“Tu, pois, meu filho, fortifica-te na Graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.” (2 Timóteo 2:1-3)
O apóstolo Paulo, falando para o jovem pastor Timóteo, faz uma série de advertências que servem para todos nós, principalmente para os pastores atuais. Servem para todos nós, pastores, vivermos e, principalmente, ensinarmos, e não pregarmos mentiras, como muitos fazem. É necessário saber que se precisa de idoneidade para exercer a função de pastor, e principalmente compreender que ser pastor é ser chamado por Jesus Cristo para pregar, ensinar o seu Evangelho, e não outra coisa qualquer. A função de pastor requer disponibilidade em tempo integral, porque se vive em função do Evangelho, tendo a certeza de que não foi chamado para viver na bonança, e sim para as lutas. Ser um guerreiro de Cristo, ser um soldado a serviço do Reino traz muitas lutas, aflições e dores, isto porque estamos em campo de batalha, estamos em território inimigo, portanto, somos bombardeados constantemente, mas olhamos para o nosso General, aquele que nos chamou, e assim continuamos a nossa luta. Não podemos nos corromper, como muitos que se dizem pastores e cujas preocupações são dinheiro, bem-estar e poder, porque não é essa a nossa promessa. Não podemos simplesmente estar levantando, ungindo qualquer um como pastores, não é um curso de teologia que capacita alguém para exercer esse ministério, tem que ser chamado por Cristo, tem que estar disposto a sofrer por causa do Evangelho. Não pode ser ninguém preso a bens materiais, a coisas, e sim reconhecer que é um prisioneiro em Cristo Jesus. “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” (2 Timóteo 2:4). Temos que saber que estamos em campo de batalha, que o nosso adversário está o tempo todo nos bombardeando, mas temos que fazer uso do escudo da fé, temos que estar com o capacete da salvação e empunhando a espada, que é a Palavra de Deus. Estamos em território inimigo, portanto, são esperados os ataques, mas devemos olhar para o Autor e Consumador da nossa fé. Assim, não nos envolvemos com nada que não seja o Evangelho de Jesus Cristo, gastamos o nosso tempo ensinando, pregando, pois essa é a nossa missão.
“E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Considera o que digo, e o Senhor te dê entendimento em tudo.” (2 Timóteo 2:5-7). Muitos dos que se intitulam pastores, bispos, apóstolos e outros títulos eclesiásticos, na verdade, estão muito longe de serem convertidos, pois ensinam umas doutrinas estranhas e contrárias ao Evangelho e não receberão o galardão, na verdade recebem somente aqui, que na verdade é o que buscam, porque o Evangelho de Jesus Cristo é incompatível com política, com negócios, e muitos dos que se dizem pastores, mas que têm outros negócios, são empresários, comerciantes, estão indo frontalmente contra o Evangelho, e os que querem ser políticos estão totalmente na contramão do Evangelho da Graça. Devemos fazer bem a separação, não digo todos os cristãos, mas os que se dizem pastores ou que ocupam cargos eclesiásticos, esses já têm trabalho e missão, são sustentados diretamente pelo Senhor. Os pastores legítimos não esperam ser reconhecidos, ou receber galardões aqui, pois sabem que o seu galardão, o seu prêmio não está aqui, mas com o Senhor, e o receberá quando partir. Somos os primeiros a ser coroados, a ser recompensados, a receber os nossos galardões quando partirmos daqui, mas isso se tivermos lutado legitimamente. Portanto, sabemos que aqui lutamos, combatemos, passamos por lutas, dificuldades, aflições, mas em tudo somos mais do que vencedores em Cristo Jesus. Não podemos pregar um Evangelho diferente para atrair pessoas, para agradar, para não as magoar, não confrontar, e assim elas saírem do Evangelho. Somos convocados para pregar a Verdade, exortar, falar do Evangelho que rasga, que traz dor, mas que traz alegria, salvação, traz vida. Devemos ensinar a verdade às pessoas, querendo elas ouvir ou não, falamos do Evangelho de Jesus Cristo e nada fazemos para agradar, para fazê-las ouvir, para ficarem onde estivermos. Se ficarem, que não seja por nossa causa, mas por causa de Cristo. Não podemos imitar os que pregam evangelhos diferentes e também convertem pessoas a falsos evangelhos, e eles juntamente com os falsos crentes caminham a passos largos em direção à morte eterna. “Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu Evangelho; Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a Palavra de Deus não está presa.” (2 Timóteo 2:8-9). Sabemos quem é Jesus, sabemos as suas dores e sofrimento por nossa causa, e nós, que dizemos ser seus seguidores, seus discípulos, sabemos que as lutas, os sofrimentos são o que nos espera. Assim como o Nosso Mestre, continuamos firmes, não olhando para as perseguições nem para os sofrimentos, mas simplesmente preocupados em cumprir a nossa missão. Não pregamos o falso evangelho de só vitória, só vitória, não falamos de prosperidade, não falamos que aqui é lugar de alegria e curtição, que devemos desfrutar do melhor, pois não é essa a verdade. Pregamos, cobramos, exigimos conversão, arrependimento, santidade e compromisso com o Senhor, pois é isso que os verdadeiros cristãos fazem, pois não estão preocupados com as coisas deste mundo, que jaz no maligno. “Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com Glória eterna. Palavra fiel é esta: que, se morrermos com Ele, também com Ele viveremos; se sofrermos, também com Ele reinaremos; se o negarmos, também Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2 Timóteo 2:10-13).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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