“Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da macedônia; Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade.” (2 Coríntios 1:2)
Infelizmente, muitos religiosos não entendem nada sobre ofertar, e, quando o fazem, geralmente o fazem de maneira errada, com propósitos de receber algo em troca. As pessoas vão a templos denominacionais e, geralmente, atendem a apelo de pastores, de pregadores para ofertar determinado valor, porque em troca Deus vai abençoar nesta ou naquela área. Na verdade, querem negociar com Deus, querem barganhar, querem comprar uma bênção, um favor, por tal motivo pecam, e os seus líderes também. Temos que aplicar um pouquinho da inteligência que o Senhor nos deu e agir com sabedoria e maturidade, sabendo a diferença entre negociar e ofertar. Oferta é um donativo, é algo que damos do que é nosso sem nenhum outro interesse, é por amar a obra de Deus que damos para que a Palavra continue sendo levada adiante. Oferta é quando ofertamos em agradecimento a Deus por tudo o que Ele faz em nossa vida, e ofertamos sem nenhum interesse, a não ser continuar vendo o Evangelho sendo pregado e pessoas alcançadas. A Bíblia fala de oferta, de agradecimento, e não fala em ofertar para pedir algo. E ofertar não é dar o que nos sobra, mas tirar do que temos e dar, se doar. Jesus ficava próximo ao gazofilácio no templo e observava como as pessoas ofertavam, e uma das vezes viu uma pobre viúva colocar algumas moedinhas de pouco ou quase nenhum valor, e Ele a elogiou, porque ela deu tudo o que tinha da sua pobreza. Isto não quer dizer que Ele deseja que ofertemos tudo o que temos, mas que ofertemos sem ser sobra, tirando do que precisamos. Não podemos confundir dízimo com oferta, mesmo porque o dízimo é mandamento, e devolvê-lo é simplesmente sermos obedientes. Não devolver o dízimo corretamente é desobediência, é roubarmos, enganarmos Deus, porque tudo o que recebemos ganhamos de alguma forma, dez por cento é do Senhor e devemos devolvê-lo. A décima parte é Dele e devemos devolver a um sacerdote, a quem é responsável espiritualmente por nós, a um ungido do Senhor, àquele que terá que dar conta da nossa alma diante do Senhor. Temos que entregar a nosso pastor os dez por cento do Senhor para que Ele continue a obra do Senhor, e esse ungido, esse pastor deve abençoar e apresentar ao Senhor a nossa obediência, e, sendo realmente um homem de Deus ungido, veremos a diferença em nossa vida, porque é promessa do Senhor, mas, se não for realmente um homem de Deus, nada acontece.
“Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.” (2 Coríntios 8:3-4). O apóstolo Paulo exalta os irmãos da Macedônia, porque, mesmo na sua pobreza, eles pediram, rogaram, insistiram em colaborar, ajudar, ofertar. Paulo tinha pedido oferta não para ele, ou para a igreja, mas para socorrer os irmãos de Jerusalém que estavam passando por dificuldades, e os recursos foram todos enviados para eles. Assim, sabemos que podemos pedir ofertas em nossos templos para socorrer os irmãos que estiverem em dificuldades, e isto se a igreja, templo não tiver esse recurso em caixa, porque, se tiver, ela é que deve enviar. Ofertar é algo que tem que ser espontâneo e voluntário, por isso é que não se pode ficar pedindo, porque, quando alguém leva ao altar uma oferta por atender a um pedido do pastor, pode estar levando por constrangimento, obrigação, ordem ou por qualquer outro motivo. Assim, o pastor recebe como oferta, mas Deus não, e não temos que agradar a ninguém, somente ao Senhor. O dízimo é obrigação, é mandamento, e devemos entregar dez por cento, mas a oferta é o valor que Deus colocar em nosso coração. Ser generosos na obra do Senhor é um privilégio, mas é importante vermos onde e como estamos ofertando, porque se não estivermos entregando realmente aos cuidados de um ungido, de um homem de Deus, estaremos errando. “E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabasse está graça entre vós.” (2 Coríntios 8:5-6). Ofertar é tirar do que é nosso, para ajudar, socorrer, agradecer, abençoar. Portanto, para ofertarmos, não precisamos ter sobrando, mas, ao contrário, é simplesmente dar do que temos. Vemos que Jesus não elogiou os que estavam ofertando muito, porque estavam dando do que lhes sobrava, mas a viúva deu do pouco que tinha, deu tudo. Assim devemos ofertar; inclusive, o correto é sempre, quando formos ao templo, levar alguma coisa e, na hora das ofertas, colocar no gazofilácio e pronto. Mas jamais participarmos de campanhas em que se tem que colocar um determinado valor no envelope, ou colocar no altar para receber essa ou aquela bênção, pois isso é pecado, é transformar Deus em um ser corrupto. “Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em Palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça. Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor.” (2 Coríntios 8:7-8). Quando ofertamos com desprendimento, com amor, sem esperar nada em troca, estamos aplicando a nossa fé e agindo em conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo. Mas, quando participamos de campanhas mentirosas e colocamos valores, ou quando depositamos valores no altar com a intenção de receber algo, quando participamos de desafios, fogueiras santas ou qualquer outra coisa, não estamos ofertando, mas pecando, e, com certeza, receberemos a devida punição por ofender ao Senhor. Quando somos voluntários e ofertamos por amor, com certeza nada nos faltará e teremos a devida recompensa. “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis. E nisto dou o meu parecer; pois isto convém a vós que, desde o ano passado, começastes; e não foi só praticar, mas também querer. Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem. Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão, Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade; Como está escrito: O que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve de menos.” (2 Coríntios 8:9-15).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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