“Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor.” (2 Coríntios 12:1)
Enquanto os adversários de Paulo alegavam falsamente terem recebido doutrinas diretamente de Deus por meio de visões e de revelações, o próprio Paulo podia declarar que, no caso dele, isso ocorria de verdade. Mas aqui menciona o fato para demonstrar que as alturas supremas a que foi levantado mediante essas experiências estáticas foram contrabalançadas pela profunda humilhação de uma aflição específica que lhe foi imposta a fim de que continuasse a se gloriar, não em si mesmo, mas somente no Deus de toda a Graça. No nosso meio, ou melhor, no meio denominado gospel, deparamos com muitas pessoas que constantemente afirmam ter visões e revelações do Senhor, mas, na maioria das vezes, são pessoas como os opositores de Paulo. São pessoas que, na verdade, nunca tiveram uma experiência verdadeira com o Senhor, e o máximo que têm são visões enganadoras e sonhos confusos. Pessoas que gostam de se vangloriar dizendo terem visões e revelações, geralmente, são as que querem e precisam se firmar como sendo espirituais. Sabemos que são enganadas, ou mentirosas, porque Jesus nos ensina a conhecer as árvores pelos frutos, e vemos os frutos dessas pessoas que não são frutos do Espírito. A Palavra de Deus nos mostra a impossibilidade de duas pessoas andarem juntas se não estiverem de acordo. “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.” (2 Coríntios 12:2). Ser arrebatado ao Paraíso é uma experiência única, inigualável, em vida conhecer a casa futura, a habitação do Senhor. Paulo tem certeza dessa experiência notável, mas não sabe ao certo se esse arrebatamento incluía ou não o corpo. O terceiro céu designa um lugar além do céu imediato da atmosfera terrestre, além também do céu mais remoto do espaço exterior, com suas constelações, chegando à presença do próprio Deus. Paulo, na sua humildade, contradizendo os seus adversários, fala de si mesmo, mas na terceira pessoa, e mesmo assim essa revelação só se tornou pública para nosso aprendizado sobre o Reino, e também para avaliarmos a diferença entre as revelações verdadeiras e as mentirosas, e entender que devemos nos gloriar somente no Senhor que agora ressurreto e glorificado habita no Paraíso e nos aguarda.
“E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.” (2 Coríntios 12:3-4). O arrebatamento foi algo tão fantástico que, mesmo depois, Paulo ainda não sabe se foi com seu corpo, ou somente em espírito, mas ele não se prende a isso, ele tem consciência desse fato e sabe que Deus que o arrebatou, sabe todas as coisas, e, se o Senhor quisesse que ele soubesse, lhe daria luz sobre isso. A natureza das coisas indizíveis que Paulo ouviu permanece desconhecida para nós, porque não lhe foi permitido contar. Foi uma experiência que deve ter revestido de força incalculável o seu apostolado, o qual lhe impôs sofrimentos tão constantes e extremos. Além disso, como essa experiência não fora induzida por ele, não lhe dava ocasião para autoglorificação. Não foi Paulo quem buscou essa experiência e sim o Senhor que o arrebatou. Creio que Paulo nem em oração teria coragem de clamar ou pedir algo assim, pois, antes de ele passar por essa experiência, possivelmente não acreditaria que fosse possível. “De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.” (2 Coríntios 12:5). Apesar dessa grandiosa experiência, Paulo afirma que não se gloria disto, muito pelo contrário, prefere gloriar das suas fraquezas e dos seus sofrimentos e lutas para pregar o Evangelho. A maneira de Paulo viver e ensinar é oposta à da maioria dos pregadores da nossa atualidade que gostam de se vangloriar dizendo que pela sua fidelidade Deus os tem abençoado. Gostam de mostrar patrimônio, riquezas, luxo, gostam de demonstrar uma espiritualidade que não é condizente com o Evangelho de Jesus Cristo. Afirmam nada sofrerem e dizem que é o cuidado do Senhor. Paulo, ao contrário, sofria e afirmava que era pelo Evangelho e tinha orgulho disso. “São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase? Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.” (2 Coríntios 11:23-30). Paulo se orgulhava somente de servir ao Senhor e ser digno de sofrer pelo seu nome. Mas o que vemos hoje é um ensino diferente, em que pregam que quem é fiel ao Senhor tem o melhor.
“Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve.” (2 Coríntios 12:6). Esse apóstolo tinha a preocupação de jamais querer ser mais do que mostrava, transparecia, e insiste em dizer que não se jactará a respeito de tamanha experiência gloriosa, mas só a respeito da sua fraqueza. “E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.” (2 Coríntios 12:7). Espinho na carne. Permanece oculta a natureza exata dessa aflição. Mensageiro de satanás é uma forma de referir ao espinho na carne de Paulo. Sabemos que é algo que causava dor e sofrimento, sabemos que foi Deus quem colocou, ou melhor, mandou ou permitiu que satanás assim o fizesse. Sabemos então que satanás só pode fazer o que Deus permite, ou manda. O que existe é especulação a respeito do espinho na carne, uns falam que é uma enfermidade, outros, perseguições; enfim pode ser qualquer coisa e não sabemos por que o Senhor não nos revelou, mas sabemos que causava dor e sofrimento. Sabemos então que Deus pode permitir dor por vários motivos, e isso não quer dizer que seja por punição. “Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” (2 Coríntios 12:8-9). Paulo orou ao Senhor por três vezes, somente pedindo para que o Senhor retirasse esse espinho da sua carne, esse sofrimento, essa dor, mas o Senhor respondeu que não iria tirá-lo. Esse sofrimento foi imposto para que Paulo sempre lembrasse que era humano e passível de sofrimento, que não deveria se engrandecer. Ao tomar conhecimento disso, ele então sente prazer, alegria por sofrer pelo nome do Senhor, pois quando todos o julgam fraco é que ele é forte. A Graça de Deus é suficiente para nós, solução melhor do que tirar o espinho na carne. A fraqueza humana oferece a oportunidade ideal para a demonstração do Poder Divino. “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” (2 Coríntios 12-10).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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