top of page
Foto do escritorPr. Henrique Lino da Silva

HOUVE TREVAS



“E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona.” (Marcos 15:33)

 A hora sexta é ao meio dia, doze horas, a hora nona é às três horas da tarde, ou seja, às quinze horas houve trevas, escuridão total, trevas densas não somente sobre Israel, Jerusalém, mas em toda a terra. Quando Jesus Cristo foi crucificado naquela cruz, e com todos os nossos pecados, as trevas dominaram por algum tempo. Jesus estava com todos os pecados do mundo sobre Ele, e isso é muito até para o Pai, que fechou os seus olhos, porque não aceita ou permite o pecado. “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni?” Que, traduzido, significa: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15:34). As palavras foram proferidas em aramaico (mas com algumas características hebraicas), um dos idiomas comumente falados nos dias de Jesus. Revelam quão profundamente Jesus se sentia abandonado por Deus ao carregar sobre si os pecados da espécie humana. Jesus foi abandonado ali na Cruz do Calvário ao tomar o nosso lugar, ao carregar todos os nossos pecados. Jesus, o Filho de Deus, foi abandonado, o Pai fechou os olhos, houve trevas na terra nessa hora. Isto porque Deus Pai não aceita, não permite o pecado. O Senhor não suporta o pecado, e como Jesus estava carregado de pecado, o Pai se afastou, e Jesus gritou. Ao sentir o abandono do Pai, o seu grito de desespero foi inevitável. E isso Ele sofreu foi por nós, por nos amar. Assim fica claro que, se Deus não suportou o pecado em seu Filho, jamais vai tolerar em nós. Somos abandonados quando estamos em desobediência, quando estamos em pecado, porque Deus não tolera, não permite e não consegue nem nos olhar, e assim as trevas nos envolvem. Quando estamos pecando, as trevas densas estão ao nosso redor e, por mais que gritemos, se não abandonarmos os pecados, morreremos na escuridão. “E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que chama por Elias.” (Marcos 15: 35). As pessoas não entenderam o que Jesus gritou, pensaram que Ele estivesse gritando pelo profeta Elias. O profeta Elias foi um homem notável, extremante usado por Deus, que tinha vivido centenas de anos antes, e não tinha passado pela morte, porque o Senhor o arrebatou em vida. O profeta Eliseu veio a lhe substituir no ministério, andava, quando uma carruagem de fogo o arrebatou e o conduziu em vida ao Senhor. E nas Escrituras ele é o que representa todos os profetas, e apareceu junto com Moisés e Jesus no monte da transfiguração. O povo entendeu que Jesus estava chamando por Elias, porque existia uma crença comum de que ele viria em tempos de necessidades críticas para proteger os inocentes e ajudar os justos (crença somente).

 “E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a numa cana, deu-lho a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias tirá-lo.” (Marcos 15:36). Esse vinagre era uma espécie de vinho azedo bebido por trabalhadores braçais e soldados, e que também era usado como anestésico. Vendo o sofrimento e dor de Jesus, queriam abreviar a sua morte, porque a morte em cruz ela se dá por sufocação. A pessoa fica apoiada sobre os pés pregados na cruz e sobre as mãos, e assim consegue manter a respiração. Mas, quando relaxa, ou é vencido pela fraqueza, e se entrega, a sufocação acontece e a pessoa morre. Assim, ao trazer aquele vinagre, a função foi fazer com que Ele relaxasse e então morresse logo, e neste caso não foi por crueldade, mas exclusivamente para aliviar o sofrimento e dor. As pessoas ainda criam em histórias, mas não nas Escrituras, não acreditavam em Jesus, prova que o estavam crucificando, mas ainda acreditavam na lenda de Elias. Sim, porque era somente lenda o que falavam a respeito deste que foi morar com o Senhor. “E Jesus, dando um grande brado, expirou.” (Marcos 15:37). Jesus gritou e se entregou, ninguém tirou a vida do Senhor, Jesus não foi morto, Ele morreu, Ele entregou o seu espírito na dor insuportável por causa da crucificação, os cravos em suas mãos e pés, a dor do seu corpo, as chicotadas que tinha recebido, o entorpecimento chegando, o abandono do Pai quando Ele assumiu todos os nossos pecados. Naquele momento, após tomar um pouco do vinagre, Ele gritou e se entregou. Jesus morreu, a sua Palavra se cumpriu. “Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (João 10:18). Jesus ainda em vida tinha dito que ninguém tinha poder para tirar a sua vida, mas que Ele a entregaria por amor a nós. E assim foi, Ele disse que tinha poder para dar e tomá-la de novo, e assim foi. Ele morreu ali na Cruz, se entregou por nós, mas Ele tomou a sua vida de volta e hoje vive por toda a eternidade, sentado ao lado do Pai. Jesus foi obediente até o final, Ele cumpriu as ordens do Pai e se entregou por nós, assumiu nossos pecados, foi abandonado por Deus, morreu ressuscitou e hoje tem todo o Poder.

