“Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram. E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.” (João 18:12-14)
Jesus foi preso e amarrado como se fosse um perigoso bandido; foi tratado como um facínora de alta periculosidade. Tão logo o prenderam, ainda agiram contra a própria lei, porque o levaram à noite para ser interrogado. Eles tinham pressa de acusá-lo e de condená-lo, tinham pressa de eliminar o Filho de Deus. Como o próprio Cristo tinha dito, era a hora das trevas. O príncipe deste mundo estava comandando as ações, e, portanto, as mentiras e as acusações falsas, e não havia ninguém para apoiar ou falar por Jesus. Sempre nos chama atenção neste relato é que Jesus Cristo, durante os três anos de ministério terreno, operou inúmeros milagres, curou cegos, aleijados, libertou pessoas endemoniadas, matou a fome de muitos multiplicando pães e peixes, ressuscitou mortos e pregou para muitos. Sabemos que em suas pregações havia multidões, ficava difícil até para Ele se locomover, e por isso pregava às vezes dentro de um barquinho. Mas desde o momento da sua prisão até a sua crucificação, não sabemos de uma só voz, de uma única pessoa se levantar em seu favor, nenhuma dessas pessoas que foram beneficiadas com os seus milagres. Não sabemos de um parente, de ninguém, não houve uma pessoa sequer que tenha se levantado em favor do Filho de Deus, e assim Ele foi preso, amarrado e conduzido ainda à noite para ouvir acusações falsas e depois ser espancado, humilhado e crucificado. Ele foi um inocente que simplesmente amou a todos e tudo fez para ajudar, socorrer e salvar a todos nós, inclusive entregando a sua vida, morrendo em nosso lugar, enquanto todos os culpados estavam calados, assistindo ao seu sofrimento de camarote. Nem mesmo os discípulos, que durante três anos viveram com Ele, nem mesmo esses que tinham dito que iriam com Ele até a morte se necessário fosse. Mas para Cristo não era novidade, porque Ele conhecia a natureza humana, a fraqueza, e por isso Ele mesmo tinha dito que seria abandonado, e foi. Os discípulos sabiam quem era Ele, pois tinham visto tudo o que Ele tinha feito e fazia, mas, naquele momento, todos estavam preocupados em salvar as suas próprias peles. Jesus foi traído e depois abandonado pelo seus, por aqueles que diziam amá-lo.
“E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote. E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.” (João 18:15-16). João, o autor deste mesmo Evangelho, seguia de longe Jesus, juntamente com Pedro, mas João era conhecido do sumo sacerdote, era bem relacionado e, portanto, não teve nenhuma dificuldade para entrar no recinto. Assim ele veio e falou com a mulher encarregada de tomar conta da porta para deixar Pedro entrar, ou seja, ele avalizou o seu companheiro. Pedro, que sempre estava com Jesus, sempre perguntando, curioso, naquele momento estava tímido e à distância, sem condições nem mesmo de adentrar o recinto em que o Senhor estava sendo interrogado. “Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.” (João 18:17). A moça encarregada da portaria reconheceu Pedro como um dos discípulos de Jesus, e o questionou, e no mesmo instante ele negou. Pedro negou Jesus, disse que não o conhecia e não andava com Ele, mas o que ele estava fazendo não era nada anormal, porque Jesus já sabia e tinha dito que naquela noite ele o negaria três vezes, e assim Pedro negou a primeira vez. Assim são muitos os que se dizem crentes, mas ao primeiro sinal de ameaça negam o Senhor, infelizmente é algo complexo, porque os supostos crentes estão negando Jesus por causa de uma pessoa, de um parente, por causa de emprego, dinheiro, diversão, amizades. Jesus é negado o tempo todo, mas o que torna a situação pior é que muitas dessas pessoas, para não dizer a maioria, não se arrependem. Pedro negou, mas depois se arrependeu e se converteu, e foi um grande homem de Deus. “Ora, estavam ali os servos e os servidores, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também. E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito. E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres? E Anás mandou-o, maniatado, ao sumo sacerdote Caifás. E Simão Pedro estava ali, e aquentava-se. Disseram-lhe, pois: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou.” (João 18:18-25). Jesus estava sendo interrogado, acusado e esbofeteado, e Pedro estava sentado junto com os escarnecedores esquentando fogo. Pedro estava assistindo à humilhação, ao sofrimento e às acusações feitas àquele a quem ele tinha prometido ir junto até a morte. Mas agora preferiu o calor, o aconchego de uma fogueira, ser somente uma plateia, não se envolver. Ele não colocou a sua palavra em ação, porque tinha dito que estava pronto para morrer com Cristo, mas vemos que foram somente palavras vazias. Assim também muitas pessoas dizem amar a Cristo, obedecer-lhe até o final, mas logo em seguida com os seus atos estão negando tal fato. Pedro negou pela segunda vez, deixou bem claro que não era um dos discípulos de Jesus. Como Jesus disse, ele o negou três vezes, e aconteceu tudo como o Senhor tinha dito. Por isso devemos vigiar, para que nunca neguemos o Senhor, pois estaremos negando a Vida. “E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele? E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.” (João 18:26-27).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr.Henrique Lino
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