“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa, a Timóteo meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor.” (1 Timóteo 1:1-2)
O apóstolo Paulo, ciente do seu chamado, do seu ministério, e mais ainda consciente da sua responsabilidade como pai da fé de Timóteo, ele escreve a fim de exortá-lo, orientá-lo em algumas questões referentes ao ministério da pregação e ensino. Quando falamos pai na fé, significa que Paulo era o orientador, mestre de Timóteo, portanto era responsabilidade de Paulo ensinar a verdade a esse jovem não só com palavras, mas com atitude e com a sua maneira de viver o Evangelho de Jesus Cristo. Devemos compreender que são muitas as pessoas que procuram imitar o nosso jeito de viver, de pregar, de ensinar, e, principalmente, imitam a nossa fé no Senhor. Não podemos jamais decepcioná-las e, principalmente, não podemos ensinar-lhes mentiras e heresias, pois vamos prestar contas do que estamos ensinando. Também é nosso dever estarmos atentos aos nossos para que eles não sejam corrompidos diante dos falsos profetas e dos ensinos mentirosos e atrativos. Temos que orar pelos nossos pupilos, nossos filhos na fé, pelos que querem aprender mais conosco; devemos nos preocupar com o que eles estão aprendendo, porque só existe um ensino verdadeiro, que é o Evangelho de Jesus Cristo. Não temos que falar de nós, temos que imitar Jesus para que quem nos segue também siga o Senhor. “Como te roguei, quando parti para a macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina, Nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.” (1 Timóteo 1:3-4). Temos a obrigação de alertar sobre os falsos ensinos, os falsos profetas, os pregadores mentirosos, os que se utilizam da Bíblia de maneira errada, distorcem, adulteram, tiram textos do contexto, fazem pregações a partir da história de Israel como se ela fosse promessa e mandamento do Senhor. Temos que tomar cuidado para que não sejam enganados por pregadores gananciosos, criadores de doutrinas estranhas, mostrar-lhes que devemos estar simplesmente firmes no Evangelho de Jesus Cristo. Não precisamos ficar presos a datas e locais, não temos que ficar falando sobre genealogias bíblicas, devemos falar sobre Jesus, temos que mostrar o seu Poder e seu amor para conosco.
“Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.” (1 Timóteo 1:5). Não podemos viver experiências que aconteceram com o povo de Israel, mesmo porque a época e a situação eram diferentes, mas nós temos o mesmo Deus. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente, portanto sabemos que, se formos fiéis a sua Palavra, Ele com certeza vai agir, mas não será da mesma maneira que foi no passado, pode ser inclusive com mais rigor, mas não podemos ensinar ou pregar, fazer as pessoas crerem que receberão tudo da mesma maneira. Vejo o erro quando pessoas pregam sobre Davi e ainda levam o povo a crer que serão abençoadas como foi o rei Davi, que matarão um Golias, que serão reis, que irão reinar aqui. Mas eles não param para analisar o Evangelho de Jesus Cristo, em que Ele diz: “mas, eu vos digo”. As pessoas ensinam sobre as vitórias do Antigo Testamento, falam sobre as vitórias, mas não falam sobre as derrotas de Israel, não falam sobre o cativeiro, sobre as mortes, as enfermidades, sobre a fome, preferem ignorar e fazer o povo acreditar que Deus estará dando a elas as mesmas bênçãos do passado. Temos que ser sinceros e ensinar a verdade, mostrar o caminho apertado, a porta estreita, saber que aqui estamos peregrinando, e que hoje quem reina é Jesus, e é a Ele que devemos ouvir. Temos de tomar cuidado com esses pregadores mentirosos, falsificadores do Evangelho, pois são guias cegos conduzindo o povo à morte espiritual. “Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas; querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.” (1 Timóteo 1:6-7). O Evangelho não é para ser discutido, debatido, mas ensinado, pregado, e devemos nos afastar de quem quiser fazer contendas, porque não temos que obrigar ninguém a aceitar a verdade. Se algumas pessoas teimam em seguir um caminho errado, não podemos obrigá-las a mudar, porque quem tudo faz é o Senhor, e não é por força nem por violência. Não podemos exigir que as pessoas mudem ou aceitem a verdade, simplesmente falamos do Evangelho, se elas quiserem questionar, deixamos que elas debatam entre si, se convençam ou permaneçam como estão. Não podemos exigir que as pessoas mudem as suas doutrinas, seus métodos, ou suas religiões, afinal, todos nós temos livre arbítrio e podemos escolher o caminho que queremos seguir. Portanto, falamos de Jesus e não discutimos, ou debatemos, respondemos a perguntas, levamos esclarecimento, mas não entramos em contendas. Se as pessoas querem seguir as doutrinas dos homens, nada podemos fazer, mas devemos nos afastar delas, pois sabemos que um pouco de fermento leveda toda a massa. A nossa preocupação é com quem está no erro por engano, na ignorância, mas os que amam o erro, a desobediência e o pecado, e querem justificar seus atos distorcendo a Palavra de Deus, afastemo-nos deles, pois eles prestarão contas ao Senhor e não a nós. “Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente; Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, Conforme o Evangelho da Glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado.”(1 Timóteo 1:8-11).
Leiam e pratiquem a Bíblia. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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