do seu Evangelho. Mas esse comportamento de julgar as pessoas sem nos julgar a nós mesmos nos conduz ao sofrimento, viveremos debaixo da ira de Deus. Portanto, o que temos que fazer é simplesmente viver em obediência à Palavra de Deus, saber que podemos ser chamados a qualquer momento, e que depois não teremos mais tempo para nos arrepender. Não somos melhores ou piores do que qualquer pessoa, o que nos torna filhos de Deus, o que nos faz receber e desfrutar do amor de Deus é nossa obediência a Ele, caso contrário, nada receberemos. Jesus veio, sofreu e morreu por cada um de nós, mas não receberemos a salvação por sermos arrogantes. Receberemos glórias se estivermos vivendo de acordo com a vontade de Deus, sabendo que não é uma religião que nos salva, quem nos salva é Cristo, e se o amamos, temos que viver segundo a sua vontade. Por isto entendamos a questão do julgamento, temos que julgar, mas começando por nós mesmos. “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei (porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei. Pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os), no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.” (Romanos 2:12-16).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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