 “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.” (Marcos 15:38). O véu do templo era a cortina que separava o lugar Santo do Lugar Santíssimo, onde só podia entrar o sumo sacerdote uma vez por ano e sem pecado, caso contrário, morria lá dentro e tinha que ser puxado para fora por uma corda, que era presa a sua cintura quando entrava, porque ninguém mais podia entrar lá nem para buscar o cadáver do sacerdote morto. Rasgar essa cortina significava que Cristo entrara no próprio céu a nosso favor, a fim de que também entrássemos na presença de Deus. Rasgando o véu, mostrava que não mais existia separação entre nós e Deus, e que não somente o sumo sacerdote, mas todos podiam ir ao Senhor. Qualquer um pode ir ao Senhor em oração, se arrepender e ser salvo. Nada nos impede de ir ao Senhor, basta nos arrepender, nos libertar dos erros, dos nossos pecados, porque podemos fazer isso agora, uma vez que Jesus os levou. Antes não tinha como se livrar deles, mas agora podemos abandoná-los, pedir perdão e ir ao Senhor. “E o centurião, que estava defronte Dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39). Centurião era um comandante de cem soldados do exército romano. Possivelmente esse comandante tinha sido designado para estar ali vigiando a crucificação, e, ao ver tudo o que estava acontecendo, reconheceu Jesus como o Filho de Deus. Temos que observar que um estrangeiro, um romano reconheceu Jesus, enquanto o povo escolhido por Deus e que tinha as Escrituras, que recebia o cuidado de Deus, além de não reconhecê-lo, ainda o crucificou. Jesus morreu se entregando por todos, inclusive pelos que o crucificaram. “E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe, entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de José, e Salomé; As quais também o seguiam, e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras, que tinham subido com Ele a Jerusalém.” (Marcos 15:40-41). As mulheres que seguiam Jesus, que mantinham o seu ministério, estavam ali, observavam tudo sem nada poderem fazer. Mulheres que receberam milagres de Jesus, ou que presenciaram os inúmeros milagres, as bênçãos que as pessoas receberam Dele, agora simplesmente não podiam fazer nada para salvar, proteger ou cuidar do Mestre. Jesus Cristo, o carpinteiro, aquele que nasceu em uma manjedoura, mas que transformou água em vinho, que pregou o Evangelho, que multiplicou pães e peixes, abriu olhos aos cegos, fez aleijados andar, ressuscitou mortos, agora estava morto. A tristeza dominava, porque essas mulheres não entendiam a Palavra Dele, que disse que depois de três dias ressuscitaria. “E, chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, Chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que tinha morrido. E, tendo-se certificado pelo centurião, deu o corpo a José;

O qual comprara um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro. E Maria Madalena e Maria, mãe de José, observavam onde o punham.” (Marcos 15:42-47). 

Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.

 Um abraço,

 Pr.Henrique Lino

 Se voce está passando por problemas na sua vida espiritual, familiar, profissional, sentimental, com filhos em situação de risco, envolvimento com drogas, homossexualismo, ou em processo de separação, divorcio, traído(a) abandonado(a) entre em contato conosco.O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus está a sua disposição dia e noite para aconselhamento, oração, e interseção e orientação, e cobertura espiritual. 

Visitem nosso site www.atalaiadedeus.com.br – O Ministério Atalaia do Evangelho de Deus tem como objetivo levar a Palavra de Deus. Trabalha voluntariamente com assistência as famílias, para restaurar casamentos e orientação espiritual a todo aquele que necessita de uma Palavra de cura, salvação e libertação. Esse Ministério tem obedecido ao chamado do Senhor, venha fazer parte desse trabalho com sua oração. 

497 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Hipocrisia

Comments


bottom of page