“Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.” (Filipenses 2:1-2)
Paulo rogou aos filipenses que tivessem unidade de pensamento, amor mútuo e vivessem em harmonia. Além disso, recomendou que fizessem tudo em humildade. Essa é uma virtude cristã, a de reconhecermos as nossas próprias limitações e darmos a honra devida ao Senhor, pois, sem ajuda direta ou indireta Dele, não podemos fazer absolutamente nada. Ninguém pode considerar-se, por qualquer motivo, melhor que os outros, pois nada temos ou somos por mérito próprio, tudo vem do Altíssimo. Se tivermos esse entendimento, praticaremos a Palavra e viveremos o amor que Cristo nos ensinou e nos deixou.”Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Filipenses 2:3). Mas não podemos fazer nada forçados, socorrer ou ajudar por obrigação, ou nos revestir de uma falsa humildade. Tudo o que fizermos devemos saber que estamos fazendo por amor ao Senhor e tendo o conhecimento de que o que fizermos para alguém estamos fazendo diretamente para o Senhor, e assim como somos amados pelo Pai, as outras pessoas também o são, e assim como Ele deseja que elas sejam socorridas, atendidas, também deseja isso para nós, e quem somos nós para decidir se esta ou aquela pessoa merece ajuda. Devemos olhar o próximo como a imagem e semelhança do Senhor e, portanto, o julgarmos sempre superior e nós inferiores; praticar a humildade é uma das maiores virtudes. “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,” (Filipenses 2:4-5). Não devemos nos preocupar tanto com o que é de nossa propriedade, mas do que é dos outros devemos cuidar até melhor do que daquilo que é nosso, e zelar, tanto materialmente falando como espiritualmente, pois não podemos fazer nada que traga escândalos e possa minar a fé dos outros. Devemos sempre nos preocupar em fortalecer a fé de todos, para que cheguem ao conhecimento da Verdade única.
“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:6-8). Até mesmo Jesus que é Deus e já existia antes de todas as coisas deixou sua glória, suas prerrogativas Divinas e veio como homem ao mundo. Ele se humilhou indo à cruz do Calvário, embora não tivesse pecado algum. Cristo foi e é em tudo o nosso modelo, portanto, sendo Ele manso e humilde de coração, não podemos ter outro comportamento. Se Jesus se humilhou por nós, também nós devemos nos humilhar por todos, porque isso é que faz a diferença em nós e nos transforma realmente em Cristãos, aprendizes de Cristo. “Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um Nome que é sobre todo o nome; Para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:9-11).Quando nos humilhamos diante do Senhor, uma vez que tudo fazemos é para o Senhor, somos exaltados não por homens, mas por Ele. Somos colocados em um local da mais alta honra e não conseguimos entender como conseguimos ou o alcançamos. Simplesmente é o Senhor agindo; como a própria Palavra diz, os soberbos serão rebaixados. Jesus recebeu do Pai a maior exaltação e hoje é o Senhor de tudo, e todos os joelhos aqui na terra e no céu se dobram diante do seu nome. Cristo se humilhou a fim de realizar sua missão entre os homens. Contudo, ao cumpri-la, Deus o exaltou sobremaneira em poder e honra. Jesus foi ressuscitado dos mortos, teve o corpo glorificado, foi assunto nos céus, e o Pai O fez assentar-se à sua direita nos lugares celestiais. Cristo governa sobre todos os principados, as potestades, os poderes e domínio em todas as eras. Ele é o Rei dos reis, Senhor dos senhores, o Cabeça da igreja, e todas as coisas estão sujeitas a sua vontade. Deus outorgou ao Nome de Jesus um poder soberano para que todas as autoridades nos céus, na terra e debaixo dela dobrem-se diante da Sua majestade. Desse modo, nenhuma força resiste à menção com fé desse Nome, o qual dá o conforto, é refúgio e está à disposição de todo aquele que deseja livrar-se dos ataques infernais.
“De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2:12-13). Ao dizer: operai a vossa salvação com temor e tremor, o apóstolo não estava recomendando aos filipenses que buscassem a justificação pelos seus próprios méritos. Pelo contrário, isso quer dizer que, uma vez salvos pela graça de Deus, eles deveriam exercitar a fé em Cristo, prosseguir em conhecê-lo e buscar a santificação, sem a qual ninguém poderá ver Deus. A Palavra ensina que devemos consagrar-nos a Deus e separarmo-nos do pecado. Nesse sentido, Paulo também orienta a serem irrepreensíveis e sinceros diante do Pai. Assim o apóstolo poderia alegrar-se ao ver que seu trabalho em favor deles não fora em vão. Cada um de nós precisa desenvolver a salvação com responsabilidade e diligência. O Altíssimo jamais honrou a superficialidade, e ninguém pode prosperar na fé sem se aprofundar na causa do senhor.”Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; Retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão.” (Filipenses 2:14-16).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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